domingo, 3 de maio de 2015

A luz do sol

Medalha comemorativa do dia da mãe 




MÃE!

 Às flores da natureza
tu juntas flores de amor
alegras meu coração
esqueces dor e tristeza,
à vida dás mais calor.

Aproveito para citar Louisa M. Alcott ( 1832 - 1888)

"Olhavam sempre para trás antes de virar a esquina, porque a sua mãe ficava sempre à janela para lhes acenar e sorrir. De alguma forma, parecia que não poderiam suportar o dia sem aquele gesto, porque, fosse qual fosse a sua disposição, o último olhar daquela face materna era sem dúvida, como a luz do sol."

Louisa Alcott foi uma escritora americana que se dedicou à literatura juvenil, inspirando-se na própria experiência para escrever suas histórias.
O seu principal livro foi "Mulherzinhas" que  apresenta o retrato de uma família de classe média americana, do seu tempo, os valores morais, civismo, amor à pátria e dedicação ao lar e à família.
Foi deste livro que tirei o pequeno texto supra-citado  com a consciência de que estamos todos a precisar de ler ou reler esta escritora que era uma das minhas preferidas na minha juventude .
Aproveito para perguntar:
 -E as nossas jovens da actualidade o que gostam de ler? Naturalmente muitas acharão estes temas apresentados por L. Alcott , digamos que "foleirices"...

No dia da mãe:


A mulher da fotografia:
A mulher de fotografia é minha mãe!
Fez 23 anos que faleceu no passado dia 30, esta foi a última foto que tirou, tinha 73 anos.
Lembrei-me dela nesta efeméride, lembro-me dela hoje que se festeja o dia das mães e lembro-me dela todos os dias porque vive no meu coração, nas minhas lembranças e nos seus exemplos.
Era uma mulher, enérgica, trabalhadora , interessante e inteligente. Muitas mulheres de hoje não quereriam viver a vida com os moldes que ela viveu, dedicando-se à família e ultrapassando os obstáculos que na altura eram muitos, com coragem e determinação. Ao recordar esses tempos e a sua vida sinto que fez o que devia ter feito e é por isso que a admiro e que a tenho sempre presente na minha vida, como um exemplo e ouço muitas vezes a sua voz a guiar-me, desviando-me de más decisões que porventura possa tomar.
Naquela altura raras eram as mulheres que saíam de casa para trabalhar mas ela tinha uma profissão, era uma boa costureira, trabalhava em casa, trabalhava muito, nunca se esquecendo que o seu trabalho principal era ser esposa e mãe, tenho a certeza que se fosse hoje, poderia ter ido longe e teria tido várias opções, atendendo à sua capacidade e determinação.
Recordo com saudade que quando chegava a casa ela estava sempre presente, com o seu avental, pondo a mesa para almoçarmos e ouvindo os meus problemas. É engraçado lembrar-me de tudo isto e fico pensando como muitas mães e esposas modernas consideram estas tarefas rotineiras e desprestigiantes, mas a verdade é que se eu me lembro de tudo isto, passadas tantas décadas é porque tem alguma utilidade.
Ela pensava que a sua obrigação era fazer com que a família permanecesse junta enfrentando todo o tipo de tempestades, mas algumas mães de agora pensam de modo diferente o que quanto a mim está na origem dos divórcios e do sofrimento por que muitas crianças e jovens adolescentes passam.
Mesmo depois de ter abandonado o lar para formar nova família o meu coração permaneceu naquele cantinho onde cresci, muito amada e muito bem acompanhada, voltando lá com muita frequência e a mãe era a grande responsável por isso....
Sei que a minha mãe se privou de muitas coisas para que a mim nada faltasse e sei também que o que há de bom em mim é o resultado de a ter presente e disponível quando precisei.
É por isso que escrevo estas palavras, contando o que realmente sinto a respeito desta mulher, neste dia dedicado às mães, porque foi importante para mim ter aquela mulher sempre à minha espera, como ainda hoje é importante e me deixa feliz saber que a mulher da fotografia é a minha mãe que onde quer que esteja, tenho a certeza, vela por mim.