domingo, 8 de março de 2015

No dia da Mulher:


-Monólogo de uma Mulher inquieta:
Muitas vezes me enfrento e interrogo se estarei à altura, se sou uma mulher na verdadeira acepção da palavra, uma mulher perfeita, em plenitude, e claro que concluo que estou muito longe disso. Na verdade, penso que essa é uma tarefa inglória e praticamente inatingível, por isso dou por mim a dizer para os meus botões:
- Deixa para lá, Clara, ninguém é perfeito neste mundo, o que deves é enfrentar os teus defeitos, tentar melhorar, e vive a vida com alegria!
Mas, bem lá no fundo, há uma vozinha que me "azucrina" a cabeça e me diz:
-Clara, para seres uma mulher perfeita tens que te referenciar pelos valores e sabedoria legados pelas gerações anteriores.
-Mas, como posso fazer isso, penso eu, se não sou lá grande coisa, se muitas vezes, mesmo sem me dar conta, sou voluntariosa, preguiçosa ingrata, pouco tolerante, imperfeições a que poderia juntar muitas mais...
-Já é muito bom quando reconhecemos os nossos defeitos, as nossas imperfeições, e quando nos interrogamos se estamos à altura do que os outros esperam de nós! - Sussurra a vozinha, lá muito no fundo do meu eu.
- Na verdade, penso eu, tenho sorte, pois apesar dos meus defeitos, sou tolerada pelos que me conhecem e contactam comigo , sou aceite com as minhas imperfeições!
-Pois é, diz-me a voz, a Mulher não tem que ser perfeita, impecável, adorada, reverenciada, tem é que ser amada, percebida e respeitada pelo que é e como é, com as suas virtudes e os seus defeitos.
-Ainda bem, concluo eu, assumo as minhas imperfeições e reconheço a sorte de ser amada, tolerada e compreendida; É esta sensação que me dá segurança e vontade de enfrentar os vendavais com que me tenho deparado ao longo da vida, nesta minha situação e qualidade de Mulher imperfeita.

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