quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Gente idosa e seus valores


Soube, através da comunicação social que a actriz portuguesa Eunice Muñoz, senhora  que muito admiro e que é referência do Teatro, televisão e cinema português, no patamar das melhores actrizes,  completou ontem 84 anos de vida.
Consultando a Wikipédia fiquei abismada com a enormíssima lista de trabalhos em que participou sempre com grande êxito. Claro que este é um caso de louvar, uma excepção que muito nos agrada conhecer e divulgar.Falo dele porque é um caso público, um exemplo; contudo, nem todos têm a mesma tenacidade embora cada pessoa, na sua área e no seu ambiente, desempenhe o seu papel.
 A propósito, pus-me a matutar como as pessoas idosas têm sido consideradas, pelo governo, uma causa de despesas médicas avultadas e um premente problema político que este não consegue ou não quer resolver nem atender, esquecendo-se do que fizeram e deram à sociedade.
Temos de nos lembrar do que trabalharam, muitas vezes com parcos recursos, criaram filhos, educaram-nos proporcionando-lhes muitas vezes formação superior, à custa de grandes sacrifícios e presentemente brindam-nos com a sua companhia  agradável e repousante, com a sua calma e muitas vezes com o seu sentido de humor baseado numa longa experiência de vida.
Os idosos, na maioria dos casos, são calmos, gentis, vagarosos mas atentos aos outros, em especial aos netos e muitos bastante tenazes e auto confiantes apesar dos problemas de saúde e não só com que se deparam.
Os idosos não deviam ser problema, para qualquer sociedade, mas sim motivo de orgulho e exemplo e  deviam ser abençoados e acarinhados porque nos lembram valores como a honestidade, a profundidade no pensar e sentir, a modéstia, a sociabilidade a linguagem polida  e um grande sentido de prioridade.
Ao fim e ao cabo, todos nós, uns mais distantes outros mais próximos, vamos caminhando para lá. Posto isto é caso para nos interrogarmos e perguntarmos:

-Como quero que o futuro me trate?
- O que tenho para transmitir aos vindouros, como idoso?
-Qual será a minha atitude, como idoso, perante a vida?
-Tendo trabalhado e descontado, pensando no futuro, está certo que o governo me considere um fardo, um problema político?

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