segunda-feira, 26 de outubro de 2015



Era uma vez...

O título sugere que te vou contar uma história dos irmãos Grimm, esses irmãos e escritores maravilhosos de contos infantis como Rapunzel, Cinderela, Os Sete Corvos, Capuchinho Vermelho, Branca de Neve... para citar os mais conhecidos entre nós, que têm povoado o imaginário de miúdos e graúdos ao longo dos tempos; Mas não é, ou talvez seja, história do género, porque é de uma atitude de persistência e de muito querer, de respeito, de sensibilidade e imaginação que te vou falar, apoiada nos valores em que fui criada e educada e do crer  muito ( isto é acreditar) que se formos persistentes e se acreditarmos que somos capazes conseguimos atingir os objectivos que perseguimos.
Mas deixe-mo-nos de teorias e vamos lá à história:
Era uma vez uma tampa de louça abandonada!
 Singular, não é?
Pois é verdade, certo dia há uns dois ou três anos atrás fui a uma feira de antiguidades e os meus olhos deram com uma linda tampa de louça, para ali abandonada em que ninguém reparava; Tive pena daquele abandono, e resolvi trazê-la para casa.
Tempos depois encontrei outra que pensei ser digna de fazer companhia à primeira e lá as juntei...
E depois uma e mais outra e lá as fui juntando lembrando-me sempre que cada uma delas tinha a sua história: - já fora presente de aniversário e ou, de casamento ou prenda de namorado ou de amigo, e que já tinha sido acarinhada, acariciada e apreciada por alguém;
 Por estes dias decidi que estava na altura de as reunir e de as expor para que os outros as pudessem também apreciar e assim procedi, arranjei uma moldura que se adaptasse ao fim em vista , forrei o fundo de tecido rústico, pus um galão à volta e com uma cola própria para porcelana, lá as dispus e fiquei contente com o resultado obtido.
Conto-te isto numa vertente pedagógica para que se conclua que nem só o que há nas lojas a vender é que é bom, também podemos criar muita coisa  com a vantagem de gozarmos de muita satisfação enquanto criamos e executamos a nossa "obra de arte"
E, posto isto, só me resta lembrar o que o meu pai dizia:
- Quem quer bom ervilhal semeia-o antes do Natal, ou então - quem porfia mata caça. Quer isto dizer que as coisas não se fazem num dia mas têm que se fazer com persistência, atempadamente e dar tempo até se atingirem os objetivos pretendidos.
Tenho, na minha cozinha, um lugar que está mesmo à espera 
desta criação, agora só me resta esperar que "Mister Ivo" prenda o camarão que vá suportar a moldura, prevendo contudo, alguma "Turbulência", pois ele detesta furar as paredes, para ele isso é pior do que arrancar um dente! Espero calmamente para ver no que isto dá...