quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Nesta vida tudo passa!

Nesta vida tudo passa!
Passa a juventude e a beleza,
O ódio, a inveja, a malquerença,
Também passa a tristeza,
Por vezes também a esperança...
Nesta vida tudo passa!
Passa o vento, e a  tempestade,
A pobreza e o sofrimento,
O calor, o frio, a humidade
E o impulso do momento...
Nesta vida tudo passa!
Passa a mágoa e a saudade, 
Às vezes também a coragem, 
O amor e a liberdade,
E tudo vai na aragem...
Nesta vida tudo passa!
Passam os minutos e as horas, 
Os dias os anos e os meses, 
E levianas e loucas  promessas 
Que se fazem muitas vezes... 
Nesta vida tudo Passa!
A  escassez e a abundância,  
A força e os ressentimentos,
A compreensão e a tolerância,
As oportunidades e os erros...
Nesta vida tudo passa!
Passa a música da gargalhada,
E a humidade da lágrima,
Os sonhos em desfolhada,
E a dor da saudade extrema...
Nesta vida tudo passa!
E está um ano a passar,
Outro já está a nascer,
Por isso te venho desejar:
Tudo de bom - Podes crer!!!

Noite da passagem de ano 2015/16
Clara Faria da Rosa

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

No findar do ano

Neste fim de ano quero meditar contigo no facto de termos,  ao longo de 2015, mudado de algum modo quer fisicamente quer psicologicamente. Aprendemos, esquecemos , sofremos, tivemos perdas irreversíveis na nossa família, vizinhos ou amigos, ao mesmo tempo também algumas famílias foram bafejadas com o aparecimento de um novo membro  porque, onde  há morte há vida. Contudo, não deixamos de ser quem somos e devemos ter sempre presente o que escreveu o prémio Nobel da literatura 2012 MO YAN no seu livro "Peito Grande, Ancas Largas" que estou a reler.

" Morrer é fácil, o difícil é viver. E quanto mais difícil, maior é a vontade de viver. E quanto maior o medo da morte, mais a gente luta para continuar viva."
Por alguma razão Mo Yan foi distinguido com tal honra, ele sabe o que diz, basta principiar a ler o livro donde tirei a citação acima, ficamos presos à sua fluência, ao encadeado dos factos do  espaço histórico da China e da sua sociedade! 
Então, apesar do que se passou em 2015, vamos formular o propósito de lutar para  continuarmos vivos em todas as vertentes:
Vamos abusar do entusiasmo, da alegria, da boa-vontade e  tentar esquecer e ou não dar demasiada importância  às faltas que naturalmente vamos sentir no ano novo , é das dificuldades que nos virá a força de viver...

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Compota de Natal


Esta é uma sobremesa que costumo fazer todos os anos, para a  ceia de Natal ou para a passagem do ano e que fica para o dia seguinte, pois não se estraga com facilidade, é muito bom a acompanhar bolo de figo, de natal, ou qualquer outro bolo ou simples, num bonito pratinho com motivos de Natal ou taça de vidro, e que embora não saiba a sua origem nem como me veio parar às mãos, partilho com muito gosto pois é verdadeiramente agradável 
Espero que a façam para a passagem de ano e depois me digam se resultou! 




Cá vai!


Mais ou menos 25 figos
Mais ou menos 250g. de ameixas secas
Uma embalagem de passas de uva
4 ou 5 maçães ( reineta) para serem ácidas, às lâminas, não muito finas.
Casca de limão
Vinho tinto de boa qualidade (Bonzinho) Entendes?-1 copo
2 ou 3 colhere de açúcar ( a gosto)
Água - 2 copos 
2 paus de canela

Ferve-se o vinho com a água, o açúcar e os paus de canela, quando levanta fervura adicionam-se os figos ( sem o pé), quando incha juntam-se os restantes ingredientes
Aguarda-se que a maçã adquira a cor do vinho e apaga-se a chama.
Pode ser servido quente ou frio, mas na consoada ou na passagem do ano sabe bem quentinho.
Espero que te saiba tão bem como o sabor que tem  o carinho que me tens dedicado !!!
Um beijinho com votos de Feliz Ano Novo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CHÁ DE NATAL.

