segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

No findar do ano

Neste último dia  do ano quero meditar contigo no facto de termos,  ao longo de 2012, mudado de algum modo quer fisicamente quer psicologicamente. Aprendemos, esquecemos , sofremos, tivemos perdas irreversíveis na nossa família, vizinhos ou amigos, ao mesmo tempo também algumas famílias foram bafejadas com o aparecimento de um novo membro  porque, onde há vida há morte. Contudo, não deixamos de ser quem somos e devemos ter sempre presente o que escreveu o prémio Nobel da literatura 2012 MO YAN no seu livro "Peito Grande, Ancas Largas" que estou a ler.
" Morrer é fácil, o difícil é viver. E quanto mais difícil, maior é a vontade de viver. E quanto maior o medo da morte, mais a gente luta para continuar viva."
Por alguma razão Mo Yan foi distinguido com tal honra, ele sabe o que diz, basta principiar a ler o livro donde tirei a citação acima, ficamos presos à sua fluência, ao encadeado dos factos do  espaço histórico da China e da sua sociedade!
Então, apesar do que se passou em 2012, vamos formular o propósito de lutar para  continuarmos vivos em todas as vertentes:
Vamos abusar do entusiasmo, da alegria, da boa-vontade e  tentar esquecer e ou não dar demasiada importância  às faltas que naturalmente vamos sentir no ano novo , é das dificuldades que nos virá a força de viver...


domingo, 30 de dezembro de 2012

A pedrinha do quintal


Numa pedra do quintal
Bem limpa e escolhida,
Fiz uma lapinha de Natal
Q'ao Menino deu guarida...
Numa pedra do quintal
Uma covinha encontrei,
E de um modo informal
O menino ajeitei...
Numa pedrinha do quintal
Pus pinhas e conchas do mar
Florinhas e muitos brilhos
Para o Menino adornar!
Mas na pedrinha do quintal
O Menino está só...
De certeza, sente-se mal
E a mim mete-me dó!
Porque na pedrinha do quintal
Faltam as figuras tradicionais,
Porque na lapinha de Natal
Falta a presença dos pais...
E na lapinha de Natal
Falta o burro e a vaquinha,
Faltam os reis e os pastores
As ovelhas e a galinha...
E também falta na lapinha
Que Francisco d'Assis criou,
Calor que aqueça o Mundo
Que o Menino muito Amou...
E falta amor e perdão
Compreensão e ajuda,
E o trabalho e o pão
Que são o esteio da vida!
Para o Ano, na lapinha
Tudo isto vou colocar,
Numa bonita pedrinha
Que no quintal hei-de encontar!

Natal de 2012
Clara Faria da Rosa







quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A minha amiguinha Bárbara

 A minha amiguinha Bárbara Coelho veio fazer-me uma visita de Natal, trouxe-me este delicioso bolo "embrulhado" em muito carinho e atenção. Fiquei contente  e pensei que quando era criança, a minha mãe  me mandava ir levar "presentes" às pessoas amigas, ela gostava de partilhar do que tínhamos, e eu ia muito contente . Diz-se que a saudade é a memória do coração e eu sinto muita saudade desse tempo, uma saudade, doce e quente que me envolve nas minhas memórias e me invade o coração...
Pús-me a pensar que, os pais da Bárbara ao incentivarem-na a vir até mim, estão a praticar uma atitude pedagógica que perdurará e a marcará pela vida fora, como aconteceu comigo, e também pensei na razão de gostar tanto desta menina encantadora o que me transportou uma vez mais à minha infância e aos dias que a minha mãe, tendo muito trabalho, pois tinha as lides domésticas e era costureira, me punha à janela, para que me distraísse e eu conversava com os nossos vizinhos que iam passando, sempre fui muito tagarela, não é de agora!
Já fui criança, como a Bárbara, por isso gosto de ser carinhosa com ela  e com todos os jovens e procuro ser compassiva com os idosos porque não tardarei lá e simpática com os que se esforçam para vencer e compreensiva com os fracos e injustos pois ao longo da vida passamos por tudo isto.
São estes valores, entre outros, que eu desejo muito que a Bárbara adquira, o carinho, a compaixão. a compreensão, a simpatia, a tolerância, entre brinquedos e presentes de Natal, claro!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Subi a escada...

