terça-feira, 30 de março de 2021

 

Semana Santa


A Semana Santa, é o período religioso em que a igreja celebra a subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, a sua crucificação e ressurreição.
Ao longo da semana realizam-se várias cerimónias, todas elas com, um significado e simbolismo muito especial. Começa com o cerimonial da bênção e procissão dos ramos no Domingo, na Quinta-Feira de manhã benzem-se os óleos e à tarde há o lava-pés, teatralização do acontecido durante a ceia da Páscoa que Cristo celebrou com os seus seguidores mais próximos, na Sexta-Feira comemora-se a paixão e morte de Jesus Cristo, não há a celebração da missa, apenas as leituras apropriadas, Sábado é dia de luto e no Domingo é dia de festa porque se comemora a ressurreição de Jesus, a vitória sobre a morte.
Associadas à Páscoa apareceram várias tradições como o hábito de se oferecerem ovos decorados, que em princípio eram ovos de galinha e mais tarde os franceses começaram a fabricá-los de chocolate, relacionando o ovo com o início da vida assim como coelhos de chocolate porque este simboliza fertilidade, associada à criação, por causa da sua grande prole.
Que tenhas uma Feliz Páscoa e que Jesus ressuscite no teu coração e te encha de força para que possas enfrentar as adversidades do dia a dia.

domingo, 28 de março de 2021

 

Dia de ramos


Hoje é dia de ramos! O dia em que a igreja lembra a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, antes da sua paixão e morte. O povo cortou ramos e ramagens de árvores, para cobrir o chão onde jesus passava montado num jumento e aclamou-o com ramos de palmeiras.
Abrindo, este dia, a Semana Santa, a Igreja costuma recriar o episódio bíblico que atrás se descreve, o que não aconteceu este ano, devido à terrível pandemia que vivemos e que levou à proibição de ajuntamentos e por consequência ao fecho das igrejas que este ano não celebram as cerimónias da semana santa. Foi por isto e. seguindo outros exemplos, que coloquei  um singelo ramo no meu portão para lembrar os ramos e desejar aos que passam, que são poucos, atendendo à situação que se vive, uma boa semana de Páscoa e sobretudo esperança em melhores dias. 
Quando eu era criança tenho ideia de se chamar a este dia "dia de grãos" porque a minha mãe dizia que não se metiam folhas na panela, portanto, fazia-se canja com arroz, sopa de grão, papas de arroz, milho cozido etc., isto numa referência clara ,aos ramos que aclamaram Jesus!



domingo, 21 de março de 2021

 Poesia:

A poesia lê o mundo
O homem e a alma a fundo,
A poesia vê a dor
A fome, a tristeza e o amor,
A poesia a paz canta
E a bondade que encanta,
A poesia chora a guerra
Derramada sobre a terra,
A poesia é sentimento
Que expressa o sofrimento
Com arte, sentido, emoção,
Com alma , corpo e coração.
Poesia...
É vida é saúde, é morte
É falar da alegria e da sorte
Da inveja e da maldade
Da amizade, do amor e da saudade!
Clara Faria da Rosa
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Lúcia Nunes, Ana Rocha Meneses e 43 outras pessoas
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NESTE DIA

quarta-feira, 17 de março de 2021

 Miguel Torga e a minha ida à Feira da Ladra

Num Sábado distante, fui até ao Martim Moniz na baixa de Lisboa, onde apanhei o elétrico 28 para ir até à Feira da Ladra. Ao apear-me deparei-me com a fachada simples e simétrica mas sumptuosa, da igreja ou mosteiro de São Vicente de Fora, com as suas torres aos lados e sobre a entrada as estátuas de São Vicente, Santo Agostinho e São Sebastião, fica à entrada para a Feira da Ladra, na freguesia de São Vicente, concelho de Lisboa, no bairro de Alfama.
Em 1173 São Vicente foi proclamado padroeiro de Lisboa quando as suas relíquias foram transferidas do Algarve.
Este mosteiro começou a ser construído em 1582 no local onde D. Afonso Henriques havia mandado construir um primeiro templo em honra deste santo.
Embora o dia estivesse chuvoso, frio e com pouca afluência, lá fui deambulando por entre as várias bancas e barracas até que, numa banca de alfarrabista, encontrei um livro de Miguel Torga, um escritor de quem gosto muito! A 12ª edição de "Contos da Montanha", lá regateei o preço e acabei por comprar. O que é engraçado é que o mesmo incluía o prefácio à segunda edição, escrito em 1945, um prefácio à terceira edição feito em 1952, e um à quinta edição de 1966.
O que me chamou a atenção foi o prefácio à segunda edição quando Torga dizia:
"Escrevo-te da Montanha, do sítio onde medraram as raízes deste livro, encontrei tudo como deixei quando escrevi a primeira edição. Apenas vi mais fome, mais ignorância e mais desespero. Corre por estes montes um vento desolador de miséria que não deixa florir as urzes nem pastar os rebanhos". Isto em 1945, não era eu ainda nascida! Palavras proféticas…
Pensando bem, em 2021 poder-se- ia reescrever Torga fazendo umas ligeiras substituições:
Corre neste país um vento desolador de miséria, corrupção, desrespeito e desamor que não deixa florir os cravos de Abril, nem viver com dignidade…
Ercilia Borges, Maria Jose Morais e 15 outras pessoas
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domingo, 14 de março de 2021

