Ontem foi dia de cozer pão no forno da despensa do Império de Bicas de Cabo Verde. O forno já não era usado há algum tempo por isso estávamos com algum receio mas afinal correu bem.
A minha vizinha Isolina Fialho foi a mestra e eu a ajudante, o forno teve que ser bem aquecido, o rodo bem molhado pois estava muito seco , fizemos um varredouro com faias e foi então altura de se amassar usando um fermento que a Isolina fez com batata doce-
Tuca, tuca, tuca, toca a amassar, acrescentando água de vez em quando, não é tarefa fácil pois exige esforço, mas serviu para pensarmos nas nossas antepassadas que faziam isto regularmente.
Ao acabar de amassar, Lá se fez o sinal da cruz, e abafou-se bem, Enquanto isso preparou-se o tendal , foi então altura de se esperar que levedasse.
Quando demos por nós - Louvado seja Deus! - já a massa quase transbordava do alguidar... Foi altura de tender bolos de tamanhos semelhantes e de, passado pouco tempo, os colocar na pá enfarinhada para se meterem no forno. esta tarefa exige perícia e experiência...
Que Deus te acrescente!- disse a Isolina ao olhar o pão todo arrumadinho, a gostar daquele quentinho e a ficar corado pensando quiçá no milagre da vida e na maravilha da transformação dos produtos...
Esperou-se e então, ficámos maravilhadas com o produto do nosso trabalho. Diz lá se não ficaram lindos os nossos pães? Ainda antes de saírem do forno, já estavam todos vendidos! Agora que conhecemos o forno estamos prontas a repetir a experiência.
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