quarta-feira, 8 de julho de 2015

O relógio da nossa vida:

Depois do jantar, louça lavada, cozinha arrumada, sentei-me a descansar com o objectivo de ler um pouco. Eis senão quando, sobressaltada, ouço o relógio de parede  bater as 21 horas. Havia passado pelas brasas, isto é cochilado, e o livro jazia abandonado no chão.
Olhei de relance para me certificar das horas e dou por mim a pensar:
-Meu querido relógio, meu amigo, tens sido o companheiro da nossa família, desde há mais de quatro décadas, tens presenciado as alegrias e desgostos que se têm desenrolado neste lar e nunca te cansas, estás sempre presente e a alertar-nos para os nossos compromissos e responsabilidades. Como te estou grata pelo teu companheirismo!
- Não és um simples relógio digital, desses modernos em que o tempo se apresenta numa sequência de momentos no presente, és um relógio especial , um relógio antigo de ponteiros em que o teu mostrador alberga diferentes momentos, entre o passado e o futuro, no seu circulo dourado e harmonioso ao qual eu associo a sequência dos quadros da nossa vida.
Ao olhar para ti, vejo a nossa vida a desenrolar-se e também os seus diferentes momentos passados e, estou certa e desejo-o ardentemente, que ainda marcarás muitos acontecimentos que nos trarão alegrias e algumas desventuras as quais,  todos juntos, ultrapassaremos, porque a união traz a resistência e tu, tenho a certeza, nunca nos deixarás nem te cansarás de traçar a linha do tempo da nossa vida e da  família!