terça-feira, 30 de abril de 2019

Depois da Páscoa, nos Açores:
Logo depois da Páscoa,
Nos Açores,
O arquipélago é um altar
E cada ilha é uma mesa
Para o Espírito Santo louvar,
São cortejos para a igreja
Onde o imperador vai coroar,
E depois a mesa posta
Numa fartura sem par...
Massa doce, carne
E esculturas de alfenim,
Muito pão
Em arrendados açafates,
Vinho a borbulhar
No canjirão,
E copos enfeitados
De alvos e doces confeitos.
É o povo ilhéu
Religioso e profano
Na sua fé,
Crente e festeiro,
O terço rezando,
Com muito fervor,
Numa sentida prece,
Num hino, num louvor
Ao Divino Espírito Santo!
Então, no sétimo domingo,
No terreiro do local,
É o culminar
Da abundância e da partilha,
É a terceira pessoa louvar...
Em cada casa, em cada ilha!
Clara Faria da Rosa
30/04/2019

domingo, 21 de abril de 2019

Ninho da  Páscoa:




Sou uma mulher de hábitos pelo que todo os anos por este dia faço arroz doce e  este bolo, embora não tenha nada de especial, é muito decorativo e gostamos de ver  uma amêndoa sobre a nossa fatia. Normalmente uso fios de ovos mas não havia no mercado e o funil com que eu costumo fazer está tão bem guardado que nunca o encontrei... Então decidi fazer com ovos moles e não ficou nada mal.
O bolo é um bolo simples que pode ser recheado ou não só que eu não recheio porque, para fazer mal já basta o que aí vai, depois faz-se uma pequena forra de chocolate que se verte rudimentarmente sobre o bolo e enche-se a cavidade com fios de ovos, neste caso ovos moles .
Passo-te a receita dos ovos moles que é muito simples, mais económica e rentável do que as receitas normais e boa  para rechear ou decorar:

Ovos moles económicos:

250 gr. de açúcar,
1,5 dl de água,
5 ovos mais uma gema,
1 colher das de sopa de farinha Maizena.
Leva-se o açúcar com a água a ferver durante 5 minutos e deixa-se arrefecer.
Noutro recipiente coloca-se a farinha Maizena e vão-se misturando aos poucos os ovos e a gema, mistura-se muito bem!
Verte-se o creme anterior, em fio, sobre a calda de açúcar, mistura-se bem e leva-se lume brando, mexendo sempre, até engrossar. 
Coloca-se a panela num recipiente com água fria e mexe-se até arrefecer.
Está pronto a usar!










Um almoço de Páscoa!     







sexta-feira, 19 de abril de 2019




Um grande acto de coragem, das nossas vidas é curvarmo-nos e pedir perdão. Este acto não nos humilha, antes pelo contrário engrandece-nos e eleva-nos como seres espirituais.
Curvêmo-nos, neste dia especial, para os cristãos, perante tamanho mistério, o da cruxifixão e ressurreição de Jesus Cristo!

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Em noite de ceia grande:

Sopas fritas e chá!
Tudo original...
Se Cristo partilhou a última ceia com os seus discípulos, porque não partilhar a minha memória deste dia? E porque não fazer as ditas sopas fritas só por causa do colesterol se nós sempre as comemos e os meus pais não morreram por isso...
Toca de pôr mãos à obra e aqui estão elas acab
adinhas de fazer, cheirando que é um regalo à espera do chá que as vai acompanhar, ao chegarmos da cerimónia do Lava-pés.

A minha mãe não tinha Internet nem livro de receitas, lembro-me que às vezes ela anotava nuns papeis que vinham a embrulhar alguns artigos de mercearia mas a maior parte das vezes ela inventava! Por isso digo que é tudo original, a toalha era dela , podes ver o monograma bordado por suas mãos, a louça era também dela, fábrica LUSITANA e a pequena tigela onde guardo o açúcar com a canela é também dessa época, embora a tenha adquirido recentemente é MASSARELOS.
Mas vamos lá ao que interessa, as sopas fritas à moda da minha mãe!
Faz-se um polme com 3 colheres de sopa de farinha de trigo, 1,5 colher de sopa de açúcar, 3 ovos. uma pitada de sal, 1 colher das de chá de fermento em pó e leite até ficar com a consistência própria para envolver o pão, pode-se juntar umas gotinhas de baunilha, isto já é invenção minha.  Pronto, parte-se o pão às fatias, eu usei papo-secos, envolve.se no polme, e leva-se a fritar em óleo bem quente, escorre-se e põe-se sobre papel absorvente, envolve-se numa mistura de açúcar e canela e pronto!
Muito simples? Pois é.
Fazias assim? Fico contente.
Vais fazer? Bom proveito!
Que tenhas uma Páscoa muito doce são os meus votos.








