sábado, 4 de dezembro de 2010

Exposição de artes plásticas e artesanato na Golegã. Organizada pelo N.A.R.

Junto à igreja matriz da Golegã, fica o palácio do pelourinho, onde pude apreciar, quando fui à feira de S. Matrinho, uma exposição organizada pelo Núcleo de Arte de Riachos.
Lindas pinturas,  esculturas e obras de artesanato estavam expostas, transmitindo aos visitantes o trabalho e a sensibilidade  de hábeis mãos e de gentes que têm muito para dar e que não guardam só para si  o que deve ser transmitido aos outros, pois a beleza é património da humanidade.
Na altura, fui recebida pela Senhora D. Helena Rosa Maurício, artesã com alguns trabalhos expostos, e que havia sido escalonada, para anfitriã da exposição, naquela manhã .
Um beijinho para ela..
E aqui ficam alguns registos da dita exposição:


3 comentários:

  1. Pois é, há quem tem muita arte nas mãos e que a deseja transmitir, mas os novos não dão qualquer valor a isso. Estou a lembrar-me do oleiro de S. Bento, que mais dia menos dia vai acabar, do único ferreiro que ainda existe lá para as bandas do Posto Santo e que faz chocalhos para o gado entre outras coisas, do único Latoeiro que vive lá para as bandas da Ponta do Muro e que leva as suas peças todos os Domingos para a praça do gado.Das senhoras que fazem rendas, colchas regionais em lã e de retalhos, bandeiras do Espirito Santo, da única pessoa que vive lá para as bandas da Terra Chã que fáz em coiro os apetrechos necessários para embolar os chifres dos toiros em dia de tourada assim como pequenos objectos decorativos nesse material e que ainda faz algumas coisas que o tio correeiro Melageta que existia na Ladeira de S. Francisco fazia, como arreios, cabeçadas e guias para cavalos etc.,coiro esse que já existiu com abundância na Fábrica de Cortumes que existia no que é hoje o super mercado na rua da Guarita em Angra e que agora tem de ser importado,apesar de exportar-mos os coiros verdes das nossas vacas abatidas cá, mas cá não temos quem os transforme em matéria prima que é mesmo uma tristeza,e mais alguns casos que agora não me recordo e que estão em vias de extinção. Infelizmente a nossa juventude não quer saber de nada. Só quer discotecas. Até mesmo as nossas raparigas na maioria dos casos casam-se sem saber cozinhar e julgo mesmo que algumas nem sabem estrelar um ovo e não se interessam nada pelos segredos das nossas cozinheiras neste caso e na sua maioria até avós ou mães,que confecionavam belissimos pratos duma riqueza enorme e emblemáticos da nossa Gastronomia Regional e que não os conseguem transmitir, por manifesto desinteresse dos seus descendentes, morrendo com elas esses segredos porque as nossas meninas não querem nada pois os estudos não explicam tudo e se sobra tempo para a folia também devia sobrar um poucochinho para a aprendizagem de futuras mães e donas de casa pois pode-se perfeitamente conciliar estudos ou emprego com deveres caseiros e só querem eles e elas almoçar e jantar fora nos restaurantes,e gozar a boa vida porque o dinheiro abunda e ainda talvez ninguém lhe mostrou as suas cozinhas,em alguns casos,felizmente ainda não todos, pois talvez fugisem a sete pés quando vissem uma barata e de certeza não mais lá entravam. Vai morrendo ou agoniando lentamente a riqueza que nos legaram os nossos antepassados. Estamos na época do despesismo e consumismo, mas por aquilo que me apercebo o tempo das vacas gordas está-se a acabar.

    José Henrique Gonçalves de Sousa

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  2. Obrigado por estar completamente de acordo comigo,porque é sinal que felizmente reconhece também a miséria que neste aspecto por aí vai.

    José Henrique Gonçalves de Sousa

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