domingo, 7 de maio de 2017

Dia da Mãe..



Acabei de receber um telefonema do meu filho que me deixou com o coração quente e a exultar de alegria, o meu filho não se esqueceu deste dia nem de ser gentil e atencioso para com a sua mãe!
Sei, que em muitos casos, este dia  é um pretexto para prendinhas e mais prendinhas, também sei que uma mulher é mãe todos os dias, todas as semanas, todos os meses e anos pelo que não é necessário lembrar isso, o que não deixa de ter o seu quê de verdade, contudo, o dito telefonema  teve o condão de me pôr a pensar nesta temática.
Sabe-se que o Dia da Mãe era comemorado, em Portugal, no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição e que depois transitou para o 1º Domingo de Maio o que para o caso pouca importância tem porque, tenho a certeza, que para  uma mãe que se sacrifica abnegadamente pelos filhos, uma data é de somenos importância, o que importa é que venham os filhos; pese embora o facto de que as mulheres são mães cada vez mais tarde, segundo as estatísticas, em 1975 a idade média em que as mulheres tinham o 1º filho era de 24 anos , em 2008 era de 28 anos,e actualmente ronda os 30 anos, uma sondagem feita a um universo de 829 mulheres em idade fértil revela que o número de filhos desejado pelas mesmas era francamente superior a 2,1 em todas as faixas etárias.
As mulheres querem filhos, preparam-se para os terem, actualmente, lutam para atingirem uma preparação e um patamar cognitivo e material que lhes permita receber os filhos com a dignidade que um ser humano merece o que é necessário é que lhes sejam dadas condições para que os possam ter, criar,educar e acompanhar sempre que eles precisem e mesmo quando não precisem, mãe é mãe...
Licenças de maternidade alargadas,creches condignas e a preços que se possam pagar e outras condições que apoiem a maternidade que deve ser um período de plena felicidade e realização da mulher como mãe.
É para se reflectir nestas questões que deve servir, isto é, deveria servir, o DIA DA MÃE e também para se fazer um exame de consciência da nossa atitude enquanto personagens actuantes do papel de mães ou de filhos e se concluir do que há a limar, a mudar, a corrigir ou a implementar nessa relação.
Pensando nisso, fui  à pasta das recordações procurar um presente que o meu filho me ofereceu no dia da mãe, em Maio de  1996, tinha ele acabado de fazer 8 anos, já lá vão portanto, 21 anos:

Um  bonito diploma que comprovava ser eu a melhor mãe, visto coitadinho, não ter tido possibilidade de escolha, e que me distinguia por ter prestado provas de AMOR, DEDICAÇÃO, AFECTO, CARINHO,SIMPATIA, PACIÊNCIA,COMPREENSÃO, AMIZADE e ATENÇÃO.
E lá acabava dizendo que autenticava o diploma com prazer , orgulho e o selo do seu amor.
Já lá vão muitos anos e neste dia 7 de Maio de 2017,   pergunto-me:
- terei conseguido mesmo ser a mãe que sempre quis ser?
-Todos estes substantivos como amizade,dedicação,carinho,amor,afecto,simpatia,paciência,compreensão, atenção e outros inerentes à minha condição de mãe voluntária, terão sido concretizados ou não terão passado de substantivos abstractos só exercidos quando estava bem disposta, disponível ou com intenção de um reverso que me enchesse as medidas, isto é o coração?!
É  que isto de se ser mãe é um caso sério, pensemos bem nisso. temos hoje o dia próprio para isso, e os filhos também, pois as mães também são humanas também precisam que os filhos exerçam e pratiquem estes adjectivos para com elas, para bem de todos nós, da família e da sociedade em geral!