sexta-feira, 11 de maio de 2012

Aquilo em que eu acredito



Gosto de ler, adoro ler! Para mim, os livros são quase objectos de culto e adoração que nos permitem viver uma grande liberdade intelectual e cultural. Sinto uma sensação estranha ao folhear um livro, ao apreciar a textura e desenho da sua capa, ao desfrutar aquele cheiro a tinta e a papel, especialmente quando o livro é novo e, muitas vezes, privo-me de certos bens que são essenciais para certas pessoas, para poder comprar um livro que gostaria de ler, porque gosto que os livros sejam meus, para poder sublinhar e voltar a ler quando me lembro de certas passagens que me marcaram mais, enfim, só os amantes da leitura me compreenderão...
Quando tenho vagar e abro um livro, esqueço tudo, às vezes, "engulo-o" com sofreguidão, tal é a ânsia que tenho de me embrenhar naquele assunto e de me envolver com o autor/a, outras vezes vou-o "mastigando", lentamente, para poder perceber e assimilar e seguidamente digerir a matéria e com certos livros delicio-me a "saboreá-los" como se de um delicioso bombom ou requintado e fino pudim se tratasse... Acredito, que o modo como se lê um livro é muito importante, às vezes mais importante do que o próprio livro em si, pois podemos enriquecê-lo com os nossos conhecimentos, experiências e aprendizagens.
Aconteceu que, na minha recente ida a Lisboa, me deparei com o novo livro de Helena Sacadura Cabral " Aquilo em que eu acredito" e, embora os tempos não estejam para grandes gastos, lá cedi à tentação de o comprar. Saborear, degustar, sorver, sublinhar, reler e treler, serão os termos que me vêm à memória para descrever a minha atitude perante este livro, escrito de uma maneira muito simples e acessível, numa  compilação e sequência de crónicas que falam da vida, da família, da sociedade e da política, num olhar acutilante, sério, verdadeiro e profundo de uma senhora que já viveu muito e que o soube fazer!
"Aquilo em que eu acredito", um livro que saboreei, que  me disse muito , com o qual me identifico plenamente e que, poderia ter sido escrito por mim, se tivesse o engenho, a arte, a persistência e a capacidade de trabalho de Helena Sacadura Cabral.

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