terça-feira, 16 de abril de 2019

O Inexprimível:

Penso ser este o tempo próprio para me referir a este missal do início do século XIX, feito em Pariz, na antiga casa Morizot, Laplace, Sanchez e Cª Editores. É um belíssimo exemplar, cuja capa dura e com relevos ilustra o acontecimento que agora celebramos, tem folhas douradas e dois fechos trabalhados, estando em muito bom estado para uma peça com mais de 200 anos. 
E, como depois  das palavras o silêncio é o melhor que consegue exprimir o inexprimível, recolha-mo-nos com esta imagem,com a mensagem que este livro nos transmite, com a nossa consciência e com a nossa fé.
Que Cristo ressuscite nos nossos corações...
Boa Páscoa! 







domingo, 14 de abril de 2019

Brinquedo raro e histórico:



Lembro-me muito da minha infância, época calma em que era tratada com mimo e carinho e que, a esta distância, me parece ter sido maravilhosa. Quando a recordo sinto-me como que iluminada por uma luz interior que me deixa muito feliz.
Guardo uma recordação muito viva de  Páscoas distantes em que não havia essas deliciosas amêndoas nem os coloridos  ovos de chocolate que nos deliciam, ou talvez existissem só que não era com tanta abundância e também não  abundava o dinheiro para os comprar que, como dizia a minha mãe, não era para gastar nessas "frescuras" mas em coisas mais necessárias! Pronto e lá ficávamos pelos folares, que ela cozia no formo de lenha, nos quais punha ovos em abundância porque não eram comprados.
Portanto a nossa Páscoa era: folares. igreja, igreja, igreja, a ceia grande e o dia de Páscoa com um almoço melhorado, mas tudo de casa... Lá ia a minha mãe ao curral e agarrava a melhor galinha para esse dia!
Porém, na primeira metade da década de cinquenta, calculo eu, aconteceu uma coisa extraordinária para mim, recebi de presente duas pequenas galinhas de plástico duro, uma branca e outra amarela, que ao serem pressionadas abriam as asas e punham pequenos ovos de plástico !
Passei toda a Páscoa sentada na mesa da cozinha a brincar, de tal modo que um dos brinquedos se partiu, ficou o que te mostro, que considero um brinquedo raro e histórico, quando o olho, um sorriso enorme desenhasse-me no meu rosto e  rodeia-me um cheiro da minha infância que me lembra tudo o que se tinha apagado da minha memória!
Boa Páscoa!













Dia de Ramos/Dia de Grãos


"Grabanzo"

   Preparando o almoço de hoje, lembrei-me de minha mãe que dizia que dia de ramos é dia de grãos porque não se devem comer ramos, isto é folhas de hortaliças neste dia, isto numa clara alusão aos ramos que aclamaram Jesus ao entrar em Jerusalém.
 Por isso comíamos, nesse dia, canja com arroz,ervilhas,milho cozido, papas de arroz que eram " primas" do arroz doce, como dizia a minha mãe, porque eram feitas com menos ingredientes, feijão, papas grossas  e sopa de grão que  o meu pai chamava gravanço e eu pensava que ele, por ser iletrado, estava a dizer mal e só mais tarde fiquei a saber que a palavra que ele usava era um aportuguesamento de "grabanzo" da vizinha Espanha. Afinal ele sabia muito mais do que eu que passava os dias na escola, enquanto ele labutava de sol a sol...
Ainda  mantenho esses hábitos porque afinal há tantos dias para comermos as outras coisas que não custa nada cultivar esta tradição que não sei se é só da minha família ou se mais alguém tinha este hábito, mas que para mim tem um sabor e um sentido muito peculiar.
Pelo que te contei penso que te será fácil adivinhar ou calcular de que constará o nosso almoço de hoje, Dia de Ramos / Dia de Grãos! 


