sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

OBRIGADA!



11 de Janeiro/ dia Internacional do
OBRIGADO/A
Eu quero dizer obrigada...
Ao sol que gentilmente me aquece,
E à Lua que pontualmente aparece,
E à Terra que tudo nos fornece
E roda roda e nunca entontece!
Eu também digo obrigada...
Aos mares que peixe nos dão,
E à vaca, à galinha e ao cão
Nosso amigo, nosso irmão,
E aos que um sorriso me dão!
Obrigada, muito obrigada...
Pela tua linda amizade,
Pela tua gentileza e bondade,
Por todos tratares com igualdade,
E por não cultivares a maldade!
E mais uma vez obrigada...
Meu Deus e meu Senhor,
Por espalhares o teu amor,
Sobre tudo ao meu redor,
O que me faz sentir melhor!
Obrigada à flor colorida
Que dá graça à minha vida,
Obrigada à ave atrevida
Que canta e a todos cativa!
Obrigada, mil vezes obrigada...
Pelo teu silêncio e resistência,
Pela tua caridosa paciência,
Pela tua coragem e consideração
E por ajudares com prontidão...
Obrigada...
Neste dia mundial,
Obrigada...
Amanhã e no futuro,
Obrigada...
Até ao fim dos meus dias!!!
11 de Janeiro de 2018
Clara Faria da Rosa

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Sentes-te mal? - Ventosas terapeuticas:



Com a chegada do Inverno e as temperaturas  a descer logo apareceram os resfriados, as gripes, as constipações e as tosses e rouquidões. Imediatamente, a indústria farmacêutica aproveitou, como em anos anteriores, para fazer propaganda de produtos, que dizem eficazes, para fazer desaparecer esses males ou pelo menos aliviá-los...É ao ouvi-los que começo a pensar no meu pai, que por ser agricultor e lavrador, não podia fugir às intempéries, pois os animais tinham de ser tratados a horas e isso não tinha nada a ver com ventos fortes, frios, chuvas e ou nevoeiros; Vai daí que chegava muitas vezes a casa transido de frio e molhado até à medula, pois naquela altura os agasalhos e os impermeáveis não abundavam.
Parece-me que estou a ouvi-lo dizer à minha mãe: 
- Havias de me pôr umas ventosas, Para ver se me levanto amanhã! 
Lá ia a minha mãe, toda lampeira, buscar as ventosas que eram uma espécie de copos, mas côncavos na base, e de boca estreita e bordos largos, onde metia algodão embebido em álcool que cuidadosamente punha a arder e aplicava nas costas do meu pai. Aquilo provocava como que uma bola de pele  dentro do copo, que eu à altura não entendia, mas que agora sei que o oxigénio se consumia,  havia um afluxo de sangue e a circulação era activada libertando ou liberando as toxinas existentes no sangue.
E lá ficava o meu pai, deitado na cama , de costas para cima,  nem um ouriço caixeiro, muito bem coberto, e no outro dia estava pronto  de novo para o trabalho!
Naquela altura não havia as facilidades actuais, fazia-se  e usava-se o que os antepassados faziam, a ventosaterapia,  ao que julgo saber  uma técnica milenar que já os índios utilizavam com  chifres de animais e os chineses  com copos de bambu, chegando depois essa técnica à Europa .
Penso que actualmente se estão implantando novamente estas técnicas que segundo os entendidos  aliviam tensões, dores musculares e articulares e desintoxicam o organismo. 
- Sentes-te mal com a chegada deste frio invernoso? - Ventosaterapia!
Se precisares empresto-te as ventosas que tenho, são só três mas não importa, a minha mãe improvisava com os copos da cozinha, e aí sim é que a coisa apertava, pois no dia seguinte a pele estava pejada de círculos vermelhos quase em carne viva.
Outros tempos, outras gentes...






segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Uma visita de Natal:


Este Natal tive uma visita inesperada, que muita alegria me deu; Uma dama com mais de cem anos de uma beleza, um requinte, uma patine e policromia deslumbrantes. Não veio a pé, nem de avião, autocarro ou comboio mas na tampa de uma linda e antiquíssima  e oitavada caixa de jóias...
Perguntarão os que me lêem, como sei a idade da inesperada visitante ao que eu responderei que esta história  tem a ver com a fundação, em 1850, da fábrica de loiça de Sacavém a qual  durante vários anos marcou o quotidiano dessa povoação, celebrizando a fábrica dentro e fora de Portugal.
Anos depois a fábrica atravessou entre 1861/1863 graves problemas financeiros e acabou por ser vendida a um inglês  de nome John Howorth que introduziu novas técnicas de produção e a fábrica tornou-se uma das mais importantes no ramo da produção cerâmica especialmente na produção de faiança fina  de caulino.O sucesso foi tal que o rei D. Luís intitulou a fábrica de REAL FÁBRICA DE LOIÇA DE SACAVÉM.
Falecendo, em 1893, John Howorth a sua viúva associou-se ao guarda-livros da fábrica James Gilman que após a morte da senhora Howorth assumiu o governo da empresa.
Pela marca no fundo da caixa e respectivas características, posso saber que a mesma é do período Gilman ,data à volta de 1905, por isso deduzo que a senhora que entrou na nossa casa este Natal tem mais de cem anos, e a caixa não trouxe jóias nem ouro, mas a pessoa que ma ofereceu, sabe muito bem o que valorizo, e  que para mim isso não é o mais importante mas sim a oportunidade que ela me deu para pesquisar e ficar a conhecer mais um pouco da cultura do nosso país, além de que me deu ocasião a que ao entreter-me com esta pesquisa,  pusesse de parte eventuais tristezas, sensibilizando-me, distraindo-me e afastando-me de fluidos negativos.










