quarta-feira, 25 de junho de 2008

S. João e as tradições:

Do grego:"basilikón", o manjerico é uma planta ornamental e aromática, prima do manjericão, da família da menta. Tem origem na Índia, onde era usado nos rituais sagrados. Na antiguidade clássica inspirou diferentes usos: Em Roma era o símbolo do amor e na Grécia de luto. No sul da Itália conserva-se a tradição dos antigos romanos, segundo a qual oferecer um manjerico a uma rapariga equivale a pedi-la em casamento. A sua presença nos rituais de fertilidade do solstício de Verão decorre, assim, de tradições milenares. Segundo cosmogonias antigas. o solstício de Verão, que tem lugar a 21 de Junho e é celebrado até ao fim do mês, é o momento em que o Sol perde o controlo e atinge o máximo da sua força. Nessa noite a ordem das coisas é alterada e tudo pode acontecer. O calendário gregoriano apanhou boleia das festividades pagãs do culto romano e celta e deu-lhes novos elementos rituais, os mais importantes dos quais são, em Portugal, as figuras dos três santos: Santo António dia 13, São João dia 24 e São Pedro dia 29. Mas nas marchas e nos arraiais dos bairros populares, sobretudo em Lisboa e no Porto, a festa segue livre do domínio eclesiástico, repleta de música, vinho e sardinha assada. E perfumada por muitos manjericos, enfeitados com cravos, bandeirinhas e quadras jocosas e amorosas.
( da revista UP, revista de bordo da TAP, pág.160)





Estas imagens, copiadas na Net., lembram S.João. Este santo, segundo S. Lucas, foi o precursor de Cristo,tendo sido a voz que clamava no deserto, anunciando a vinda do Messias. Filho de Zacarias e Isabel, só mais tarde,depois de ter baptizado Jesus é que recebeu o cognome de "O Baptista". No calendário religioso está-lhe reservado o dia 24 de Junho por ter sido o dia do seu nascimento. Tem o titulo de santo festeiro por isso há muita festa no seu dia em especial muita dança.

Há quem compre manjericos, cravos, alhos-porros e martelinhos para bater nas cabeças de quem encontre, naturalmente para os manter bem acordados para a folia. Comem-se sardinhas assadas, saltam-se fogueiras, enchem-se e largam-se balões, fazem-se concursos de janelas alusivas ao S. João, como a que acima se insere e marchas populares em vários locais do país querendo destacar aqui o que se passou em Angra do Heroísmo,ilha Terceira, a minha cidade.

A noite de S. João, com as tradicionais marchas dos adultos e a noite seguinte com as marchas das crianças foram, em Angra do Heroísmo, duas noites de magia, cor alegria, criatividade, pedagogia, arte e são convívio que dificilmente se pode explicar por palavras, só vendo, vivendo, sentindo, presenciando se pode ficar com a ideia do que se passou que impregnou a alma da multidão presente da alegria atribuída a este santo.





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