sábado, 13 de abril de 2019

Beijinhos doces
Neste dia especial, dedicado ao beijo, não posso deixar passar a oportunidade de registar aqui a minha receita de beijinhos, aqui vai ela:
Aqui vão estes beijinhos,
que levam leite condensado,
côco e muitos miminhos
e açúcar cristalizado.
É tudo bem misturado,
com açúcar e carinhos,
ao microondas é levado.
para depois fazer bolinhos.
Envolva no açúcar cristalizado,
no cimo coloque um cravinho,
sempre com muito cuidado,
decore com um beijinho!
13/Abril/2018
Clara Faria da Rosa
E tudo por causa de uma redacção !!!
Que me desculpem os que me costumam ler, mas tenho mesmo de partilhar este comentário de um antigo aluno que reencontrei devido ao texto que recentemente publiquei e que falava de uma criança que frequentou a escola de Ribeira da Areia na Vila Nova, Terceira, Açores, à qual tinha perdido o rasto...Não sei se tenho vontade de chorar, de rir, ou de bater palmas, o que sei é que estou verdadeiramente feliz por o ter reencontrado e por saber que de certo modo toquei a tua vida, que é um homem de sucesso e que continua sensível e criativo. 
Jose Barcelos:
Essa criança - Sou Eu
Uma criança com sua bata branca, às vezes descalço com seus olhos vazios de solidão, olhando para uma Herói alta, elegante, magrinha , cabelo forte preto partado ao lado tocando nas suas mãos sentido protegido a entrada da aula.
Essa criança - Sou Eu
Creativa, sensível com vontade de ser o melhor e aceito pelos seus colegas.
Essa criança - Sou Eu
Um dia essa Herói professora mandou escrever uma redação sobre vegetais, onde eu escolhi as favas, meus vegetais preferidos no tempo de criança, dias depois essa Herói professora mandou chamar minha mãe para o dizer que seu filho tinha feito uma redação super creativa ou algo parecido.
Essa criança - Sou Eu
Acho todos quando crianças temos uma professora ou professor que nos marca, pois para mim foi a minha Herói senhora professora Clara das Lajes, andei muito tempo à procura de essa Herói onde hoje me sinto FELIZ de a ter encontrado.
Essa criança - Sou Eu
Adulto eu estou, creativo, sucessor e sensível, onde acredito que tudo começou preparando pro meu futuro naquela escrita redação das favas.
Hoje vivendo nos Estados Unidos desde 14 anos de idade nunca esquecerei da minha Herói professora Clara das Lajes.
Obrigada por existir e ter tocado no início da minha vida com essa redação das favas.
Saudades seu aluno
José Barcelos

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Espelho meu, espelho meu...









A "Branca de Neve e os Sete Anões" é um conto com origem na tradição oral alemã que, em conjunto com outros contos, foi  compilado pelos irmãos Grimm, no principio do século XIX. Nele  conta-se, como muitos saberão, que tendo uma rainha sido mãe de uma criança muito linda e branca lhe pôs o nome de "Branca de Neve". Ora,sucedeu que falecendo a rainha, o rei casou com uma mulher muito má e vaidosa que levava a vida a contemplar-se no seu lindo e valioso espelho de mão ao qual frequentemente perguntava:
-Espelho meu,espelho meu, há alguém mais bonito do que eu?
Ao que o espelho respondia que ela era de facto a mais bela.
O tempo passou e a Branca de Neve atingiu os seus 18 anos, a partir daí a resposta do espelho à frequente pergunta da rainha passou a ser outra.
-Vós sois muito bela,senhora, mas a Branca de Neve é ainda mais bela!
Ora isto encolerizou de tal modo a rainha madrasta que mandou matar a jovem...
Quando olho estes espelhos que conseguiram resistir intactos e sem qualquer"beliscadura" a várias décadas,espelhando tanta coisa que se falassem não conseguiriam revelar ao mundo todas as transformações que presenciaram ao longo das suas vidas,lembro-me sempre da malvada da madrasta da Branca de Neve e ao contemplar-me penso no que fui, no que sou, no que serei e no que poderia ter sido e também que sempre tentei dar uma nota de cor, confiança e  significado à minha vida! 
Imagina se os meus espelhos me dizem que estou enganada,que não encarei as mudanças com coragem,que andei muitas vezes iludida pensando estar no caminho certo e ser dona de uma verdade que,na verdade,não o era,que não aproveitei os recursos que tive ao meu dispor... 
Que fazer??? Quebrar os espelhos, que não mentem, ou tentar redimir-me, modificar-me, melhorar?
Estamos sempre a tempo...

