sábado, 20 de junho de 2015

Desfile de abertura, Sanjoaninas 2015

Cá estamos nós à espera do desfile de Abertura das Sanjoaninas 2015, fomos bem cedinho para apanharmos lugar nas escadarias da Sé Catedral de Angra do Heroísmo, não nos importamos de esperar, pois valeu a pena, a noite estava maravilhosa, a baixa da cidade transformada em salão de festas era um mar de gente e o cortejo fez-nos sonhar, transmitiu-nos beleza e magia com os carros muito requintados mas com subtis apontamentos que nos lembravam a emigração e tudo o que ela representou para os que foram e para os que ficaram.
E lá ia o chefe de protocolo jovem e bonito como só os jovens podem ser com a sua mala e viola da terra numa alegoria ao tema do cortejo, e as damas das comunidades elegantíssimas na sua simplicidade e a camareira altaneira e os baús de roupas que alegrava , ao tempo, famílias inteiras e os "candins" e o Senhor Espírito Santo, na despedida do emigrante, como que a abençoá-lo e a coroa lindíssima que albergava a representante das comunidades, uma noite para não esquecer, pena tudo passar tão depressa...
Sinto, em alturas como estas, tanto orgulho de ser terceirense e nas pessoas que têm capacidade de criar maravilhas como as que ontem à noite desfilaram na nossa cidade!

E a rainha desfilou!

E a rainha desfilou, linda, sumptuosa na sua majestade, saudando as pessoa que a aplaudiam com descontraída alegria, numa pauta de música rodeada por notas e acordes de John Philip de Sousa inventor do Sousafhone que terminava o carro e do qual o seu inventor brotava, como que por magia, maestrando a banda de São José da Califórnia. Genial!

Velha louca:

EU QUERO:

Eu quero ser uma velha louca,
E  comer  doce algodão,
Seja no Inverno ou Verão...
Eu quero  boleia pedir,
Sem algum pejo sentir, 
A carros lindos, encarnados, 
Para destinos imprevistos...
Eu quero jogar no quintal à bola,
Apanhar maçãs às escondidas, 
E  no fundo da mala guardá-las, 
Eu quero brincar com a bengala...
Eu quero  alegremente viver,
Eu quero com força dançar,
Eu quero desafinadamente cantar, 
Ao som da antiga vitrola...
Quero subir às árvores, 
Para brindar à vida,
E tomar chá com minhas amigas, 
Em lindas e raras chávenas... 
Quero estar rodeada
Até ao fim da jornada
De todos os meus livros,
De todos os meus amigos,
De todos os que me são queridos ...
Quero comer biscoitos,  
Docinhos diferentes e  bolos,
Em vez de xaropes e remédios
Em vez de ir a hospitais e médicos... 
Eu quero que Deus me dê vida,
Eu quero que Deus me dê saúde,
Para fazer tudo isto... 
E ser uma velha louca!