segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pela boca morre o peixe:

Este provérbio, tão bem conhecido de todos nós, tem a ver com bocas, sim bocas, grandes ou pequenas, bonitas ou feias, novas velhas ou nem tanto assim, e reporta-nos a situações de pesca profissional, desportiva, ou artesanal em que o pescador coloca o isco no anzol para atrair o peixe que  atraído pela cor, cheiro, ou pelo instinto de sobrevivência, abre a boca e zás é logo fisgado e era uma vez um peixe, isto  lembra-nos que do mesmo modo que o peixe abriu a boca e comeu o que não devia também nós muitas vezes abrimos demasiado a boca, dizemos o que não devíamos e depois pronto, as palavras são como o vento e não voltam atrás...
Pois eu, à semelhança dos peixes, quando era nova, abria demasiado a boca e criticava as senhoras que gostavam de se enfeitar demasiado com colares, brincos e outros adereços ao gosto da época.
- Parecem árvores de natal - dizia.
- É porque gostam - respondia a minha mãe.
Bem, o tempo foi passando, o meu gosto mudando, e vá de usar tudo o que tenho, para não morrer sem usar as minhas coisas, justifico-me. A situação chegou a tal ponto que, actualmente no Natal, gosto de usar na lapela do casaco um apontamento natalício como que a dar as boas - festas a quem encontro, até uma pequena árvore de natal, Imagina!
Agora já não critico, calo-me muito bem caladinha, porque me lembro sempre deste provérbio e de outro relacionado com o assunto em questão: 
- até velho se aprende!
E eu aprendi que é bom manter a boca fechada ou falar com moderação mas  também que, na nossa caminhada pela vida fora deixamos pegadas  de vários tipos, algumas são quase invisíveis, outras  nas quais nem reparamos, mas que constituem o sentido da nossa vida , e uma das características da minha vida, da minha caminhada, do meu ser, é esta fantasia que foi desabrochando no meu interior e que parece que se alonga, que se alastra, que se desdobra com a idade.  
Aqui vão os meus natalinos ou natalícios  "broches" francesismo que eu prefiro substituir por pregadeira ou alfinete de peito, expressões bem portuguesas  que ficam bem ao peito de qualquer mulher, em Jeito de votos de um bom advento!




















































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