Em vez de castanhas e vinho, neste dia dedicado a este santo tão popular que, segundo a lenda, se privou da sua capa para a dar a um mendigo, mal agasalhado, mostro-te estas fotos da igreja matriz de Pombal, a igreja de São Martinho. Um templo de características simples, no seu exterior, mas que ao entrarmos nos causa surpresa pela sua talha e belos altares mas sobretudo pelos seus retábulos de pedra policromada que apresentam, entre outros episódios, a história da vida de São Martinho.
Se perguntarmos o que são os Lions a resposta é simples: PESSOAS!
Pessoas? Perguntarão surpresos os mais distraídos...
Sim pessoas, mas pessoas que querem ajudar e é para isso que se juntam, uma vez por mês, para delinear trabalho, para definir objectivos.
Desta vez o alvo beneficiado foi o Hospital de Angra do Heroísmo, e com muito trabalho arranjaram voluntários, venderam bilhetes e encheram a linda sala do Teatro Angrense na nossa ilha Terceira. Estivemos lá no sábado passado e só temos a agradecer, pois para além de contribuirmos para uma nobilíssima causa assistimos a um espectáculo lindíssimo, podemos até dizer de alto gabarito.
Saímos de lá orgulhosos por termos pessoas na nossa terra que trabalham em favor dos outros de forma tão abnegada e por termos tantos artistas e de tão requintada qualidade.
Aos Lions da ilha Terceira na pessoa do seu presidente local Manuel Amaral, muitos parabéns e sincero agradecimento, pelo belíssimo espectáculo que nos ofereceram e por se esquecerem de si, pensando nos outros , bem hajam!

Olho as minhas mãos e vejo-as:Grosseiras, ásperas, cansadas,Olho as minhas unhas e vejo-as:Baças, rombas, maltratadas...Tento escondê-las e penso:-Onde estão aquelas mãosFinas, esguias e lindasE aquelas brilhantes unhasRosadas e bem-tratadas?-Aquelas mãos de menina,Meu orgulho, meu tesouro,Aquelas unhas de ouro...Tudo isso já se foi,Tudo isso é passado.Aquelas mãos de então,já muito, muito, amaram,já muita massa amassaram,já muita sopa prepararam,Já muita mesa puseram,já muita roupa lavaram,já muitas tartes fizeram,já muito bolo bateram,já muito chão varreram,já muita cera puxaram,já muita erva arrancaram,já muitos pontos deram,Já muita mão encaminharamE a escrever puseram,Já muita palma bateram,já muito, muito escreveram...Aquelas mãos do passado Meu orgulho, meu tesouro, já muito, muito, amaram,Já muito muito acarinharam,já o meu pai lavaram,já os seus olhos fecharam,E continuam abertas Embora ásperas e cansadasPara muito, muito amarPara alegremente ajudar...Porque amar vai muito alémDe beijar docemente alguém,Amar é agente esquecerQue as mãos vão envelhecerAmar é dar e amparar,Ajudar,estar presente e preverQue o outro vai precisarDas nossas mãos Ásperas e cansadas,Das nossas mãos Grosseiras e calejadas! Clara Faria da Rosa9/08/2015