quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Meu lar, meu cantinho:


Cantinho da minha casa,
Silêncio doce e profundo
Bendita a porta da rua,
Que me separa do mundo!

Numa feira de antiguidades,  ao apreciar uma bancada de feirante, os meus olhos bateram num pequeno prato de louça de Alcobaça que mostrava a quadra que acima transcrevo e que me ficou a martelar na cabeça, de tal modo que tive que voltar atrás e discutir o preço com o feirante, para o comprar. É que a quadra teve o condão de me pôr a pensar e de avivar as saudades que eu, estando ausente, já tinha de casa...
Na verdade não há nada como o aconchego da nossa casa, do nosso cantinho, onde estão aqueles de quem gostamos , as nossas coisas e as nossas recordações e onde após fecharmos a porta da rua nos sentimos em segurança, longe do bulício e dos perigos do exterior, especialmente num dia como o de hoje, com chuva torrencial em que não se pode pôr o pé na rua...
Num dia destes é que percebemos a sério o valor da palavra "lar" a palavra que exprime o lugar onde amarramos uma das extremidades do fio da nossa vida, pois mesmo que o abandonemos, estaremos sempre a ele ligados, pelo coração, pelas recordações e especialmente pelas saudades.





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