Subi a escada...
Para no cimo da árvore
Uma  estrela colocar
Q'a todos nós  ilumine
No Natal e em cada instante,
Subi a escada ...
Para bem alto gritar
Ao vento, continentes e oceanos
À família, amigos, vizinhos,
Feliz Natal, a todos vós,
Que nunca se sintam sozinhos!
Subi a escada...
Para a árvore decorar
E o local que habitamos
Ganhar cor, brilho e alegria,
E para que ninguém se esqueça
Que um nascimento celebramos,
Subi a escada...
Para ficar mais perto do céu,
E para ao Menino pedir
Que nasça no meu coração e no teu,
E que nos ensine a sentir
A alegria de viver
O Espírito de Natal!



E Deste modo num unir de boas vontades da comissão de festas  do império de  Bicas de Cabo Verde freguesia de São Pedro, Angra do Heroísmo, de um modo muito simples "pincelou-se" este pequeno apontamento que alegrou o lugar nesta época festiva.

Votos de um Bom-Natal

Desejamos a todos um Bom-Natal e que o Deus Menino nasça e permaneça nos corações de todos nós para nos ajudar a ultrapassar os obstáculos que encontraremos, de certeza, no novo ano que se aproxima.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Ser civilizado é diferente de ser culto

Entre 1926 e 1997 viveu, em Los Angeles, nos Estados Unidos da  América, William Rotsler famoso ensaiador, actor, realizador e director de fotografia e penso que também bom cartunista. Embora não tenha a certeza desta última actividade, o que eu sei, de certeza, é que ele escreveu o seguinte:
-"Ser civilizado quer dizer que sabemos o suficiente para não comermos com as mãos, mas ser cultos significa que sabemos porque não devemos fazê-lo!" Embora esta afirmação pareça uma verdade e um dado adquirido tem, quanto a mim, muito que se lhe diga. Na  verdade, procedemos, muitas vezes de forma instintiva sem pensar porque o fazemos e sem questionar se isso é ou não bom para nós, para a nossa saúde física e ou mental, para  o ambiente, para a nossa saúde financeira e para o que nos rodeiam.
Tem esta conversa a ver com as compras de Natal e com as decorações da época, é que vamos comprar sem pensar que teríamos maneira de resolver o problema mais barato, com mais entusiasmo, de forma original e excitante , basta olharmos à nossa volta...
Ora vejamos....
O Outono fez amontoar folhas secas  por todos os lados que te vão dar, já se sabe, um trabalhão a removê-las?
Pega num arame, enfia-as muito juntinhas , junta-lhe um pouco de cor com qualquer apontamento do ano anterior e aí tens um bonito arranjo para o exterior da tua casa!

Civismo, cultura e bom gosto de mãos dadas com a vantagem de não se gastar dinheiro e com um problema resolvido com prazer!
O Sr. Rotsler sabia bem o que dizia!
Bom Natal...