Foi no Sábado dia 12, anterior ao dia de Natal, pela manhã o Rui Esteves sempre disponível, ajudou a montar a árvore que ficou altaneira à espera que alguém a decorasse. E Porque acreditamos que o Natal é uma época de alegria e de as pessoas se reunirem, felizes, num espírito de calor humano e boa disposição, depois, durante a tarde, aparecemos e lá foi foi decorada, conforme as possibilidades, o que serviu de pretexto para um bom e salutar convívio, e para um saboroso e acolhedor cházinho que a todos aqueceu. E deste modo, muito simples, o império de Bicas de Cabo Verde na freguesia de São Pedro ,  "pincelou" este pequeno apontamento que alegrou o lugar nesta época natalícia e deu as Boas Festas a quem por cá passou, ou passará ainda, ao longo destes dias festivos.
E antes que seja tarde e esta história caia no esquecimento apresso-me a registá-la, a contá-la e a elogiar a nossa árvore que embora sem raízes resistiu aos ventos, chuvas e temporais, e apesar de "despenteada" e despojada dos seus adornos, lá está a piscar, como que a querer dizer:
- Estou aqui, bem arreigada, porque penso em ti, porque te tenho afecto, e porque quero que o teu Natal seja repleto de alegria e muita luz, aquela luz que anunciou o nascimento do Salvador!   
































domingo, 27 de dezembro de 2015


Subi a escada...
Para no cimo da árvore
Uma estrela colocar
Q'a todos nós ilumine
No Natal e em cada instante,
Subi a escada ...
Para bem alto gritar
Ao vento, continentes e oceanos
À família, amigos, vizinhos,
Feliz Natal, a todos vós,
Que nunca se sintam sozinhos!
Subi a escada...
Para a árvore decorar
E o local que habitamos
Ganhar cor, brilho e alegria,
E para que ninguém se esqueça
Que um nascimento celebramos,
Subi a escada...
Para ficar mais perto do céu,
E para ao Menino pedir
Que nasça no meu coração e no teu,
E que nos ensine a sentir
A alegria de viver
O Espírito de Natal!

Clara Faria da Rosa


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A Cor do Natal

A Cor do Natal:

Se o Natal tivesse cor
Seria branco, dourado,
Rosado, alaranjado,
Amarelo radiante ou prateado… 
Bafejaria os afortunados
Os formados e empregados.
Os saudáveis e os jovens.
Mas, se um pincel o escurecesse
Com medonhos e tristes negros
Escuros roxos, 
Castanhos barrentos
E vermelhos escarlate…, 
Logo o Natal cairia
Em casa do pobre, do doente
Do velho abandonado e triste
E da criança sem pais,
Logo o Natal pintaria
Destas desagradáveis cores
A vida ao desempregado,
À jovem divorciada e só,
Com filhos para criar
E sem pernas para andar…
Mas se uma fada boa e linda
Olhasse o Mundo pelo Natal
E sua varinha estendesse…
Aquele dom, aquele condão,
Bordaria tudo de verde,
Um verde puro, límpido, transparente!
Com mil e um cambiantes
Opacos, brilhantes, 
Claros, escuros
Alegres e irrequietos…
Que a todos transmitiriam
Aquela paz, aquele conforto,
Aquela segurança, aquele amor,
Aquela merecida esperança,
Que todos os homens anseiam,
Que todos os homens merecem,
E que a todos é devida
Hoje, no Natal e sempre!


