domingo, 13 de março de 2016

A palavra que substitui a preguiça

Esta tarde de Domingo tem sido triste, escura e chuvosa. Uma tarde em que me tenho sentido indolente e pouco produtiva, pouco dinâmica. Sim sinto-me indolente para não dizer preguiçosa, gosto mais da palavra indolência, dá classe e requinte à minha preguiça!
É então no meio dessa indolência, desse não fazer nada, desse sentir-me preguiçosa que olho à minha volta e os meus olhos batem em pequenas e antigas jarras, que tenho por aqui e por ali, e me pergunto:
Onde e quando foram feitas, que técnicas foram utilizadas, ainda se fabricarão peças destas??? 
Como a tarde é de indolência, há tempo para pesquisar,vai daí fiquei sabendo que no século XX, mais propriamente nas décadas de 40/50,  isto é a fase final do período Art Déco,  a industria vidreira em Portugal, na Marinha Grande,  caracterizou-se  por uma inovadora técnica decorativa que consistia na  aplicação no exterior das peças de vidro, de  grossas partículas de vidro coloridas que se fundiam com o vidro branco transparente conferindo-lhe uma textura rugosa mas suave ao tacto. Esta técnica, conferia às peças uma decoração em relevo com cintilações contrastantes entre a superfície do branco transparente e o exterior colorido, característica muito bonita devido ao jogo de luz e sombra assim obtido como podes ver nas fotos das minhas jarras.
E foi assim que uma tarde de indolente preguiça se transformou numa oportunidade de aprendizagem, para mim e quiçá para ti que se te interessares por estes assuntos, irás apressadamente, ver os vidros que tens em casa, legados pela tua mãe e ou avó e verificar a respectiva rugosidade; Se a encontrares tens uma peça bem antiga, autentica  e interessante... Estás de parabéns!









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