sábado, 29 de março de 2014

Quem porfia mata caça.

Era uma vez...

O título sugere que te vou contar uma história tradicional de príncipesprincesas e bruxas más, mas não, é a história  de uma atitude de persistência e de muito querer que te vou falar e de como  se acreditarmos que somos capazes conseguimos atingir a estrela luminosa que perseguimos.
Mas deixe-mo-nos de teorias e vamos lá à história:
Era uma vez uma tampa de louça abandonada!
 Singular, não é?
Pois é verdade, certo dia há uns  três anos atrás fui a uma feira de antiguidades e os meus olhos deram com uma linda tampa de louça, para ali abandonada em que ninguém reparava; Tive pena daquele abandono, e resolvi trazê-la para casa.
Tempos depois encontrei outra que pensei ser digna de fazer companhia à primeira e lá as juntei
 E depois uma e mais outra e lá as fui juntando lembrando-me sempre que cada uma delas tinha a sua história: - já fora presente de aniversário e ou, de casamento, ou prenda de namorado ou de amigo e que já tinha sido acarinhada, acariciada e apreciada por alguém;












 Tempos depois decidi que estava na altura de as reunir e de as expor para que os outros as pudessem  também apreciar e assim procedi, arranjei uma moldura que se adaptasse ao fim em vista , forrei o fundo de tecido verde e com uma cola própria para porcelanas, lá as dispus e fiquei contente com o resultado obtido.
Conto-te isto numa vertente pedagógica para que se conclua que nem só o que há nas lojas a vender é que é bom, também podemos criar muita coisa  com a vantagem de gozarmos de muita satisfação enquanto criamos e executamos a nossa "obra de arte"



  Mas esta não é uma história acabada, hoje mesmo acrescentei mais uns exemplares à minha colecção, por isso te estou a contar isto hoje, embora já me tenha referido,neste blogue, há tempos atrás a este assunto.
                                                                       E, posto isto, só me resta lembrar o que o meu pai dizia.
Quem quer bom ervilhal semeia-o antes do Natal, ou então quem porfia mata caça. Quer isto dizer que as coisas não se fazem num dia mas têm que se fazer com persistência, atempadamente e dar tempo até se atingirem os objectivos pretendidos.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Dia nacional da juventude

Ser jovem:

Ser jovem 
É ter força, saúde, alegria, 
Esperança, beleza, companhia.
Ser jovem
É acreditar no futuro 
É esperar uma vida boa
É sentir tudo a seus  pés
É sonhar um lugar merecido 
Ser jovem 
É buscar um tesouro
É buscar o amor verdadeiro
É buscar prata e ouro
É buscar no mundo inteiro!

Discrição...

Sou uma pessoa discreta, pelo menos considero-me discreta, por isso, quando quero contar algo, não ando por aí a anunciar aos quatro ventos que é como quem diz a toda a agente, escolho a pessoa certa, de confiança que tem que ser também uma pessoa discreta, estás a ver?
Tendo necessidade de partilhar com alguém o que me aconteceu ontem e que me transportou à minha casa de infância, ao meu lar , àquele onde cresci e que os meus pés abandonaram mas onde ficou o meu coração e agora me apetece voltar, nada mais discreto do que o meu blogue ou o facebook...
     É por isso que estou a contar hoje um problema que me fez fazer "replay " da minha infância:
Ontem à tarde faltou, por pouco tempo, a energia eléctrica aqui na minha zona, parece que foi uma catástrofe, foi a máquina que estava a lavar roupa, o computador,o televisor, o triturador, tudo paradinho e mortinho da Silva e eu nem uma barata tonta sem resolver a vida! Foi então que me lembrei da minha infância e de como se vivia sem electricidade de como passávamos os serões à luz de petróleo e a minha mãe passava roupa com um ferro a carvão e não se queixava!
Lembro-me da inauguração, com pompa e circunstância,  da rede de electricidade na então freguesia das Lajes hoje vila, com merecimento, e de o meu pai contar que um senhor amigo, o senhor João do Martins de quem a minha amiga Marília Costa mostrou há dias um   lindo portão que dava acesso à respectiva moradia, quando recebia alguém lá em casa mostrava a instalação eléctrica com um candeeiro de petróleo, para o contador não andar - dizia ele!
Enfim coisas que fazem parte da história da minha família da minha freguesia da minha geração que me fascinam com a mesma sensação profunda com que me fascina qualquer história ocorrida por esse mundo fora ao longo dos tempos e espero que a ti também.
Mostro-te os meus candeeiros  que fui coleccionando ao longo dos tempos para minha memória e dos tempos futuros.
Como vês sou uma pessoa muito discreta!