Natal de 2011
Clara Faria da Rosa


Piódão - aldeia presépio

Na homilia da missa de hoje, própria do dia de Natal, o Sr. padre falou do nascimento de Jesus, numa pequena cidade do sul da Judeia chamada Belém, onde Maria e José se tinham deslocado para se recensearem  e de como Maria improvisou um berço numa manjedoura de um estábulo, por não terem encontrado lugar em qualquer estalagem.
Pus-me então a pensar em Piódão, uma freguesia do Concelho de Arganil, na encosta da serra do Açor com pouco mais de centena e meia de habitantes, cujas casas são feitas de xisto e os tectos de lajes e têm janelas e portas de madeira azul, onde estive  ainda há tempos.
Este lugar pela sua peculiaridade é chamado aldeia presépio e, enquanto tentava prestar atenção à homilia, lembrei-me de que na altura pensara que as histórias antigas devem estar enganadas pois o Deus Menino deve ter nascido em Piódão.
Aquela pequenez, segurança, paz e singeleza levaram-me a concluir que só por mero acaso, ou por engano,  é que Deus não nasceu em Piódão!
Mas, pensando bem, o lugar do nascimento de Jesus não interessa, no fundo é só um facto histórico, o importante mesmo é que ele nasça nos nossos corações para  termos força e coragem de ultrapassar os problemas com que nos deparamos e para nos tornarmos melhores, tolerantes e compassivos com o passar do tempo.
Que Deus tenha nascido no teu e no meu coração são os meus votos de Natal...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Quando se escreviam cartas e postais de Natal
Bicas de Cabo Verde, 23 de Dezembro de 2015
Cara/o amiga/o
Ainda te lembras do tempo em que não usufruíamos destas modernices do computador que nos permite enviar uma mensagem num ai, sem precisarmos sair de casa, nem comprar selo e sem termos de esperar pelo simpático carteiro? E do tempo em que não tínhamos telefone em casa, muito menos telemóvel, o que nos obrigava a recorrer aos correios ou aos postos públicos quando havia estrita necessidade de se comunicar com alguém ou quando queríamos dar as Boas-Festas e desejar um Feliz Ano Novo?
Tempos que já lá vão que deram origem a inovações como os e mails, facebooks e outras simpáticas facilidades que mudaram as nossas vidas!
Pois hoje deu-me para reflectir e sonhar com coisas deliciosamente antiquadas como cartas, cartões de aniversário e postais de Natal a jorrarem de um marco do correio de um avermelhado luzidio e de uma sumptuosidade imponente de quem manobra a vida dos seres humanos ...
Pensei então que para mim, nunca foi fastidioso escrever cartas ou cartões e sempre considerei que as mesmas eram e são uma maneira de revelarmos com profundidade e intimismo o que nos vai no fundo do coração, assim como um veículo que nos liga ao nosso receptor de forma carinhosa e profunda e um meio de evasão da rotina quotidiana.
Até dos envelopes me lembro com saudade e de como ficava a olhar para eles quando os recebia, tentando adivinhar quantas páginas tinham, e as mensagens que continham .
Pelo Natal recebíamos muitos postais com ilustrações encantadoras que nos faziam sorrir e sonhar e logo corríamos a decorar a cómoda ou a árvore de natal com os mesmos. Pois este ano recebi um único postal com uma garbosa e dourada vela artisticamente decorada, e tenciono responder para não furar o esquema.
Postas estas considerações sobre cartas e quejandos termino esta,  não sem antes te desejar que tenhas recebido e enviado muitas cartas e postais de natal , que a consoada te corra de feição, o bacalhau não esteja salgado, o peru seja tenro e coradinho e que não te esqueças que esta festa celebra o nascimento do Menino Jesus . Quero também desejar-te que no Ano Novo continues a entusiasmar-te com determinação pela vida pois se te acomodares e desinteressares é sinal que a coisa não vai bem ...
Adeus e até à volta do correio,
Com um grande e saudoso abraço
A amiga
Clara Faria da Rosa
P.S. Esqueci-me de dizer que  te convido a vir cá tomar um chá e  que 
tenho alguns licores variados e um apetitoso  bolo de Natal que uma amiga me enviou pelo correio, aromatizado com muita amizade e carinho, por isso estás convidada/o a vir à mijinha do Menino.
O meu menino mija!!!




