domingo, 6 de março de 2011

O meu Carnaval no Teatro Angrense

Desde criança que me habituei a apreciar as danças de Carnaval, indo com os meus pais para a Sociedade Recreativa da minha freguesia e lá passávamos as noites, esperando o som do apito, e o estralejar do foguete, anunciando que mais uma dança havia chegado, para se exibir no palco local. A minha vida mudou e longe vão esses dias, agora vou com o meu marido ao Teatro Angrense, gosto e embora as danças sejam agora mais ricas em todos os aspectos, já não têm o mesmo sabor, para mim; contudo, há que aproveitar e então lá fomos ontem ao Teatro Angrense para disfrutar desta impar manifestação cultural, porque :
O Carnaval da Terceira...
São danças, apitos e pandeiros
Bailinhos com puxadores à maneira,
Sedas lantejoulas e enredos!
O Carnaval da Terceira...
São comédias, críticas, gargalhadas,
Tudo dito em brincadeira,
Alegria e  música embrulhadas
Em filhós de amor e bondade.
O Carnaval da Terceira...
É teatro com assuntos pitorescos
É convívio e  alegria verdadeira
Suspiros, coscorões, filhós e namoricos.

Sábado:




Domingo Gordo:


Segunda-Feira:



Terça-Feira:
Escola Básica Integrada dos Biscoitos


Marcianos em Terra Alheia:
Bailinho do Cantinho



Bailinho das Fontinhas
As Pipocas:




Bailinho dos amigos do Carnaval
Ribeirinha
A Canção da Ilha Terceira



Dança de Pandeiro
São Bento
A quinta do Claudino


Bailinho da Junta de freguesia de Agualva
Minha sogra é uma santa!


Dança de Pandeiro da Casa da Ribeira:
Vou casar com minha sogra...



Bailinho de São Mateus:
Uma Escola de Circo


Escola de bicicleta
Santa Cruz



Negócios em 2ª mão - Doze Ribeiras:


Uma Câmara Indiscreta
Santa Luzia-Praia da Vitória


Dança de Pandeiro-Raminho/Altares
Comidos por canibais, ou não?



Ribeirinha-Uma Mulher de Pêlo na Venta:
Carnaval sem ter dança
É lamparina sem luz,
É viver sem esperança
Em vida que não seduz...
Carnaval com muita dança
É um povo que produz
Alegria, saúde e esperança
Na Terceira de Jesus!!!

Carnaval de 2011,
Clara Faria da Rosa

E tudo isto se passou no "Teatro Angrense", no centro histórico da cidade património, Angra do Heroísmo, um edifício do SÉC. XIX (1860), remodelado na década de 20 do SÉC. XX e depois na década de 80 do mesmo século, pós cismo de 80.
O seu exterior mostra influências neoclássicas e é encimado por um bonito frontão triangular.
É um teatro dito de ferradura e um dos melhores exemplares dos Açores. A sala, com estruturas em madeira, tem boas qualidades acústicas e os espectadores podem acomodar-se na plateia ou em balcões, frisas e camarotes de duas ordens.
Foram quatro noites inesqueciveis em que esta nossa tradição pôs em prática a sabedoria e experiência colhidas de muitas gerações.
A sanidade do nosso povo reside na continuidade das nossas tradições, sabendo  evoluir, sem romper com o passado...É por isso que eu adoro apreciar as danças de Carnaval!