sexta-feira, 6 de março de 2009

Um olhar sobre a estação do Rossio











Como açoriana, todas as vezes que utilizo esta estação, fico deslumbrada com a sua beleza e com pesar que os restantes utilizadores, talvez porque estão muito atarefados no cumprimento das suas tarefas diárias ou pelo uso repetido deste local não parecem aperceber-se da riqueza deste património, construído em 1886/87, inaugurado em1890 e recentemente reconstruído.
Adoro-a, acho-a linda, sobretudo a sua fachada de estilo neo-manuelino, desenhada pelo arquitecto Luís Monteiro.

Classificada como imóvel de utilidade pública, dela saem os comboios da linha de Sintra, fica situada num local estratégico de Lisboa entre a praça do Rossio e os Restauradores.
Sempre que a utilizava ficava encantada com os lindíssimos painéis de azulejos que adornam o seu interior e lamentava-me interiormente não os poder fotografar, até que chegou o dia e aqui estão eles:

De meados do século passado, oferecidos pelo fundo de fomento de exportação, representam o que se produzia naquela data e que contribuía para a riqueza nacional: Tecelagem e bordados, oleaginosas, sisal, pratas, filigranas, frutas, vinhos de mesa, da Madeira e do Porto, conservas de peixe, cortiça, café, enfim uma gama de produtos que servindo para exportar enriqueciam o país e davam trabalho a muitos braços!
Apetece-me, atendendo ao que se ouve diariamente na televisão, perguntar: e agora, como vão as referidas produções e as respectivas exportações?