sábado, 19 de dezembro de 2015

A pedrinha do quintal


Numa pedra do quintal
Bem limpa e escolhida,
Fiz uma lapinha de Natal
Q'ao Menino deu guarida...
Numa pedra do quintal
Uma covinha encontrei,
E de um modo informal
O menino ajeitei...
Numa pedrinha do quintal
Pus pinhas e conchas do mar
Florinhas e muitos brilhos
Para o Menino adornar!
Mas na pedrinha do quintal
O Menino está só...
De certeza, sente-se mal
E a mim mete-me dó!
Porque na pedrinha do quintal
Faltam as figuras tradicionais,
Porque na lapinha de Natal
Falta a presença dos pais...
E na lapinha de Natal
Falta o burro e a vaquinha,
Faltam os reis e os pastores
As ovelhas e a galinha...
E também falta na lapinha
Que Francisco d'Assis criou,
Calor que aqueça o Mundo
Que o Menino muito Amou...
E falta amor e perdão
Compreensão e ajuda,
E o trabalho e o pão
Que são o esteio da vida!
Para o Ano, na lapinha
Tudo isto vou colocar,
Numa bonita pedrinha
Que no quintal hei-de encontrar!

Clara Faria da Rosa






O Menino que festejamos:


O Menino que festejamos é Deus!
E Deus é a bondade, 
A cor e a amizade,
E também alegria e amor,
A chuva o vento e o calor,
O perdão e serenidade,
Paz e igualdade,
A simplicidade da Natureza,
O talento, o esforço e a beleza...
É para tudo isto celebrar,
Que nos juntamos a consoar,
Para o Menino lembrar,
E porque somos filhos seus
E porque ele é Deus
E Deus é tudo isto!!!

Clara Faria da Rosa

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Lembras-te disto?



 Soube, através dos noticiários, do lançamento de um livro com o título em epígrafe, no mês de Novembro próximo passado o qual, ao que me foi dado compreender, porque ainda não o li, é como que uma viagem nostálgica e de um certo saudosismo pela infância e adolescência, nas décadas de 70 e 80,  dos autores Luís alegre e Pedro Mata Santos. Percebi que os mesmos  fazem  referência a muitos sectores daquele período e que tem um capítulo dedicado às brincadeiras da altura. Num irreflectido impulso, dou por mim a olhar para uma prateleira à minha beira onde , em jarras de vidro, guardo, com carinho, os berlindes com que o meu filho jogava, talvez numa tentativa de guardar a sua infância, como se isso fosse possível! E que pena não podermos guardar esses tempos num frasco bem guardado, assim como o que eu fiz com os brilhantes e coloridos berlindes!
O jogo do berlinde, como o conheço, de o ver jogar por esses pátios e terreiros das escolas desta ilha Terceira! A que jogarão agora as crianças nesses mesmos lugares? Interrogo-me...
As Três covinhas já estavam prontas, e na hora do recreio era um tal correr, de bolsos cheios de berlindes e toca de lançar, cada um o seu berlinde, para se ver quem atirava mais longe, o que ganhasse começava o jogo e lá se ia jogando para atingir os buracos sucessivamente. em linha recta e voltar para trás, quem conseguisse este feito  tinha o direito de tentar acertar no berlinde dos adversários numa tentativa de se apoderar dos respectivos berlindes. Quem tivesse muitos berlindes no bolso era muito considerado porque tinha aptidão e treino fora do comum! 
Agora faço-te um desafio:
Partilha connosco o que te veio à memória, dos teus  tempos de infância, ao leres este texto... Aceitas?



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sinto-me muito pequena!

