quarta-feira, 22 de abril de 2009

O elevador de Santa Justa


Foi numa agradável tarde do dia 13 de Fevereiro passado que, tendo ido dar um passeio pela baixa de Lisboa e ao passar na Rua do Ouro,me apercebi que havia, como sempre, uma pequena multidão que se preparava para subir no dito elevador.
Então pensei que sempre que por ali passava decidia que havia de fazer a experiência de usar aquele elevador, intenção que ia adiando por isto e por aquilo. Vai daí, resolvi embarcar naquela aventura de momento e em boa hora o fiz!












O elevador de Santa Justa, também chamado elevador do Carmo tem uma arquitectura peculiar, dizem os entendidos que em estilo neogótico, liga a Rua de Santa Justa e Rua do Ouro ao Largo do Carmo, isto é a Baixa ao Bairro Alto.

A sua construção teve início em 1898 e a sua inauguração deu-se em Setembro de 1901, chamando-se então Ascensor Ouro-Carmo. Na altura da sua inauguração funcionava a vapor, só em 1907 começou a funcionar a energia eléctrica.
O seu construtor foi Raoul Mesnier du Ponsard, havendo quem o ligue a Gustave Eifel como aprendiz e quem ponha de parte tal teoria, o que se sabe é que foram aplicadas, nesta obra, técnicas usadas em França, na altura.
Feito inteiramente em ferro fundido, embelezado com rendilhados, o elevador, dentro da torre, sobe 45m e transporta 45 pessoas em cada uma das suas duas cabines.
Monumento fundamental, na paisagem arquitectónica de Lisboa, é o único elevador vertical a prestar serviço público em Lisboa, possibilitando-nos desfrutar de uma magnífica vista panorâmica do Rossio, da Baixa Pombalina, das centenárias ruínas da igreja do Convento do Carmo, Castelo de S. Jorge e Rio Tejo.
Chega-se ao alto da torre por uma linda e estreita escada de caracol em ferro fundido e rendilhado onde há um café, possibilitando-nos que nos sentemos a saborear a paisagem acima referida.
Não posso deixar de referir o interior das cabines todo revestido a madeira exótica e trabalhada , com adornos de reluzente latão, que empresta ao ambiente um cheiro a outros tempos...
Enfim, uma tarde muitíssimo saborosa que pretendo repetir logo que me seja possível!