terça-feira, 25 de março de 2014

Capacidade de adaptação e resistência:

Apesar das intempéries que se têm feito sentir, os meus cravos goivos resistiram e floriram.
Esta planta não necessita de terra e quanto a água basta - lhe o orvalho da noite, prende-se a qualquer pequeno tubo por um dos seus rebentos e multiplica-se com facilidade dando flor uma vez por ano.
Planta valente!!!
Quem nos dera que muitos de nós tivéssemos a capacidade resistência e de adaptação que estes craveiros têm... 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Preferências...


Há quem a Primavera prefira
porque espalha suaves odores,
Há quem a ela se refira 
como a estação de muitas cores.
Há quem prefira a Primavera
porque nela brotam flores,
Há quem a ela se refira
como a estação dos amores.
Há quem prefira a Primavera
porque os jovens faz sonhar,
há quem a ela se refira
porque faz os velhos recordar.
Eu prefiro a Primavera florida,
o Verão quente e luminoso,
O Outono calmo e  dourado,
O Inverno frio e chuvoso,
mas prefiro sobretudo...
Viver todas as estações,
absorver todas as emoções,
desde o nascer ao pôr do sol
até já não ter mais forças
Prós olhos manter abertos!

domingo, 23 de março de 2014

Para o amor não há tempo, nem espaço nem fronteiras

Esta é uma fotografia de que gosto muito, é para mim uma relíquia! Foi tirada em Setembro de 1948 e mostra a minha família materna, os meus tios e tias , a minha mãe atrás e o meu pai à esquerda junto dela, os meus avós estão sentados ladeados por um irmão do meu avô que tinha uma deficiência física e não constituindo família, ficou sempre com eles. Estão todos de fatos "Domingueiro" porque foi tirada em dia de festa, dia da procissão de São José em Santa Luzia da Praia da Vitória e com ar "ensaboado pela saúde" que na altura todos tinham, até os meus avós, apesar de serem mais velhos.
Ah, o que ela me conta e o que simboliza para mim que tenho um obstinado feitio de escarafunchar no fundo dos anos, daria para um romance!
Após este dia, já se passaram sessenta e cinco anos, outra geração chegou da qual eu sou a mais velha  e os meus avós partiram, depois os meus tios e pais, ficando a mais nova , a minha tia Juvolina que na foto está muito gira  de bandós, à moda da época,  entre dois irmãos e que  emigrou para a Califórnia com a família para dar um futuro melhor aos filhos e também com medo de o filho mais velho ir para a Guerra do Ultramar como então se dizia.
Por lá fizeram a sua vida e muito bem , criaram os seus filhos sempre tendo em conta os valores que orientaram a vida dos nossos antepassados e tendo sempre no pensamento e no coração a família e a terra açoriana.
Eu tinha uma ligação muito especial com esta tia que, por ser a única que restava representava, para mim, toda a família, era quase como a minha mãe! Contudo, chegou o dia da sua partida, já há um ano, fez no passado dia 20, que se foi juntar a todos desta foto. Ficou completo o ramalhete e ficou também uma grande falta e uma grande saudade!
Mas o amor não envelhece nem morre como o corpo, para o amor não há tempo, nem espaço nem fronteiras, por isso sei que ela continua a amar e a velar pela  família e sabe que  todos a amaram e nunca a esquecerão.


   

Eu era rica e não sabia!!!