 Se me perguntares:
- o que é o Natal?
Terei que responder:
-Que é a bondade
Do Menino que festejamos,
Assim como a verdade
Do Menino que esperamos,
Que é a  compreensão
Do mundo que habitamos,
E um abrir o coração
A amigos e adversários,
Que é o perdão
Do Menino que amamos
Se me perguntares:
- Mereces tudo isso?
Terei de responder:
-Que sou muito pequena
Mas estou de coração aberto,
Que sou muito pequena
E me sinto num deserto,
Que sou muito pequena
Mas tento ir no rumo certo,
Para receber e merecer
A bondade,
A compreensão, 
O amor,
O perdão...
E porque sou muito pequena
O Menino que vai fazer anos,
Olhará para mim 
Com carinho e ternura,
Rejubilaremos,
E então, serei merecedora
Dessa bondade, 
Desse amor,
E desse perdão!

Natal de 2015,
Clara Faria da Rosa


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Um calorzinho especial:

Adoro o estilo "Vintage", aquilo que é antigo , não no sentido pejorativo, mas que se pode considerar clássico e de qualidade e que nos remete aos anos de 1930/40/50/60 e que se aplica ao vestuário, calçado,mobiliário, peças decorativas, jóias, etc.
No Sábado passado, fui a uma festa, e usei um colar de prata" vintage", como podes ver na foto. Era da minha mãe, que o comprou com muito sacrifício, e não o usou muito, porque não tinha muitas oportunidades para isso. Há tempos mandei-o reparar e limpar tendo, desde então, também poucas oportunidades para o usar, embora goste muito dele. Lá o usei e senti-me tão bem e contente que até senti um calorzinho especial no coração, como que a lembrar-me da sua primitiva dona.
Para mim há duas coisas que detêm o passar dos anos, a memória e a arte. E enquanto usei aquela peça antiga, a minha memória permaneceu no passado como que se eu tivesse dez ou quinze anos e visse a minha mãe a arranjar-se para ir a algum casamento e ou procissão e tive a sensibilidade necessária para valorizar aquele objecto vintage e ver nele a arte de um objecto clássico e de qualidade que me fez, por momentos, permanecer gostosamente, no passado da minha infância.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O guarda-chuva teimoso:

Do meu guarda-chuva velho
Fiz um arranjo de natal,
Em dourado e vermelho
E com um laço normal...
Ficou pomposo e vistoso, 
Elegante e orgulhoso, 
E de tal maneira vaidoso,
Que se agarrou ao portão
Com todas as suas forças...
E quando veio o temporal
Não houve chuva nem rajadas
Que o tirassem do pedestal!
E ele teimoso gritava:
-Só saio deste lugar
-Quando passar o Natal,
-E depois de ver entrar
-O Menino neste portal!

Natal de 2015
Clara Faria da Rosa

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Tempestade nos Açores

A tempestade varreu os Açores
Vento forte!
Ondas como montanhas!
Fortes, zangadas, violentas
Provocaram:
Muita angústia,
Muito medo,
Muitas dores...
E uma incerteza dolorosa...
Estamos no meio de nada,
Como nos poderemos defender?
Quem nos poderá ajudar?
Quando virá a calma esperada?
Como será o amanhecer?
A tempestade varria os Açores
E a agitação das ondas
Medonhas, revoltas, alterosas,
E as violentas rajadas,
Quadros assustadores,
Mas espectaculares...
Eis se não quando:
Do meio da tempestade,
Daquele cenário dantesco,
Daquele cenário destruidor,
Surgiu um corpo de mulher
Esbelta, seráfica, angelical...
E tudo acalmou, tudo serenou.
E nos Açores
As flores voltarão a florir,
E nos Açores
Os pássaros voltarão a Cantar.
E nos Açores
O homem esquecerá o medo,
O homem ganhará confiança,
E continuará a Louvar.
E continuará a amar,
O seu mar, a sua terra,
Esta terra açoriana!