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Uma caixinha aveludada:

Criatividade e sensibilidade:
Estive a descascar favas, nada de especial para esta época do ano, especial foi o facto de, enquanto fazia este moroso trabalho, me ter posto a pensar, e de repente a minha cabeça ter voado para o princípio da década de setenta do século passado e me ter levado à escola da Ribeira da Areia na freguesia de Vila Nova onde eu dava os primeiros passos como professora, profissão que sempre me realizou sobremaneira. Pena é que ao longo dos anos e com a experiência adquirida e as aprendizagens feitas conclua, com muita pena minha, que poderia ter feito melhor, mas já a minha mãe que era costureira, dizia, quando deixou de trabalhar, que naquela altura é que se sentia apta para começar na sua profissão.
Mas isto tudo são desvios do assunto e do título em epígrafe. O que eu te quero contar é que, enquanto descascava as ditas favas, me lembrei de um aluno que frequentava, com os seus irmãos aquela escola, e que emigrou com a família, pelo que lhe perdi o rasto, que era uma criança muito sensível, me ter escrito numa redacção, aquilo a que hoje se chama expressão escrita, o seguinte:
---- O meu pai trouxe para casa uma saca muito grande cheia de favas e ontem à noite estivemos, todos juntos, a descascá-las.
As favas são muito engraçadas porque vêm numa caixinha verde, forrada de veludo, para não se estragarem, e têm na ponta uma boquinha que está sempre a rir.
Isto dito, mais ou menos por estas palavras, por uma criança de oito anos, em cuja família não havia o hábito de leitura, quando ainda não se via televisão e os estímulos intelectuais ainda eram poucos, deixou-me de tal modo admirada que nunca me esqueci, passados que são quarenta e cinco anos.... Quem soubesse dele e que rumo escolheu!
A criatividade e a sensibilidade são características que embora possam ser trabalhadas, são muitas vezes inatas, e podem encontrar-se nas mais humildes famílias, nas mais humildes escolas como nos colégios mais caros, até se podem encontrar numa casca de fava, transformada em caixinha de jóias, aveludada!!!


segunda-feira, 8 de abril de 2019

Folares no Império das Bicas:



É tradicional, por esta altura, fazerem-se folares que são um pão feito com farinha água, ovos, sal, fermento, manteiga e outras variantes, conforme a localidade, há com vários formatos, folares salgados, com carnes e enchidos mas, os típicos da nossa terra são redondos, bem docinhos e levam no meio um ou mais ovos cozidos, com a casca, numa clara alusão à ressurreição do Senhor, visto que o ovo é sinal de vida. Adoro um bom folar e especialmente a massa que fica à volta dos ovos, mais pesada e consistente.
Conhecedores de toda esta tradição, a comissão de festas do Império de Bicas de Cabo Verde, resolveu distribuir folares com dois objectivos, angariar algum fundo para ajudar à festa em louvor do Divino Espírito Santo e enviar uma mensagem de votos de Páscoa Feliz a todos os que se nos juntaram em mais esta cruzada. Agradecemos a ajuda e mais uma vez vos desejamos uma Santa e Feliz Páscoa!











