Todos nós acumulamos coisa mudas no nosso íntimo das quais raramente conseguimos falar o que , por vezes, nos provoca sofrimento, é por isso que, numa espécie de catarse, gosto muito de falar da minha infância, da minha juventude e do meu passado.
Uma das mais belas recordações que tenho são as minhas brincadeiras, com as minhas amigas de então, no pequeno jardim em frente da minha casa e também recordo muito as belas refeições que, copiando a minha mãe, preparava para as minhas bonecas, tudo servia para pôr no prato, mas eu usava folhas verdes que serviam de sopa, peixe, carne, enfim...
E lá passava eu deliciosas tardes a falar com as minhas bonecas umas de trapos, outras de papel, recortadas de revistas, incitando-as a comer.
As crianças não classificam as suas brincadeiras consoante a sua importância nem consoante o valor dos brinquedos mas pelo prazer que lhes dão e pelo que acrescentam ao seu crescimento.
Imagina, se eu na altura das minhas brincadeiras tivesse tido este lindo servicinho de louça fina, pintado à mão, adquirido muito tardiamente, só pelo prazer de o ter...Teria servido banquetes de folhas de hortências a todas as bonecas da minha freguesia!
Sem comentários:
Enviar um comentário