CONVÍVIO DE NATAL, E.D.A. - 2012

Diz-se que uma das grandes tragédias da vida é a morte; Na verdade, em princípio, concordo com esta opinião porque gosto muito de estar por cá, de gozar a companhia dos que me são queridos , dos meus amigos e de fazer coisas que me dão prazer, sabe-se lá se depois de morrermos podemos ler um bom livro! E, se eu  estando morta, não puder ler, morro outra vez...Contudo, o que eu entendo, ser pior do que a morte, é estar viva e não gozar em plenitude essa faculdade isto é, não apreciar o que está à nossa volta, não amar as coisas boas que temos, assim como não aproveitar as oportunidades que se nos deparam e estar sempre azeda com a vida.
Tento fugir a essa atitude e agarro sempre todas as oportunidades que se me deparam, foi por isso que, mais um ano, acompanhei o meu marido ao convívio de Natal da E.D,A., empresa onde ele é funcionário.Porque vou muito lá, encontrar-me com o meu marido, quase que me sinto funcionária da empresa, às vezes digo, a brincar, que a diferença é não receber ordenado e  conheço lá  muitas pessoas que fazem o favor de me contemplarem  com a sua amizade, gentileza e carinho.
Foi um convívio muitíssimo agradável que registo aqui neste pequeno vídeo cujas imagens só revelam os factos , não a poesia , a amizade, a camaradagem e alegria que se viveu naquela noite! Só peço ao Menino cujo nascimento festejámos que me dê vida e saúde para lá estar no próximo Natal!





quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O presépio da minha infância

Penso que se pode definir este conceito de presépio, como  a representação, na tradição do Natal, do estábulo de Belém e das figuras que participaram do nascimento de Cristo, representação esta que, muitas vezes, se estende a outras cenas da vida de Cristo seguintes e a cenas características do meio envolvente.
Há presépios lindos, uns mais ricos do que outros, uns muito originais, de materiais variados, conforme o local onde são fabricados mas....embora tenha a plena convicção de que devemos respeitar o passado mas não viver nele, não resisto a dizer que do presépio que eu gosto mais é do presépio da minha infância. Já tem cerca de sessenta anos, e sei que foi comprado por três vezes, no primeiro ano a minha mãe comprou o Menino, Maria e José, no segundo ano  os Três Reis Magos e no ano seguinte mais umas figurinhas; E ainda dizem que agora  é que não há dinheiro!
Foi comprado, como é óbvio, em escudos, o Menino, com a manjedoura, custou 6 escudos e cinquenta centavos, Maria , assim como São José cinco escudos cada, os Reis Magos custaram quatro escudos cada, o burro e a vaca, foram mais baratos, dois escudos e cinquenta centavos, talvez porque se previsse que não iam permanecer no presépio infinitamente  e as outras figuras não têm registo.
  Este presépio estava em casa dos meus pais , arrumado com muita dedicação, pelas mãos de minha mãe, dentro desta caixa em forma de coração, como se fosse um tesouro! Trouxe-o para minha casa e todos os natais costumo põ-lo sobre um móvel dentro da caixa, com a tampa aberta, pelo simbolismo que isso representa. Para mim, o Natal deve estar nos nossos corações, nas nossas acções, na nossa educação, no nosso espírito.

Terá minha mãe pensado nisso quando guardou estas figuras nesta caixinha, que veio dos Estados Unidos da América, com umas guloseimas? Pois, na altura, não havia por cá, coisas tão sofisticadas... Isso não sei, mas o que sei é que nós é que construímos o nosso Natal...
Bom Natal!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A estrela de Belém


A estrela já brilha
Ela já vem a caminho,
Muito afoita, já cintila
À procura do Menino;
Essa estrela brilhante
Vem alegrar nossas vidas,
Vem trazer fé ao descrente,
Nestas festas natalícias;
A estrela que já brilha
Vai procurando o estábulo
Da grande natividade,
Onde em quente manjedoura
Repousa o rei da humanidade;
Essa estrela brilhante
A quem está só, traz calor,
Faz o infeliz contente,
Empresta força e fé ao doente
E é fermento d’amor!

