terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Poinséttias

Poinséttias:
As minhas poinséttias floriram tarde e um pouco estragadas devido às intempéries que se têm feito sentir, contudo, não me farto de olhar para elas porque as associo ao Natal, a sua forma lembra uma estrela e a sua cor é quente e alegre.
Numa breve pesquisa fiquei a saber que:
São conhecidas por poinséttia, bico -de - papagaio, rabo - de - canário, cardeal, flor - de Natal ou estrela - de Natal,são flores muito decorativas são originárias do México, florescem no Inverno, 
na época natalícia.
Oriundas da América Central eram usadas para a produção de tintas e na cosmética e a sua seiva para o fabrico de medicamentos contra febres. As poinsétias esbranquiçadas ainda se utilizam para produção de cremes depilatórios.
Curiosidade: O que parece ser as pétalas das flores, são brácteas, isto é, folhas modificadas que protegem a flor, pequenina, que se encontra bem no centro da planta.
Nome científico: Poinséttia Pulcherrima, da família das Euforbiáceas.
O seu nome vem do embaixador doa Estados Unidos da América na República Mexicana ( Mr. Joel Poinsett), que a registou com o seu nome.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Soquetes e Meias de vidro



Conta-se que quando do casamento do rei Filipe Quarto de Espanha que viveu entre 1605 e 1665, não sei qual dos casamentos, pois casou em primeiras núpcias em 1615  com Isabel de Bourbon e mais tarde em 1649  com Mariana da Áustria, a noiva em viagem para Madrid, ia sendo recepcionada festivamente em todas as cidade, numa das quais recebeu de presente de casamento uma caixinha dourada sobre uma almofada de veludo. Ao abri-la a rainha, horrorizada,  Deixou-a cair. O marechal da corte olhando pra o presente, viu que era um par de meias de seda, devolveu a caixa dizendo:
-Uma rainha não tem Pernas!
Esta história parece cómica, no entanto se nos reportarmos àquela  época em as mulheres usavam saias compridas , não deixando que se visse nem a ponta dos pés e era considerado o cúmulo do atrevimento pensar nas pernas da rainha, compreende-se perfeitamente a atitude da pobre rainha embora , eu tenha quase a certeza que ela estava mortinha por aceitar tal presente,  porque na altura um par de meias de vidro era um artigo precioso, raro e de luxo...
Isto tudo passa-se há cerca de quatro séculos contudo este natal pensei muito numa outra história relacionada com meias de vidro. 
 No Natal de 1962, tinha eu 14 anos, era uma rapariga cheia de ambições e sonhos,  mas descontente com as roupas que usava pois considerava-as inadequadas à minha idade, nesta idade o que nós queremos mesmo é parecer mais velhas! O pior de todos os meus males eram aquelas soquetes ( francesismo que vem de socquette), umas meias curtas até ao tornozelo e que a minha mãe arranjava maneira de as fazer condizer com o que eu vestia... Que coisa mais antiga,imprópria e infantil-Pensava eu, triste e desanimada por não ser compreendida nas minhas pretensões... O que eu sonhava mesmo era usar  meias de vidro, transparentes e bem esticadinhas  que me fizessem parecer uma mulher, de preferência com uma  risca atrás!
Até aquele Natal, embora pondo o sapatinho, no lar, como todas as crianças, normalmente encontrava lá uns figos passados ou umas guloseimas e nesse ano esperava, sem grande entusiasmo, o mesmo. Contudo, ao levantar-me e ao olhar para o lar, alguma coisa brilhava de modo diferente, o meu coração pulou, os meus pés voaram e como que por magia tomei nas mãos as meias de vidro mais bonitas que qualquer mulher pudesse ter, penso que até mais bonitas do que as que há séculos atrás tinham oferecido à noiva do rei de Espanha Filipe Quarto.
Penso que foi nessa altura,  nesse dia de Natal de 1962  e por causa de umas meias de vidro que me tornei mulher! 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

E as comadres brigaram - em véspera de Natal

Comadre Rosa e comadre Mariquinhas davam-se bem, sem que entre elas houvesse grande cumplicidade, às vezes, outras vezes toleravam-se e de vez em quando punham-se de "candeias às avessas", eram umas pequenas rivalidades que as punham assim, mas nada de maior...
Cada uma tinha uma pequena, eram da mesma idade, igualmente travessas,vivas e muito amigas.
Com a proximidade do Natal comadre Rosa precisou de ir à vila, fazer umas comprinhas, mas a pequena não podia ir, porque já pagava frete na carreira, e a vida não estava para graças. Vai daí, lembrou-se de falar com Mariquinhas
- Podes ficar com a pequena para eu ir à vila?
- Que sim que podia , que ficava com a sua e que se entreteriam uma à outra -Respondeu-lhe Mariquinhas muito prestável.
Lá ficaram as duas muito contentes e como Mariquinhas era costureira e tinha muitas encomendas para aprontar para as festas  que se aproximavam, lá as deixou brincar e deitou-se ao trabalho.
De repente assustou-se com o silêncio, um silêncio aterrador que não pressagiava nada de bom... 
Lá foi pelas gaiatas e -Nossa Senhora de Fátima!- Não lhe deu uma coisinha má porque era forte e tinha que pensar numa maneira airosa de enfrentar a comadre Rosa quando chegasse e viesse pela pequena!
Não é que as duas haviam decidido pôr mãos à obra e praticar o mister de cabeleireira! Onde estavam os caracóis luzidios da afilhada, que eram o orgulho da comadre Rosa e tanto trabalho lhe davam? E a sua filha com um corte ultra - moderno que mais parecia uma galinha de pescoço pelado!!!
Chegada a hora da verdade foi um ai Jesus o que é isto? Uma - que não tinham tomado conta da filha, que até podiam estar as duas mortas, que não tinha cumprido o prometido! A  outra- que tinha sido um azar, que as canalha cega, que tendo muito trabalho se tinha descuidado! Enfim ficaram as duas de candeias às avessas.
Mas, como se sabe, nada é eterno, chegado o dia de Natal lá foram à mijinha do Menino a casa uma da outra, o cabelo cresceu e tudo foi esquecido.
Quem não se esqueceu desse episódio, fui eu que tive de ir ao barbeiro, tal tinha sido o corte! Ainda hoje estou para saber porque fui professora em vez de cabeleireira!? 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Arranjo de Natal






