Catorze anos se passaram...
Faz hoje catorze anos que faleceu o meu pai.
Dei por mim a pensar muito, muito nele, na sua vida, que no fundo foi também a minha, e em tudo o que se passou, e concluo que foi um grande homem. Mesmo nos longos anos da sua doença terminal foi um homem corajoso, enfrentando a situação com dignidade, mostrando sempre um sorriso alegre a quem o visitava, não sendo exigente, mostrando-se compreensivo e cooperante comigo que tinha uma vida muito preenchida com os cuidados e acompanhamento que lhe prestava e com a minha vida familiar e profissional.
Ele, como todos os homens, chegou a esta vida com os punhos fechados prontos para a agressividade e para a luta da vida, trabalhou e lutou de forma digna e exemplar e partiu de mãos abertas porque a luta acabara, já não precisava de nada, mas tinha desempenhado bem o seu papel de pai, marido e cidadão consciente, deixando o seu exemplo de homem bom, honesto e trabalhador e sobretudo muita saudade, uma saudade que ainda doí muito!
Descansa em paz, meu pai, não estás esquecido!
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