Natal de 2012-12-11
Clara faria da Rosa

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Estrela de Natal

Estrela de Natal:
Actualmente a estrela é um símbolo de Natal, decoram-se casas e ruas com estrelas,e não há árvore de Natal sem a sua estrela isto baseado na história do evangelho de são Mateus que relata que quando Jesus nasceu , uma estrela que ficou conhecida pela estrela de Belém,  anunciou o seu nascimento e guiou os três Reis Magos do Ocidente até ao local onde se encontrava o Menino com Maria e José. Esta estrela de um brilho e esplendor anormais significa que Jesus seria a luz do Mundo|.
Embuida deste espírito bordei esta toalha de chá , com muitas estrelas que ao ser usada lembrarão a história acima referida.Cá está ela que vai ser presente de Natal e enriquecer o enxoval de  uma jovem que se vai casar e organizar o seu lar.
A respeito de enxoval gostaria de lembrar que na minha época de menina e moça não havia jovem que não possuísse uma arca de madeira, ou outro espaço apropriado, para ir acumulando o seu enxoval feito nas longas noites de Inverno ou nas tardes de Domingo. Outros tempos, outros hábitos...


sábado, 8 de dezembro de 2012

Saber governar a vida...

Anda toda a gente preocupada com a falta de dinheiro, que é um caso sério, quando se trata da subsistência das pessoas, da compra de medicamentos e ou de fazer face a compromissos que põem em causa a segurança de bens essenciais como é o caso das nossas casas e outros. Contudo, o que se fala no momento, com certa insistência é o problema de não  se poderem comprar presentes de Natal o que, para mim, não é problema. Ainda me lembro muito bem de encontrar no sapatinho que , muito crente e expectante punha junto ao lar da nossa cozinha, receber figos passados embrulhados em papel pardo, o que me parecia  um sumptuoso presente e me sabia muito bem; não fiquei nada afectada por isso e agora à distância  de sessenta anos percebo o sacrifício , o afecto e a gentileza que os meus pais aplicavam naquele  acto que, embora singelo era de uma grandeza que ainda hoje me toca.
Mas, não era bem disso que eu queria falar, o que eu queria dizer era que embora saibamos que o amor, o trabalho e a sabedoria  são fontes essenciais da nossa vida e da nossa felicidade isso só não basta, especialmente nos tempos que correm , é muito, muito , muito importante, pegar nesses elementos e, com muito discernimento, governar a nossa vida  com aquilo que temos sem nos estarmos continuamente a lamentar com a falta de dinheiro.
Não podes comprar um presente para uma amiga especial? Então segue o meu exemplo:

Arranja um pedaço de madeira , um circulo de tecido que até pode ser de uma peça de vestuário que já não uses, faz uma bainha  na qual enfias um elástico, decora a gosto  e, já está, uma base para quentes que tem a vantagem de se poder "despir" para se lavar, quando estiver suja!
Este é só um exemplo podes fazer várias para combinar com a toalha e com a louça e assim se poder variar com uma certa elegância e requinte, eu ainda quero ver se faço alguns bordados a ponto de cruz com um pequeno motivo de Natal.
Lembra-te amiga o que interessa é saber governar a nossa vida e quanto menos se gastar, em coisas supérfluas melhor!



PS: Nas fotos podes ver a parte de cima e a parte de trás com o elástico para "despires" o suporte e lavares a forra.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Serapilheira tecido para fins artísticos e decorativos

Serapilheira é um pano de estopa grossa  que normalmente é usado na embalagem de fardos, na confecção de sacos para guardar produtos hortícolas e com o qual , em tempos idos, os camponeses confeccionavam os seus trajes de trabalho.
Particularmente, considero este tecido muito interessante para ser utilizado com fins artísticos e decorativos especialmente para a época de Natal. Por ser grosseiro mas maleável e barato, gosto muito de o trabalhar.
Este ano, à semelhança dos anos anteriores,fiz uma pequena toalha que irá embelezar a minha casa na época festiva que se aproxima e que te quero mostrar para o caso de quereres fazer uma para ti.É muito fácil, compras o tecido com o tamanho da largura, para ficar quadrado, fazes a bainha com um ajour e agora é só pores a imaginação a funcionar; podes tirar fios e usar fitas  vermelha e verde e fazer  ponto de cruz e fitas nos lados ou como eu fiz este ano uma fita no meio e uma pequena e simples barra dos lados , decora com laços, fica lindo...
Mãos á obra porque enquanto trabalhas já estás a viver o espírito de Natal!



domingo, 11 de novembro de 2012

Resposta, embora pequena, à crise

Resposta, embora pequena, à crise....