  

sábado, 6 de abril de 2019

MEU FILHO:
Meu filho, meu amigo,
Sabes que conto contigo,
Para a nossa casa alegrar,
E a saudade afastar...
Meu menino, meu tesouro,
Meu sonho de rubi e ouro,
Meu futuro, meu projecto,
Meu amor e meu afecto!
Menino em homem transformado,
Muito, muito tens mudado,
Mas sempre sempre muito amado,
És meu caminho esperado.
Para mim, menino, sempre serás, 
E o meu coração aquecerás,
Que teu rumo saibas escolher,
E nunca saboreies o sofrer.
Mas se o sofrimento encontrares,
Tem coragem, não desanimes...
Pois a tempestade traz a bonança,
E a bonança a luz da esperança!

Clara Faria da Rosa

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Búzio do mar

 O búzio do mar:

Ó lindo búzio do mar
Que lembras fuso de fiar,
Dá-me notícias do passado
que recordo com agrado.
Ó lindo molusco do mar
No teu constante marulhar,
Das ondas que batem sem parar
E que vão a areia beijar...
Sabes coisas de espantar
Que nos fazem rir e chorar
E que a mim podes contar
Para saber meu fim aguardar...
Diz-me tu, molusco mágico
No teu som Hipnotizador,
No meu ouvido, devagarinho
Muito suave e de mansinho...
- Como será o meu futuro
Se dorido, resignado e duro,
Ou suave, calmo e digno...
- Se as dores saberei enfrentar
Se terei noção do degradar,
Se saberei bom exemplo deixar
Quando deste mundo  me apartar?!

Clara Faria da Rosa,
05/04/ 2019


Ocupada a viver...

Coisas imprestáveis??
Não, para mim, não há coisas imprestáveis, quando olho para os objectos, por mais insignificantes que sejam, penso logo nos seus préstimos e, quando os vejo abandonados, penso no que se pode fazer com eles para que se tornem úteis. Foi o caso destes objectos que não faziam conjunto com nada, dois pratos antigos, muito bonitos, uma tigela de sopa  com umas flores muito alegres e apelativas, uma peça de estanho de um velho candeeiro e um pequeno mas mimoso "bibelot".
Vai daí, toca de os juntar e de fazer deles um conjunto utilitário e até certo ponto com um certo requinte, penso eu, tu o dirás!
Isto tudo para contrariar uma frase que li um dia destes, "aquele que não estiver ocupado a nascer, está ocupado a morrer!" 
Ora, não estando ocupada a nascer, já o tendo feito há muitos anos, se bem que se nasça todos os dias, mas isto são outros assuntos, pelos quais não quero entrar agora e, também não estando ocupada a morrer, graças a Deus, se bem que também se morra todos os dias, estou ocupadíssima a viver, e espero que ainda continue ocupada por largos anos, é por isso que me ocupo a dar préstimo  e valor às coisas...





segunda-feira, 1 de abril de 2019

1º de Abril - Dia de petas

Hoje, 1º de Abril, é dia de se pregarem petas ou mentiras aos mais desprevenidos; Quando era criança gostava imenso de pregar as minhas partidas e ainda acho engraçado porque muitas vezes estas brincadeiras mostram criatividade e engenho. 

Tudo isto é muito engraçado mas faz-me reportar à realidade diária a qual se for bem analisada é um nunca acabar de petas de fazer bradar aos céus, porque, na maior parte das vezes têm carácter perigoso e vêm de pessoas e quadrantes com obrigação de seriedade e lisura de comportamentos . Se não vejamos, a título de exemplo,   como
diariamente nos tentam mentir e aldrabar com os mais estranhos e rebuscados argumentos e estratagemas:

São os gananciosos banqueiros, em quem confiamos, a enganar o sistema , são os anúncios a impingirem créditos mentirosos que levam à falência os cidadãos e as famílias mais crédulas e desprevenidas, são privatizações que se fazem para bem do país mas que só servem para dar lucros garantidos às grandes empresas e ou investidores é o nosso dinheiro que indirectamente é usado para salvar bancos que uns tantos espertalhões e mentirosos levaram à falência depois de terem atafulhado os seus bolsos e as respectivas contas bancárias, enfim, são só alguns exemplos, não vale a pena alongar mais para que percebamos que, na prática, não  tem cabimento um dia das mentiras visto que o vivemos diariamente, proponho, por isso que futuramente celebremos o dia 1 de Abril como o dia da verdade !