Ao sair do casulo, a borboleta, sacudiu as suas diafanas asas, abriu os olhinhos e olhou em redor à procura de flores onde pudesse pousar e que lhe anunciassem a Primavera, mas não, não encontrou nem flores nem a estação que procurava, foi então que, reparando atentamente, viu o meu agasalho de feltro macio e, gostando da cor, dirigiu-se a ele e agradada, pousou na sua farta gola e, logo, logo, veio outra e mais outra...
Ao deparar-me com esta realidade, fiquei surpreendida e contente, na esperança de que aquela luz, aquele brilho e colorido me tratassem a alma bolorenta farta de frio, chuva, vento e trovoadas e a alegrasse. Permiti que ficassem até à Primavera chegar, pensando que mais alguém, seguindo o meu exemplo, possa decorar a sua gola com algum colorido alfinete , para chamar a Primavera que tarda em chegar!
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