quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O espelho antigo( à minha amiga Liana Pimentel)


Adquiri há pouco este  espelho antigo  de que gostei muito, claro que não é de material nobre como o mármore ou a prata ou ouro, nem de  limoges ou vista alegre, mas a sua moldura, de plástico, é tão delicada e requintadamente trabalhada  e fez-me transportar a uma certa época, anos cinquenta do século passado que não resisti e lá o comprei, pois  dou muito valor às coisas e à sua história.
 Por curiosidade, consultei a Wikipédia para saber mais um pouco sobre este material e, muito resumidamente, fiquei sabendo que plásticos são matérias orgânicas, poliméricos ( Compostos químicos de elevada massa molecular ), sintéticos e maleáveis que se adaptam a diferentes formas mediante o emprego de calor e pressão.
A matéria prima do plástico é o petróleo e a palavra plástico deriva do grego "plassein".
Na origem do plástico esteve em 1839 Charles Goodyear quando adicionou enxofre à borracha bruta e ela se tornou mais resistente ao calor.
Em 1846 Christian Schonbein criou a nitroceluloide e em 1909 Leo Baekland criou a baquelite.
Na década de 30 foi criado um novo tipo de plástico o nylon, após o que apareceram outros tipos de plásticos como o drácon, o isopor, o poliesterino, o polietileno e o vinil.
Este material integrou-se de tal modo no mundo actual que não se pode imaginar o mundo sem ele.
Os plásticos são usados em diversas aplicações como na moda, no trabalho, agricultura, odontologia, decoração entre outros.
No princípio da década de 70 do século passado fui leccionar para a escola de porto Judeu de Baixo, na ilha Terceira, Açores onde privei com a colega Liana Pimentel, encontrávamo-nos ao almoço e eu gostava da falar com ela porque era muito engraçada e ainda é, graças a Deus, mais experiente e eu mais nova, com muito para aprender. Nunca me esqueci o que me contou certo dia:
- Quando me casei - Dizia ela - estava no auge a moda dos plásticos e eu decorei a minha cozinha com os mais modernos e brilhantes artigos, eram os electrodomésticos da altura! Certo dia, não sei como, o lume saltou a um objecto  e ardeu tudo, tudinho! Isto marcou-me muito, porque havia casado há pouco tempo e apetrechado a minha casa e nem queria pensar num acidente semelhante!
Pois é, este material arde com facilidade e levanta o problema do descarte, embora haja sempre a possibilidade da reciclagem o que felizmente não aconteceu ao meu lindo espelho de mão que conseguiu resistir intacto e sem qualquer " beliscadura" a várias décadas, mais de meio século, espelhando tanta coisa que se falasse não conseguiria revelar ao mundo todas as transformações  que presenciou ao longo da sua vida...

Tenho os olhos aos cubinhos!



Para lembrar o dia de  amigos/as, recebemos de um casal muito amigo, um cabaz com produtos do seu quintal, entre os quais vinha uma abóbora de tal maneiram grande que  para a cortar tive que contar com o homem da casa  o qual depois de tanto esforço teve que se sentar um pouco, como vês na foto, a descansar!
 Aproveitei a pausa para tirar a supra referida fotografia para mandar aos nossos amigos, em jeito de agradecimento, o que estou fazendo por esta via. Muito obrigada amigos, bendito seja o vosso quintal que tais abóboras produz!
Acompanhando o dito cabaz vinha um cartão que dizia o seguinte:
- Goza a vida e os bons amigos. A vida porque é curta e os bons amigos porque são poucos...
Nada mais certo. Contudo, enquanto tivermos amigos como estes penso que estamos garantidos , sobretudo se tiverem abóboras deste calibre.  
Estou, como certamente compreenderás, a brincar,  sei muito bem que a amizade é uma estrada de dois sentidos, que resiste à distância e é o que acontece com as nossas famílias.
Agora tenho abóbora por uns tempos,  para sopa, para fazer filhós de abóbora de que gostamos muito, tartes e tudo o que me apetecer mas, pobre de mim, tenho os olhos a ver cubinhos amarelos, de tanta abóbora picar!