Arranjo em manhã  de Natal

Numa arca de madeira 
Fiz para o  Natal um arranjo,
Com brilhos bem à maneira,
Foi pena não ter um anjo.

Os brilhos anunciavam 
Que estava perto o Salvador,
E as lindas pérolas lembravam
Os presentes para o Senhor...

Havia  sinos e estrelas,
Magia, alegria e cor,
Pinhas, azevinho e bolas, 
Saúde, festa e amor.

Mas pela manhã ao acordar
Surpreendeu-me o meu arranjo,
pareceu-me mais brilhar 
E vislumbrei um lindo anjo...

Parece que anunciava
Que se cumprira as profecias,  
E dele alegria e cor brotava
Porque nascera o Messias.

Não há arca, nem há cor
Nem verdes, pinhas ou  brilhos
Que venerem o Senhor...
Nem  sequer pérolas ou sinos!

Só muito amor e humildade
Perante mistério tão grande 
Esta surpreendente natividade
Que no Natal celebramos!


Natal de 2014
Clara faria da Rosa 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Portugal à Gargalhada:

 Estando há um mês, por esta altura, em Lisboa, aproveitei para ir ao teatro ver um espectáculo do grande produtor e encenador Filipe La Féria que já nos habituou a trabalhos fantásticos e muitas vezes mágicos.
   Aqui vou eu, a caminho do Politeama, ver a revista  Portugal À Gargalhada. Com um elenco constituído por nomes como Marina Mota, Joaquim .Monchique José  Raposo entre outros foi um serão a não esquecer em que se entrosava uma crítica feliz  mordaz e atenta à actualidade nacional com lindas vozes, brilhos, movimento e figurinos de muito bom gosto e bem adequados aos temas.
 Embora tenha ficado no 1º balcão, para ser mais barato e voltar a ir, se tiver nova possibilidade, adorei!  Vale sempre a pena assistir a trabalhos bem feitos...
Cá vou eu com o meu rico bilhetinho, bem estimado, a caminho do dito teatro e no seu interior que é um espaço lindíssimo, bem ao meu gosto!







O meu coração dói!


Ai  dói tanto meu coração
De aflitiva preocupação,
É que vejo o meu Anjinho
Mutilado,  triste, doentinho...

Ao meu adorado Menino
Caiu-lhe o seu dedinho,
Fui ver, era o indicador...
Mas que mágoa, mas que dor! 

Afinal que doença é esta,
Que tal mal causou ao Menino?
Fui ver, era uma inflamação,
Ai que se me parte o coração!

Uma inflamação, artrite chamada 
Ai estou tão preocupada...
Como foi tal mal acontecer?
Triste coisa de se ver ! 

Então ao hospital o levei
E ao médico  lá o mostrei..
-É grave-disse o homem sério,
-Mas não é nenhum mistério!

- É que Ele tem apontado,
E aos homens indicado,
O caminho certo a atingir,
A estrela verdadeira a seguir  ...

- E como os homens são surdos,
E muitas vezes também cegos...
Fazem que não é com eles,
E continuam maus e reles!

- E o Menino continua a confiar,
E a apontar, a apontar, a apontar...
Até que lhe caia  mais um dedo, 
Até que o homem tenha medo!

- Medo de si, dos seus actos,
E mude suas  atitudes e factos... 
Medo da sua grande  maldade, 
E inunde o Mundo de bondade!


Natal de 2014
Clara Faria da Rosa


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Jantar de Natal

Mais um ano se passou, mais uma vez acompanhei o meu marido ao tradicional convívio de Natal da E.D.A., que este ano se realizou no Terceira Mar Hotel.
Adorei encontrar e reencontrar velhos amigos e conhecidos, o jantar foi  maravilhoso, a sala estava muito bem decorada assim como as mesas, houve distribuição de presentes, bingo, karaoke e no fim todos saíram de lá contentes e felizes.
Quero realçar e sublinhar a ideia de quem decorou a linda árvore de Natal que embeleza o átrio do hotel toda decorada com motivos feitos a partir de material reciclado como podem ver no pequeno vídeo que aqui anexo, uma beleza!
E por fim, quero desejar a todo estes amigos com quem passamos tão agradável serão, que este Natal e no Ano Novo possam tocar as estrelas sem terem necessidade de se porem em bicos de pés, se assim for tenho a certeza de que se sentirão alegres, felizes e realizados