quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Humorístico Apontamento de Natal

 Há um provérbio muito engraçado que diz o seguinte:
-"Desconfiai do homem para quem tudo está bem, do homem para que tudo está mal e ainda mais do homem para quem é indiferente que tudo esteja bem ou mal!"
Ora bem, tenho a certeza de que no meu caso, não podes desconfiar de mim visto que, não considero o vistoso arranjo que coloquei no meu portão para dar um ar de Natal à casa e as Boas Festas a quem nos visitar, uma obra prima, está um pouco "despenteado" desde o início, e o vento não tem ajudado, mas foi o melhor que  pude arranjar, com o tempo que tinha e com materiais reciclados à pressa na quinta e  uns restos do ano anterior. Contudo, também considero que  não está mau de todo , tem uns apontamentos coloridos, umas pinhas pintadas de várias cores , enfim, alegra o ambiente e mostra que é importante para mim alegrar os outros e que sinto prazer em ocupar-me destas coisas. Por fim, também te informo   que  não sou indiferente a esta situação, gostaria que estivesse melhor, se tivesse mais tempo disponível, materiais melhores e mais habilidade...
Enfim , Séneca dizia que: -  "um trabalho está meio acabado quando começou bem"  e este começou bem pelo menos na vontade e para o ano estará melhor com o que aprendi este ano, também não tem graça se for tudo igual e tudo muito bem feito e volto a fazer uma citação, desta vez de um provérbio  iídiche:- "se todos empurrassem numa só direcção o mundo acabaria por tombar", e eu não quero, de modo nenhum, que o mundo tombe devido ao meu pobre, diferente e despenteado arranjo de Natal.
BOAS - FESTAS!!! 

Licores Caseiros/A Mijinha do Menino




Licores são bebidas alcoólicas doces e aromatizadas, às quais se juntam os corantes adequados. Segundo apurei na Wikipédia o termo licor vem do latim  "liquifacere" isto é liquefazer ou dissolver.
Retenho recordações da minha infância  de licores caseiros feitos pela minha mãe para a "Mijinha do Menino Jesus" ,visto que à altura não havia destes produtos comercializáveis. Pelo Natal as pessoas amigas e familiares, aqui na ilha Terceira-Açores, iam de casa em casa para provar a "mijinha do Menino".
 Depois de ter a minha casa resolvi armar-me em esperta e fazer um licor de leite mas foi uma aventura que não deu certo e que não quis repetir.Contudo, nestes últimos anos, perto da época de Natal, dava por mim a olhar para algumas bonitas licoreiras que eram da minha mãe e pensava em licores das mais variadas cores e sabores, não de leite que aquilo é muito complicado!
Pois aí estão, coloridos, bastinhos e docinhos mas não muito fortes para todos os poderem saborear... 
A esperança média  de vida tem vindo a aumentar, penso que este fenómeno se está a verificar para que as pessoas tenham oportunidade de pôr em prática todas as experiências da sua juventude, como eu fiz este ano, com os licores de Natal e quanto a isso coragem experimenta e faz os mais variados licores pois uma característica da falta de experiência é que quando temos pouca podemos arranjar muita. 

Na Serra da Estrela

Estive na Serra da Estrela, encontrei o Pai Natal, muito cansado, de carregar e entregar  presentes e pedi-lhe um Bom Natal para todos e uma caixinha de sabedoria que nos ensine a ultrapassar as dificuldades com que o nosso país nos está a mimosear. 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Piodão - aldeia presépio

Na homilia da missa de hoje, própria do dia de Natal, o padre falou do nascimento de Jesus, numa pequena cidade do sul da Judeia chamada Belém, onde Maria e José se tinham deslocado para se recensearem  e de como Maria improvisou um berço numa manjedoura de um estábulo, por não terem encontrado lugar em qualquer estalagem.
Pus-me então a pensar em Piodão, uma freguesia do Concelho de Arganil, na encosta da serra do Açor com pouco mais de centena e meia de habitantes, cujas casas são feitas de xisto e os tectos de lajes e têm janelas e portas de madeira azul, onde estive  ainda não há um mês.
Este lugar pela sua peculiaridade é chamado aldeia presépio e, enquanto tentava prestar atenção à homilia, lembrei-me de que na altura pensara que as histórias antigas devem estar enganadas pois o Deus Menino deve ter nascido em Piodão.
Aquela pequenez, segurança, paz e singeleza levaram-me a concluir que só por mero acaso, ou por engano,  é que Deus não nasceu em Piodão!
Mas, pensando bem, o lugar do nascimento de Jesus não interessa, no fundo é só um facto histórico, o importante mesmo é que ele nasça nos nossos corações para  termos força e coragem de ultrapassar os problemas com que nos deparamos e para nos tornarmos melhores, tolerantes e compassivos com o passar do tempo.
Que Deus tenha nascido no teu e no meu coração são os meus votos de Natal...


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Quando se escreviam cartas


Cara/o  amiga/o

   Ainda te lembras do tempo em que não usufruíamos destas modernices do computador que nos permite enviar uma mensagem num ai, sem precisarmos sair de casa, nem comprar selo e sem termos de esperar pelo simpático carteiro? E do tempo em que não tínhamos telefone em casa, muito menos telemóvel, o que nos obrigava a recorrer aos correios ou aos postos públicos quando havia estrita necessidade de se comunicar com alguém?
   Tempos que já lá vão que deram origem  a inovações como os e mails, facebooks e outras simpáticas  facilidades que mudaram as nossas vidas!
   Pois estive muito tempo sem computador o que me fez reflectir e sonhar com  coisas deliciosamente antiquadas como cartas, cartões de aniversário e postais de Natal a jorrarem de um marco do correio de um avermelhado luzidio e de uma sumptuosidade imponente de quem manobra a vida dos seres humanos ...
  Pensei então que  para mim, nunca foi fastidioso escrever cartas e sempre considerei que as mesmas eram e são uma maneira de revelarmos com profundidade e intimismo o que nos vai no fundo do coração, assim como um veículo que nos liga ao nosso receptor de forma carinhosa e profunda assim como um meio de evasão da rotina quotidiana.
Até dos envelopes me lembro com saudade e de como ficava a olhar para eles quando os recebia, tentando adivinhar quantas páginas tinham,  e as mensagens que continham .
   Pelo Natal recebíamos muitos postais com ilustrações encantadoras que nos faziam sorrir e sonhar e logo corríamos a decorar a cómoda ou a árvore de natal com os mesmos. Pois este ano recebi  um único postal  com uma garbosa e dourada árvore de natal e corri logo a responder para não furar o esquema.
 Postas estas considerações sobre cartas e quejandos termino esta  não sem antes te desejar que tenhas recebido e enviado muitas cartas e postais de natal  , que a consoada te corra de feição, o bacalhau não esteja salgado, o peru seja tenro e coradinho e que não te esqueças que  esta festa celebra o nascimento do Menino Jesus . Quero também desejar-te que no Ano Novo continues a entusiasmar-te com determinação pela vida pois se te acomodares e desinteressares é sinal que a coisa não vai bem ...
Adeus e até à volta do correio,
Com um grande e saudoso abraço
A amiga
 Clara Faria da Rosa
P.S. Esqueci-me de dizer que este ano fiz licor de morango e de limão e que tenho um delicioso bolo de Natal que uma amiga me enviou pelo correio, acompanhado por uma garrafa de licor de vinho, por isso estás convidada/o a vir à mijinha do Menino.
O meu menino mija!!!