A minha prima Virgínia telefonou-me. Ela reside na Califórnia e costumamos ter longas conversas que estreitam os nossos laços de sangue e de amizade. Falou-me da vontade que tem em redescobrir receitas da cozinha mariense pois a sua família paterna é de lá. Então a propósito pergunta-me o que é uma maquia.
Nesse momento o meu pensamento leva-me à minha infância, vejo o meu pai a semear o trigo e o milho,vejo estes cereais crescerem, o dia de ceifar o trigo e as desfolhadas que se faziam no nosso quintal, ouço o chiar do carro de bois carregadinho de molhos de trigo a caminho da debulhadora  e vejo  sacos de trigo, como os da 

foto,

empilhados a um canto donde a minha mãe ia tirando o suficiente, que media nas "rasoiras ou maquias " cuja foto mostro,


 para o moleiro levar e transformar em farinha, ficando o sobejante para a sementeira do ano seguinte.



Lembro a minha mãe toda empoada peneirando a farinha

para fazer o pão que amassava, de mangas arregaçadas, em alguidares de barro sobre rodelas de trabalho louco, que fazia aos domingos , sentada no canto do estrado da avó e lembro o cheiro do pão quentinho ao sair do forno, que a minha mãe abafava  com os abafadores, também feitos por ela, para que o pão ficasse muito maciinho, como  dizia .
Então dou por mim a pensar:
- que infância feliz eu tive!
Não sabia o que era pão de forma, nem pão bimbo , nem padeiros nem padarias, nem pastelarias mas sabia que podia contar com o trabalho e o amor dos meus pais que não estavam preocupados com a inflação nem com a descida dos ordenados  nem com os impostos, mas sim com o seu trabalho pois sabiam que se tivessem saúde, pão não nos faltaria na nossa mesa...
Eu era rica e não sabia!



quinta-feira, 20 de março de 2014

Na chegada da Primavera


Se eu fosse a Primavera:
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Ai, se eu fosse a Primavera
de verde, eu tudo pintava
um verde alegre e cintilante
e velhos e novos alegrava.
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Ai, se eu fosse a Primavera
numa pincelada, num instante
a maldade e a guerra eu mudava
em bondade e paz constante.
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Ai, se eu fosse a Primavera
convocaria o Sol a florir
todos os pássaros a chilrear
e os doentes a sorrir.
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Ai, eu sou a Primavera
há bancos e flores nos jardins
e a humanidade a delirar
em diálogos, namoros e afins...

Clara faria da Rosa

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ler e escrever...Uma grande viagem!



Ler e escrever é como quem anda ou faz uma viagem, quanto mais lemos ou escrevemos mais nos apetece a fazê -lo. Eu, confesso, sou dependente!É que tenho ido a muito lugar, tenho visto e aprendido muita coisa, tenho arranjado muitos amigos, enfim, tenho enriquecido muito através da prática da leitura e da escrita...´
Sei que isto não é novidade para ninguém, mas não me importo, pois não tenho a veleidade de descobrir nada, visto que, já Salomão dizia:"O QUE FOI É O QUE HÁ-DE SER, E O QUE SE FEZ , SE TORNARÁ A FAZER, NADA HÁ, POIS, DE NOVO DEBAIXO DO SOL" (Eclesiastes 1/9).
Não existindo, portanto, nada de novo debaixo do Sol, resta-me a coragem de deixar vir à superfície , através do prazer de escrever, as minhas alegrias , angústias, aprendizagens, medos, ansiedades e expectativas, sentindo-me um ser humano normal mas translúcido.
Sei que as mesmas palavras e textos não têm idêntica conotação para todos os leitores, pois isso tem a ver com variados factores como sejam o estado de espírito, as vivências,idade, cultura, etc., o importante é que a minha mão, depois de escrever, repousa sossegada, como alguém que acaba de cumprir um dever e o meu coração sorri, contente por ter contactado contigo, meu amigo/a!



Dia do Pai



Victor Hugo dizia: 'A suprema felicidade consiste em termos a certeza de que somos amados. Amados pelo que somos , ou melhor ainda: amados apesar do que somos'
É isso que se deseja a todos os pais e filhos neste dia que se amem pelo laço especial que os une e que se aceitem  com os seus defeitos e virtudes, com as suas diferenças e que estejam sempre uns para os outros no pior e no melhor hoje, dia do pai, e todos os dias! 
Feliz dia do pai !!!