De nariz "empinado"

 Sem eira nem beira:
















Estes últimos dias, quando vou a Angra, tenho andado de nariz " empinado" que é como quem diz de nariz levantado. Não penses que me deu algum ataque de "importancite" aguda, não, nada disso, não sou pessoa para essas coisas, sempre fui e sou uma pessoa simples e que olha os outros de igual para igual, contudo, há um responsável por esta minha singular atitude que é o velho ditado, ou a velha expressão,  que me tem andado a "bailar" na cabeça - " Sem eira nem beira"
Vi muitas vezes o meu pai pôr ao sol, numa eira improvisada, junto da nossa casa, os cereais e legumes que, quando secos eram batidos com um mangual que, depois de separados da respectiva casca, eram guardados em lugar seco para serem usados posteriormente, este é o  meu conhecimento empírico, cientificamente eira é uma palavra que  vem do latim "area" que é um terreno de terra batida, de considerável extensão.
Beira é a extensão do telhado portanto, quem não tinha "eira nem beira "isto é , não tinha casa, não tinha modo de vida, não tinha fonte de rendimento, estava na penúria, era um miserável e , segundo os antigos, era um mau partido para as suas filhas casadoiras!
Numa segunda versão diz-se que se dava o nome de eira   à extensão do telhado e que, quanto mais posses tinha o dono da casa, mais eira, isto é, mais camadas de telha ele incluía no beiral, os mais pobres, como disse anteriormente, não tinham condições construíam uma só fiada de telhas no beiral e então ficavam sem eira nem beira, só tribeira .
Foi para constatar este facto, que andei de nariz empinado, para olhar os beirais da nossa cidade, que nas casa mais antigas e naturalmente de gente abastada, ao tempo da sua construção, têm a cimalha, penso que para proteger as características varandas, das chuvas, depois a beira e a tribeira conforme podes ver pelas fotos.
Agora diz-me, se só se encontram coisas se andarmos a olhar para o chão, a olhar os beirais também se encontram ensinamentos.
Boa semana e Deus nos livre de nos encontrarmos no mundo sem eira, nem beira, nem pé de figueira!

sexta-feira, 12 de março de 2021

 

Peças vintage










Hoje, ao descascar e picar cebola para  preparar o almoço,  os  meus olhos lacrimejando  olhavam  para a casca amarelada e brilhante da cebola fazendo-me  lembrar de um vidro que adoro.
O vidro casca de cebola  que é muito procurado por coleccionadores e  apresenta-se em  lindíssimas peças vintage  como cachepots, garrafas,  jarras e conjuntos para água e vinho. No início do século passado, talvez na década dos anos vinte, o vidro branco transparente era tratado quimicamente de  modo a adquirir o tom da casca de cebola que depois podia ser gravado ou tratado com  jactos de areia que lhe conferiam artísticos desenhos.
Tenho uma pequena colecção de peças deste vidro que conservo religiosamente porque elas me lembram o passado  tranquilo,  tornando-o em simultâneo presente e  permanente.
 Elas dão-nos um toque de eternidade porque indiferentes ao passar dos anos, às modas, tempestades e convulsões do presente conservam a sua calma e dignidade e desafiam  os espíritos conturbados que não valorizam o requinte do pormenor.









quarta-feira, 10 de março de 2021

 As reflexões da Clara:

A respeito de felicidade:
Às vezes, ponho-me a pensar, porque é que me considero uma pessoa feliz, chegando mesmo a interrogar-me, se em caso de querer, teria a possibilidade de encontrar a infelicidade…
O problema é que eu não quero ser infeliz, agarro-me de tal forma às boas recordações e ao que tenho, no momento, de bom, que sinto assim como que uns sininos a repicar dentro de mim, como que a felicitar-me, pelo esforço que faço para encontrar a felicidade, nas pequenas coisa que vêm até mim.
Não procuro nada de extraordinário, pois através da experiência que tenho, sei que as coisas que nos dão profundo prazer e felicidade como por exemplo .a maternidade, o casamento ,o amor, o trabalho, também nos trazem responsabilidades e até riscos de perda , o que nos levará à infelicidade.
Portanto, não vou em voos de grandes altitudes , basta-me ser possuidora de uma rudimentar capacidade de sentir prazer nas coisas simples e comezinhas da vida .
Esforço-me diariamente para valorizar a possibilidade que tenho de viver como, onde e com quem quero, a saúde, a companhia de quem gosto ou dos meus amigos, os momentos de solidão, que prezo muito, e depois a alegria dos reencontros, enfim os mais variados momentos que embora simples ou insignificantes fiquem registados no meu coração, como um bom momento.
Depois de longa caminhada, concluí que o importante é ficar agradada e grata com aquilo que se tem e não esperar da vida coisas impossíveis… Não é a riqueza, nem o sucesso que nos vai trazer a felicidade, mas sim a maneira como lidamos com a nossa vida, com o que temos, com os que nos rodeiam, com o que nos acontece, valorizando sempre o que nos foi proporcionado, por muito pouco que seja!