terça-feira, 17 de maio de 2011

Império de Bicas de Cabo Verde / Almoço de criadores

 Em Louvor do Senhor Espírito Santo

É sabido que os impérios tradicionalmente fazem o que se convencionou chamar a ceia dos criadores. Tem esta a finalidade, penso que inicial, de se agradecer  e brindar os criadores de gado que ajudavam os impérios na realização das suas festas, posteriormente começou-se a convidar outras pessoas a que se chamavam os criadores secos os quais iam e ajudavam com algum donativo que depositavam na corôa, ao sair. Este convívio era sempre à noite visto que os lavradores só a esta hora estavam disponíveis.
O império de Bicas de Cabo Verde, representado pelo seu procurador Victor Carreiro, como é habitual quís continuar a tradição, contudo  como era um Domingo, este ano, resolveu marcar para as 13hs. e a ceia virou almoço.
Foram pois mais de setecentas pessoas que este império recebeu no salão de festas da Santa Casa da Misericórdia em S. Carlos e sentou à volta da mesa, servindo um almoço regional que a todos agradou.
O cozinheiro responsável a que tradicionalmente se chama "marchante" foi o Senhor Paulo Vieira proprietário do Restaurante " Bota que Tem", No Posto Santo, Embora ajudado pela comissão e amigos foi ele que fez e temperou as alcatras que ao que sei estavam muito boas e organizou  a confecção da sopa e cozido. Não é fácil pôr na mesa um almoço para tanta gente, contudo com a sua calma e experiência conseguiu  agradar a todos.
Quero aqui salientar que este senhor sendo amigo do Procurador de festa  veio ajudá-lo gratuitamente o que é de louvar. Agradeço em nome da comissão, embora não pertencendo a esta penso que atitudes destas são de louvar especialmente em tempos como os que estamos a atravessar. ´´E caso para dizer:

"Bota que tem!!!"



"Bota que tem, Vieira!!!"

É deste almoço , que para mim foi uma festa, que mostro este pequeno vídeo, para que os  que não são de cá fiquem com uma ideia dos nossos costumes e tradições, com um pequeno apontamento da nossa gastronomia e da nossa maneira de ser, sentir e viver, para os nossos emigrantes matarem as suas saudades e para que os que participaram nesta iniciativa possam recordar momentos tão especiais.


Registo aqui um grande parabém ao procuradoe da festa e seus ajudantes que tanto se empenharam.