quarta-feira, 21 de março de 2012

Poesia














A poesia lê o mundo
O homem e a alma a fundo
A poesia vê  a dor
A fome, a tristeza e o amor
A poesia  a paz canta
E a  bondade que encanta
A poesia chora a guerra
Derramada sobre a terra
A poesia é sentimento
Que expressa o sofrimento
Com arte, sentido, emoção
Com alma ,  corpo e coração
Poesia...
 É  vida é saúde, é morte
É  falar da alegria e da sorte
Da inveja  e da maldade
Da amizade, do amor  e da saudade!

Clara Faria da Rosa
21/03/2012


Ordens são Ordens!

 Mãos ao alto!

Passamos a nossa vida a receber ordens Como:

- Não fale com a boca cheia
- Vire à esquerda
- Poupe
- Não fumar
- Aperte o cinto
- Siga
- Pare
- Insista
- Facilite o troco
- Silêncio
- Sorria
- Leia as instruções
- Não corra
- Mantenha a direita
- Não ultrapasse os 80
- Espere pelo sinal para marcar
- Bata antes de entrar
- Não perca tempo
- Atravesse na passadeira
- Cuidado com o cão
- Não ultrapasse
- Jure
- Puxe
- Empurre
- Responda hoje mesmo
- Respeite a fila
- Tire a ficha
- Espere a vez
- Toque a campainha
- Respeite o sinal
- Não deite papel no chão
- Organize-se
- Tape-se
- Destape-se

E agora uma  ordem mais moderna:

- Mãos ao alto!

Uma ordem que dificilmente imaginaríamos que se pudesse ouvir, algum dia,  aqui nesta nossa linda e pacata ilha Terceira de Jesus Cristo. Pois, já era, como dizem os jovens...
Acabo de ler no jornal local que na freguesia de São Bartolomeu, concelho de Angra, dois indivíduos assaltaram uma mercearia, levando a caixa registadora com cerca de 200 euros. A proprietária do estabelecimento, não fosse ela da terra da Brianda Pereira que lançou gado bravo, para afugentar os espanhóis, atirou-se a um dos assaltantes, conseguindo tirar- lhe o capuz, descobrindo que se tratava de uma mulher, pasme-se! Inconcebivel na nossa ilha, aqui há tempos atrás...
Agora pergunto:
- Estaremos fadados a  futuramente ter que andar com medo de sair de casa, com medo de estar em casa, com medo de sermos assaltados , com medo da própria sombra e sempre de mãos ao alto?