sábado, 6 de janeiro de 2018

Dia da Reis

O dia de reis é no dia 6 de Janeiro, como todos sabemos, partindo-se do princípio de que este facto é histórico assenta-se que  os reis chegaram finalmente junto do Menino neste dia, Contudo há quem defenda que a existência dos Reis Magos que nem eram reis, é meramente simbólica e deve lembrar a todos que  devemos aceitar e respeitar as diferenças.
A igreja católica estipulou que o  dia seria celebrado no domingo entre o dia 1 e o dia 8.
Deste modo, será amanhã o domingo da Epifania, que significa a aparição de Jesus Cristo aos gentios, a festa religiosa para celebrar esta aparição, Dia de Reis, pois epifania significava apresentar alguém à sociedade.
O povo, em várias regiões do nosso país, canta as Janeiras de porta em porta, no dia 6 evocando os reis magos e os donos da casa retribuem a visita com alguma bebida que aqueça, frutos secos, bolo-rei ou qualquer guloseima.
Nesta data encerram-se os festejos natalícios, desarmam-se os presépios, assim como as restantes decorações de Natal.
Supostamente, segundo a tradição cristã, este seria o dia em, que o Menino, recém - nascido, numa gruta, em Belém recebeu a visita dos três Reis Magos, Belchior, Gaspar , vindos do Oriente e Baltazar de Sabá, terra situada no Sul da Península Arábica ou da Abissínia.
Estes reis simbolizam as tês raças biblicas:
Gaspar, os Semitas descendentes de Sem - Raça amarela  - Asiática.
Belchior, os Jafetistas descendentes de Jafé- Raça branca - Europeia
Baltazar, os Camitas descendentes de Cam - Raça negra - africana
É uma homenagem de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis! Mago significava astrólogo, termo que à altura se confundia com sábio, erudito e filósofo.
De qualquer forma facto histórico, bíblico ou simbólico, já o ouvi narrar muitas vezes atendendo à minha idade  e a também ter frequentado a igreja desde criança em homilias que se  re referiam à epifania e a este facto concreto,e muitas vezes dei por mim  a pensar que os magos  ao perscrutarem o firmamento,avistando uma estrela diferente  e seguindo-a à procura de um novo Rei são como que um incentivo para todos nós que devemos procurar, encontrar e seguir a nossa luz que nos encaminhará à realização pessoal, à felicidade e ao amor, mesmo que pelo caminho encontremos alguns Heródes, devemos tentar escamotear esses obstáculos e seguir a nossa estrela, a nossa luz!!!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A toalha de Natal que cresceu...


Quando, para o Natal de 2016, encontrei umas toalhas que "me encheram as medidas" que é como quem diz, que me agradaram, apressei-me a comprá-las, tinham o comprimento certo, gostei da cor, eram de um tecido pesado e lisas só com um simples estampado a dourado com os nomes dos Reis Magos e dos presentes que levaram ao Menino, segundo reza a história. Eu, que gosto de coisas com significado, fiquei muito agradada, sendo também influenciada pelo preço que era deveras aceitável.
Fiquei à espera do Natal para usar as minhas toalhas novas quando, qual não foi a minha desilusão,  verifiquei que na largura não tinham o tamanho certo, pois gosto de uma toalha farta o que não era o caso! Levei o Natal inteiro a falar do meu grande desgosto que, não foi valorizado por ninguém, nem pelo meu marido, que a bem da verdade, valoriza mais o que está sobre a toalha do que o tamanho da mesma.
Logo, findo aquele Natal, prometi a mim mesma, que iria inventar uma solução para aquele "grande problema", vai daí que, resolvi desmanchar a bainha, o que me deu um trabalhão, pois estava muito bem feita e com um ponto muito miúdo e prender à volta um galão dourado. Ficaram uma toalhas lindas e fartas e eu feliz com o resultado!
Agora sabem qual foi o comentário dos meus homens sobre as minhas ricas toalhas, que tanto trabalho me deram???
-- Este ano não temos toalhas de mini-saia mas toalhas de máxi-saia!!!
Ingratos! Juro, para o ano não vai haver toalha na mesa de Natal, se eu for capaz de cumprir esta promessa...
E ao falar neste assunto, lembrei-me que no dia de Natal de  1971, fui almoçar, pela primeira vez, acompanhada pelos meus pais, a casa dos meus sogros e, estando sentada muito direita, como ditavam as regras,  na beira de um canapé, à espera de irmos para a mesa, a avó do meu marido sentou-se junto de mim e, sorrateiramente, puxou-me a minha mini-saia, sim, porque eu já usei mini-saia, não pensem que eu fui sempre sessentona, o pior foi que ela não cresceu como a minha toalha de Natal!...
Feliz Dia de Reis!