Angra do Heroísmo,14 /12/ 2015
Clara faria da Rosa

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Bolo de Natal da Clara (receita)

 Agora que toda a gente anda numa grande azáfama para fazer o seu bolo de Natal, com a antecedência requerida para que fique húmido e muito saboroso, é com muito gosto que te passo a minha receita que acerta sempre e costuma ser muito apreciada:
 Bolo de Natal da Clara ( Receita):

Deves deixar de infusão
Quantos mais dias melhor,
Paciência e compreensão
Muita amizade e amor...

Não ligues aos dissabores,
Vive com muita humildade,
Envolvendo estes valores
Sempre com muito cuidado.

Unta a forma alegremente
Com calma e muito humor,
Verte o bolo lentamente
Fazendo da vida louvor!

O forno deve estar quente
Com um calor moderado,
E tu, sempre contente
Vivendo com muito agrado...

Resulta sempre esta receita
Que partilhada deve ser,
E se for muito bem feita
Tua vida vai crescer!...
 6º
Põe a mesa a toda a gente
Deseja um bom Natal,
Sempre alegre e contente
Aberta, simples e informal!
 7º
Quando deres a provar
Deste bolo uma fatia,
Deves sempre recordar
A amiga Clara Faria !!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A minha sementeira de Natal

Nos Açores, é tradicional, porem-se sementes a germinar, em pequenos pratinhos, para depois se porem a decorar os altarinhos do Menino Jesus e os presépios.

Normalmente, isso faz-se no dia de Santa Catarina ou no dia de  Nossa Senhora da Conceição, não me perguntes porquê, porque não sei responder ao certo, a minha resposta é: - porque já minha mãe procedia assim!
Então vêem-se pequenos pratinhos de trigo, cevada, tremoço, ervilhaca, alpista Etc., enfileirados, à espera das sementinhas darem um ar da sua graça, para irem ocupar os seus postos, nos dias de Natal...
Penso que este hábito se prende com o facto de os agricultores quererem testar as suas sementes, para na altura certa as lançarem à terra, e também pelo facto de antigamente não haver decorações de Natal à venda ( e ainda bem!) e de as pessoas instintivamente terem adaptado e adotado este lindo costume de decorarem as suas casas com estas sementes germinadas...
Já há anos que costumo cumprir a tradição, nesta área e ponho a germinar ervilhaca que é uma leguminosa forrageira de bom crescimento que proporciona, segundo os entendidos, uma eficiente cobertura protectora e melhoradora dos solos, e que pode ser usada para pastagem ou fenação. Contém muitas proteínas, resiste ao frio e mede em condições normais,cerca de 1 m. de altura.
Mas vamos ao meu assunto:
Hoje, 8 de Dezembro, estava um belo dia para sementeiras e eu aproveitei:
Depois guardei as sementeiras às escuras para ficar branquinho, e vou deitando um pouco de água em dias alternados.

 Claro que esta foto que te mostro com ervilhaca germinada é de um ano anterior porque este processo da germinação leva aí uns dez dias até estar crescida  bastante para  decorar o Deus Menino , para oferecer alguns a amigos e  enfeitar a casa. Ainda estás a tempo de fazer esta experiência, se não tens este hábito, há sempre uma primeira vez para tudo, tem em mente que muitas aprendizagens se perdem por não se tentar e vais ver que depois te sentes contente com o resultado que obterás.
 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Tomando consciência do cancro.

Fui nomeada pela minha amiga Vanda Azevedo, para colocar uma foto ou selfie durante 10 dias, no perfil e nomear outra pessoa. Perante causa tão nobre, não pude deixar de participar. Saí ao quintal, tal Mãe Natal, colori a Natureza e fotografei-a. Aqui mostro as 10 fotos que fui publicando em dias sucessivos, espero que gostes e que elas te ajudem a vivenciar o Advento e a admirar aqueles que conheces e que conseguiram ultrapassar esta doença e a lembrar os que tanto sofreram e não tiveram essa sorte!
E no fim desta maratona fotográfica à roda da minha casa, nomeei a minha amiga Neusinha Fusco, no Brasil, para dar continuidade a este projecto de forma a que ele se expanda por aquele país irmão.