Actualmente só nos apetece reclamar da situação que vivemos, resmungar contra os nossos governantes que nos levaram a essa situação, lamentar o passado e sonhar com que tudo isto se resolva para termos um futuro a curto prazo, no que não acredito, digno do nosso passado e da nossa história.
 É preciso ter esperança  que é um sentimento que não vemos nem podemos palpar mas que vai surgindo à medida que acreditamos nela.
Mas para isso temos que fazer alguma coisa temos que a exercitar e acreditar, especialmente agora que se aproxima o Natal, e eu acredito que embora tenhamos todos menos dinheiro podemos festejar esta época conforme a tradição; É por isso que já deitei mãos à obra para fazer os meus presentes e incito-te a fazer o mesmo, não vamos agora ficar sentadas, de braços cruzados,  a ver a crise passar!
Aqui te mostro um pano para tabuleiro que fiz para oferecer, já fiz vários  e não precisas de comprar linhas novas, tenho a certeza que se procurares tens aí em casa restos que servem, também não precisas comprar galão para rematar faz como eu um ponto de grilhão que fica bonito.
Diz lá se não é uma boa ideia!?

   

Superando o enfado

Quando me aposentei, não fiquei nada triste, embora gostasse muito da minha vida profissional, porque percebi que ia começar um novo e diferente período da minha vida,  e que só tinha a ganhar com isso, porque  vivia uma oportunidade de me dedicar a outros interesses .
Não é o caso de me sentir contente por  deixar de trabalhar porque entendo que o trabalho é a base da nossa identidade e do nosso amor próprio, mas uma oportunidade de tomar novas iniciativas no campo de pôr em prática actividades que me dão muita satisfação intrínsica . E assim foi, não fiquei  à espera que acontecesse  alguma coisa, de  uma ocasião  ou de  uma oportunidade para voltar a aprender coisas novas, a reaprender, a aperfeiçoar e a alargar os meus  horizontes, diversifiquei a utilização das minhas aptidões.
  É tudo isto, creio, que permite a qualquer pessoa, ultrapassar qualquer fase de enfado por já não estar ligado à vida profissional que o ocupou durante largos anos .
É por pensar assim que nunca me sinto enfadada nem depressiva pois tenho sempre presente uma frase que li há muito e que apontei no meu caderno de notas que dizia o seguinte:
" Em caso de depressão faça alguma coisa; se já estiver fazendo troque de coisa." 
Toda esta conversa para te dizer que pensando no Natal que se aproxima , tenho andado muitíssimo ocupada com os meus trabalhos e que fiz esta pequena toalha com motivos de Natal para usar sobre uma toalha vermelha ou verde , ficará muito bonito, especialmente quando nos sentarmos à volta da mesa a confraternizar, com alguma coisinha boa para comer,claro! 
P.S. Se quiseres posso passar-te o modelo.

sábado, 10 de novembro de 2012

Amizade doce e colorida

Faz hoje oito dias, fomos ao Porto Judeu, fazer uma visita aos nossos amigos  Maria de Lurdes e João Melo; São amigos de longa data a quem muito devemos e que nos dedicam muita atenção e disponibilidade,  recebendo-nos sempre de uma forma e com tanta atenção que nos apetece ficar mais tempo.
Maria de Lurdes logo nos ofereceu um frasco do seu doce de abóbora, feito recentemente, e uma prova  com umas bolachinhas, uma delícia, disponibilizando a receita e a sua irmã apareceu com abóbora para me oferecer,  para que eu pudesse testar a dita receita .
Naquele momento pensei:
-  Se a amizade tivesse cor seria assim da cor deste doce e desta abóbora, uma cor forte e quente que permanece no nosso imaginário e no nosso coração ...
No dia seguinte propús-me experimentar a receita e ficou com este aspecto:







 Aqui vai  o modo de fazer para o caso de quereres fazer:
1kg. de abóbora descascada e partida em cubos, 1 kg. de açúcar , sumo de três laranjas.
 Vai tudo ao lume brando até cozer, depois de cozido tritura-se com a varinha mágica e junta-se um pau de canela e 100gramas de nozes picadas. Vai a lume brando até fazer ponto de estrada mais ou menos forte conforme o gosto.
Nota: esta é a receita certa , eu como sou um pouco aldrabona nestas coisas de culinária  usei 1,5kg de abóbora para 1 kg de açúcar e ficou bom , leva é mais tempo a fazer o ponto e como não tinha nozes usei amêndoa palitada e também ficou muito bom.
Claro que é fácil fazer doces e compotas e sei que  não estás, naturalmente, à espera da minha receita, mas falo disto  para fazer uma reflexão sobre a amizade que segundo alguém disse "é um valor que se pode comparar a uma gota de mercúrio, é preciso manter a mão aberta para a retermos, se a fecharmos ela escapa"  e não se pode deixar escapar uma boa amizade porque é um bem muito  precioso!
Aproveito também para lembrar  que este legume fruto da aboboreira, se apresenta em várias espécies,  de grande riqueza nutricional, é nativo da América do Sul. É um legume muito usado em pratos culinários porque constitui uma boa fonte de betacaroteno que é convertido pelo organismo em vitamina A e que é um antioxidante que ajuda a evitar os efeitos dos radicais livres que originam certos tipos de cancro.

sábado, 3 de novembro de 2012

criando e adaptando...


Quando se é sessentona, como eu, tem-se muita coisa amealhada que por vezes nos causa confusão, mas das quais não nos queremos desfazer, porque as mesmas nos avivam recordações que não queremos perder. Nesta linha de pensamento quero falar-te das minhas bijutarias que andavam acumuladas em caixas e gavetas de tal maneira que, quando queria usar alguma peça, ou não encontrava a dita, ou então estava de tal modo misturada com as demais que levava um tempão a separá-la o que fazia com que desistisse da ideia de a usar.
Muitas vezes, me apeteceu deitar tudo, ou pelo menos uma parte, para o lixo, mas sabendo, por experiência própria, que o tempo médio que decorre entre deitar fora uma coisa  e em precisar desesperadamente dela é cerca de uma semana ... lá ia adiando a ideia sempre na perspectiva de encontrar uma solução para o problema!
Foi então que me lembrei de um antigo  e maltratado lavatório que tínhamos na garagem e como sou apologista do contínuo vir- a - ser, vir- a- fazer, com a meta sempre à frente  e não atrás, isto é nuca me apego ao que já fiz, mas tenho sempre em mente outros projectos , outros porquês para viver, os quais me ajudam a enfrentar os comos com que me deparo,  lá deitei mãos à obra:
Martelei, lixei, dei duas mãos de Amerit, que é um produto anti-ferrugem , duas mãos de subcapa branca após o que estava pronto para o esmalte, o acabamento final.
Ficou bonito, e deu-me imensa alegria pôr aquela "tralha" toda muito direitinha ; os colares pendurados, as peças pequenas na bacia, as pulseiras no prato em baixo enfim ...enquanto procedia a este trabalho dei por mim a pensar:
-A criatividade, muitas vezes, consiste  apenas em dar uma volta, por muito pequena que seja, aquilo que já existe! 

 Não te esqueças disto, conto-te esta história, numa perspectiva pedagógica, para que te atrevas a  deixar brotar o ser criativo que há em ti.
Agora aqui fica o antigo lavatório transformado em guarda-bijutarias: