A propósito do meu trabalho anterior, em que falo do chapéu de Ana Zamperini, lembrei-me de uma frase, imortalizada pelo actor Vasco Santana no filme "A Canção de Lisboa", uma película a preto e branco com a duração de 1h e 58m, filme filmado em 1933 tendo sido a 1ª produção sonora integralmente realizada com meios técnicos portugueses.
Numa cena filmada no jardim Zoológico de Lisboa, Vasco Santana proferiu a célebre frase: "Chapéus há muitos, seu palerma!".
Pois é verdade, chapéus há muitos, de vários modelos, de diferentes materiais e para várias finalidades, para proteger do frio ou do calor, para decoração ou para embelezar e complementar uma toalete ou toilette ( Forma também aceite , que vem do francês, não confundir com o s. m. - o toalete( banheiro). Estes, os ditos chapéus, podem ser usados de várias maneiras com mais ou menos galantaria, enterrados na cabeça, para a frente, para trás ou sobre a orelha direita, à semelhança do que fazia Ana Zamperini, contudo o que se vem verificando é que desgraçadamente, cabeças há poucas, como diz o ditado, especialmente em pessoas que ocupam cargos de responsabilidade que mexem com o futuro de muita gente, e a minha já foi melhor do que agora, para mal dos meus pecados...Não sei porquê, a propósito de cabeças, dou por mim a pensar nas muitas cabeças que integram as várias listas, dos vários partidos às eleições regionais, umas novas, outras nem tanto, que se propõem apostar na qualificação, requalificação e desenvolvimento das várias ilhas dos Açores, só não percebo porque isso já não foi feito. pois tiveram todos oportunidades para o fazerem , terá sido falta de chapéus, de cabeças ou de vontade?
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