terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tourada no porto dos Biscoitos





Domingo, 27 de Setembro, foi dia dos toiros nos Biscoitos, freguesia rural da ilha Terceira, Açores, que se caracteriza por ter um solo pedregoso e escuro, semelhante, diz-se, aos biscoitos que os navegadores dos descobrimentos usavam como pão, daí o seu nome. É uma região de origem vulcânica dividida em características curraletas onde se cultivam as vinhas que produzem muitos e bons vinhos.
Em Novembro de 2007, suas majestades os Reis de Espanha, foram obsequiados, a quando da sua visita aos Açores, com vinhos desta região, mais concretamente da "Casa Agrícola Brum", conforme a foto que se junta da autoria de Valter Franco da Presidência do Governo Regional, copiada do Blog Bagos D' Uva.


Pois foi a essa agradável freguesia que me desloquei, na companhia de meu marido, para assistir à tradicional tourada à corda do "Domingo dos Biscoitos" que encerra a festa da localidade. Só quem participa , penso que descrever as sensações, o colorido, cheiro, burburinho, alegria contagiante que ali se vivia é práticamente impossível.


O tempo agradável, o mar calmo, e o porto pintado de milhares de cores parecendo ao longe um jardim... tudo seria perfeito se não nos lembrássemos a cada passo da nossa amiga Bélia Cota, falecida inesperadamente de forma tão imprevista e violenta, que nos recebia assim como a outros amigos, neste dia, com tanta alegria, franqueza e elegância. Enfim ficam as recordações e a saudade...


Aqui ficam registos de uma tarde inesquecível:

domingo, 13 de setembro de 2009

O aniversário da Bárbara





Faz Hoje um aninho a minha amiguinha Bárbara que podemos ver aqui ao colo do seu pai, numa foto tirada no dia 14 de Junho passado. Adoro esta linda, risonha e bem disposta bebé.Um Beijinho de parabéns à Bárbara e votos de que cresça e faça muitos anos para seu bem e felicidade de toda a família.

Fui à Serreta em Romaria

Fui no Sábado à Serreta a pé, em romaria à Senhora dos Milagres, levei 5h, mas valeu a pena!

O ano passado, estava de perna partida e pensei tanto que jamais conseguiria realizar tal façanha que costumava fazer todos os anos, tive sorte, já estou boa e fui agradecer à Senhora dos Milagres.

Pelo caminho tirei estas fotos de certos aspectos que me chamaram mais a atenção e que retratam muitos aspectos e maneiras de ser e viver das nossas gentes

O meu marido ficou em casa para depois me ir buscar,de carro. Assistimos à missa , rezei a agradecer e voltámos não sem antes ir buscar a pagela que costumo guardar que tem esta oração:

Lembrai-vos ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa protecção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.

Animado eu, pois, com igual confiança, a vós Virgem entre todas singular, como a mãe recorro, de vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prosto a vossos pés.

Não desprezeis as minhas súplicas, ó Senhora dos Milagres, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo, amen.









terça-feira, 8 de setembro de 2009

A minha figueira







Embora já velha, esta árvore, quando chega a Primavera dá sempre sinal de si e em Setembro oferece-nos os seus frutos que embora pequenos, pois penso que a árvore não é tratada convenientemente, lá vão dando para se comer e fazer doces, compotas e bolos, como o que fiz no domingo passado que podes ver na outra página, onde registo alguma coisa da minha cozinha do dia a dia e não só, também lá mais para a frente farei figos cristalizados como é habitual, para guardar para o Natal.
Enfim é uma árvore comum aqui nos Açores, que segundo pequena pesquisa que fiz, tem o nome científico de Ficus carica l, da família moraceae e de origem asiática. É uma árvore que se adapta a qualquer tipo de solo embora se desenvolva melhor em terrenos profundos e permeáveis e em climas temperados.
O fruto da figueira a que chamamos figo, na verdade, não passa de um receptáculo de casca macia e fina onde se encontram os verdadeiros frutinhos, as sementinhas e os restos das flores da figueira, sendo todo o conjunto completamente comestível.
O conjunto referido é rico em açúcar, muito energético, possuindo potássio, cálcio, fósforo e outros sais minerais, contribui para a formação óssea e dos dentes e evita a fadiga mental, ajudando ainda à transmissão normal dos impulsos nervosos.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sorrindo...






Li algures que "O Sorriso é a escova que consegue tirar as teias de aranha do coração", é por isso que me esforço para estar o mais bem disposta possível e afastar "fantasmas" passados, presentes e ou futuros.
Estar bem disposta é um hábito que se adquire quando compreendemos o quanto é valioso o bem que temos por mais insignificante que seja e quando aprendemos a viver contentes com o que temos.
É por isso que me estou a rir para ti neste momento, para te desejar uma boa semana, que sejas forte e que uses o teu senso comum que te ajudará a afastar as teias de aranha que possas ter no teu coração...sorrindo!

domingo, 6 de setembro de 2009

O presente que fez pensar...



Que sentirias tu se recebesses inesperadamente em tua casa uma linda cestinha de figos como esta que eu recebi?
Ficarias feliz, naturalmente!
Pois foi o que me aconteceu, sente-se um calorzinho no coração quando se constata que alguém pensou em nós, não é?
O casal Moura, pensou em mim e na minha família e seleccionou os melhores frutos da sua figueira para nos mandarem de uma forma tão agradável que nos agradou e sensibilizou sobremaneira.
Também temos uma figueira , mas os figos não são daquela qualidade e calibre e estavam muito atrasados quando recebemos o presente que tanto nos agradou e que agradecemos.
Estava aqui a pensar, a respeito da palavra presente, num episódio que me aconteceu no mês de Setembro há 55 anos passados.
Preparava-me para entrar na escola primária, como então se chamava, no dia 1 de Outubro e assim iniciar o meu percurso académico, à altura não havia infantários, nem prés, nem nada dessas vantagens actuais a que as pessoas de tão corriqueiras já nem lhes dão o devido valor.
A minha mãe já me havia preparado a minha mala de cartão, não a da cantora, com o livro, um caderno de folhas de duas linhas, uma pedra com a sua esponja, como apagador, e o respectivo lápis e já me tinha feito a bata branquinha, pois à altura era assim, a bata nivelava e tapava as misérias ou necessidades, comprara-me também uma caixinha redondinha em alumínio para eu levar um lanchinho para os intervalos, pois viria almoçar a casa. Muito previdente, a minha mãe, lembrando-se que " a luz que vai à frente é que ilumina", resolveu matricular-me o mês de Setembro na "escola paga" como então se dizia, para eu já ir um pouco preparada para a escolar e não ter problemas de adaptação.
Lá vai a Clarinha, toda contente, com o seu avental com muitos folhos, um grande laço na cabeça e a sua mala recheada de tesouros para a escola da Professora Rita, chegando lá encontra muitos alunos sentados em pequenos banquinhos à volta de uma sala e a professora, muito profissional, a chamar os nomes que tinha registado na sua lista. João,-presente, responde a criança! Maria, -Presente, Ilda,-presente, presente, presente, presente, vão respondendo as crianças à chamada!
Eis se não quando, grande berreiro na sala, todos espantados sem saber o que se passava, era a Clarinha que chorava aflita por não ter levado um presente para a professora, pois só conhecia a palavra no sentido de oferecer algo a alguém quando a mãe lhe dizia:
-Vai levar este presente à vizinha ou à tia, quando havia carne fruta ou algo mais para partilhar.
Vejam só como uma cesta de figos teve o condão de me fazer voltar ao sotão da minha infância!
Obrigada amiga Claudina e marido!