sábado, 25 de agosto de 2018

Com vinagre não se apanham moscas!




 Sempre que, nas andanças pela minha casa, os meus olhos dão com  esta lindíssima peça que, à primeira vista parece um licoreira, penso no ditado antigo:
- Com vinagre não se apanham moscas, porque afinal este utensílio em forma de garrafa de vidro transparente, muito fino, bojudo, com ressalto no fim do gargalo alongado e que apresenta uma reentrância, no fundo, para o interior, aberta na parte central, possuindo três pequenos pés em vidro e uma rolha também de vidro, muito elegante, é um mosqueiro dos princípios do séc. XX no qual se introduzia uma substância  doce que atraía as moscas que lá ficavam presas. Penso que a rosca no gargalo servia para se pendurar com um barbante no tecto e lá ficava, o dito cujo, à espera das moscas... 
Pois é, ao olhá-lo, dou comigo a dizer para mim própria:
Clara, deixa-te de azedumes, pois a vida é como um mosqueiro, não se compadece com azedumes que só atraem dissabores, inimizades e mal-estar afinal até as moscas são atraídas pela doçura, embora isso seja nefasto para elas!

























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