quinta-feira, 7 de abril de 2016



Se a tristeza fosse...
Se a tristeza fosse uma flor...
Teria as pétalas caídas,
A olhar a terra escura,
Esquecendo a frescura,
Que nos trazem nossos dias.
Se a tristeza fosse o mar...
Seria negra, revolta, escura,
Beijaria com força as rochas,
Esmagando altas ondas,
Uivando com amargura.
Se a tristeza fosse uma lágrima...
Seria viscosa, grossa, pesada,
Correria lenta e sem vontade ,
Denunciando toda a maldade,
Que a faz correr agoniada.
Se a tristeza fosse a noite...
Duraria eternamente,
Sem deixar o Sol sorrir,
Nem a maldade partir,
Num escuro permanente.
Mas..
A tristeza não é noite, nem é flor,
Não é lágrima, nem é mar,
É muitas vezes grande dor,
Que nos vem de muito AMAR!
Clara Faria da Rosa

Viajando de chávena até Massarelos




Há quem viaje da barco, de avião, de comboio, de autocarro, de balão a pé ou até mesmo, como no caso das bruxas, de vassoura; Pois é, a vida tem destas coisas, eu hoje deu-me para viajar de chávena, o que não é caso para admirar, visto neste mundo, haver lugar para as mais diversas e variadas extravagancias.
Pois lá vou eu muito bem acondicionada, nem galinha choca no seu linheiro, até um  antiga freguesia de Portugal, situada nas margens do rio Douro, pertencente ao concelho do Porto, chamada Massarelos e que actualmente pertence à União da Junta de Freguesia de Lordelo,Ouro e Massarelos.
Fui à procura da origem, ou da árvore genealógico das minhas chávenas, porque foi  nesta localidade de Massarelos que funcionou a mais antiga fábrica de faiança do norte de Portugal, fundada em no SÉC.XVIII em 1763 ou 1766 ( Encontrei as duas datas ), até que o primitivo edifício foi consumido por um incêndio em 1920 tendo depois em 1926 sido vendida à Companhia da Fábrica de Cerâmicas Lusitana que numa fase de expansão, comprou fábricas falidas por todo o país.
São desta época as chávenas de chá/almoçadeiras que te mostro, peças vintage, da fábrica Lusitânia período Massarelos, decoradas com motivos orientais e carimbo do início de séc. XX, uma das quais me serviu de meio de transporte, nesta aventura .
Sendo uma sentimentalona,  gosto especialmente   de trazer o passado para o presente, sobretudo quando se trata de peças de encanto, que como estas, continuam maravilhosas após tantos anos.
Depois desta breve viagem por um mundo que para mim é mágico, faço-te o seguinte convite:
Que tal vires cá a casa tomar um chá numa Massarelos, embarcas também nesta aventura e no gosto por estes assuntos? A água já ferve, traz uns bolinhos!!!