Entrando o Outono, embora muito suave, senti logo vontade de fazer um chá. Sim, porque todos os que me conhecem sabem que sou muito chazeira... adoro chá, chá verde, chá preto, de ervas, de frutos e ou destas infusões modernas tão aromáticas e saborosas de que há inúmeras variedades. Gosto daquele ritual de pegar no bojudo bule cuidadosamente, de o acariciar, aquecendo as mãos, e de verter aquele líquido fumegante e dourado na chávena. Às vezes até penso que terei sido, noutra encarnação, inglesa visto ser conhecida a tradição que este povo tem de quando os ponteiros ingleses marcam as 17 horas, fazerem uma pausa no trabalho, para apreciarem uma chávena de chá com bolinhos, tradição esta que vem do longínquo séc. XVII mas que ganhou mais habituação no séc.XIX por causa da duquesa de Bedford, Anna Maria Russel que sentia sempre umas " agasturas no estômago", como diria o meu pai, entre o almoço e o jantar, e vá daí de tomar um chá com qualquer coisinha que confortasse o estômago! E como eu a compreendo...
Por analogia, também gosto muito de bules e de serviços de chá e também de chaleiras, vasos metálicos onde se ferve água para o chá, que não vêm à mesa, mas que têm muita e relevante importância nesta função. A propósito, quero-te contar uma história da minha meninice em que conheci uma senhora tão fina, mas mesmo tão fina e elegante, e de certa classe social, que sempre que ia fazer chá dizia:
- Vou pôr a Cheleira ao lume para fazer chá! Então eu muito atenta e "bispeta", olhava para a minha mãe, abria a boca para corrigir mas a minha mãe arregalava-me os olhos e baixinho dizia-me:
- Cala-te que é uma senhora muito fina, ela lá sabe o que diz!
O que prova que muitas vezes as aparências são isso mesmo aparências, o que interessa é o que vai dentro da pessoa.
E agora, se me permites vou pôr água na chaleira para fazer chá porque sou muito chazeira e depois tomá-lo-ei numa bela e quente chávena!
Por analogia, também gosto muito de bules e de serviços de chá e também de chaleiras, vasos metálicos onde se ferve água para o chá, que não vêm à mesa, mas que têm muita e relevante importância nesta função. A propósito, quero-te contar uma história da minha meninice em que conheci uma senhora tão fina, mas mesmo tão fina e elegante, e de certa classe social, que sempre que ia fazer chá dizia:
- Vou pôr a Cheleira ao lume para fazer chá! Então eu muito atenta e "bispeta", olhava para a minha mãe, abria a boca para corrigir mas a minha mãe arregalava-me os olhos e baixinho dizia-me:
- Cala-te que é uma senhora muito fina, ela lá sabe o que diz!
O que prova que muitas vezes as aparências são isso mesmo aparências, o que interessa é o que vai dentro da pessoa.
E agora, se me permites vou pôr água na chaleira para fazer chá porque sou muito chazeira e depois tomá-lo-ei numa bela e quente chávena!
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