segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Ser idoso:

Celebra-se hoje o dia internacional do idoso.
Mas afinal, quando é que se considera um ser humano um idoso?
Acho que, quando chega aquela etapa da vida em que a pessoa se sente trôpega, vacilante, se segura aos móveis, em parentes e amigos e lhe oferecem como presente de aniversário uma bengala, entrou naquela idade geriátrica em que nos hospitais se aconselha a ter paciência, a adaptar-se, a aceitar, a conformar porque afinal ter muitos anos é bom, é sinal que se sobreviveu...
É verdade que existem pessoas entre os setenta e os cem anos que conseguem viver eficientemente e sozinhas e funcionam sem esforço mas isso são raras excepções.
Fala-se em sabedoria adquirida, em serenidade, diz-se que ter sobrevivido é uma bênção mas o que os anos acarretam geralmente não é aquela tranquila doçura enquanto se percorre o caminho do crepúsculo, que muitos livros, que falam do assunto, anunciam .
As deficiências, as dores, a dependência dos outros, a diminuição da mobilidade, da visão , da audição são condições e características desta etapa da vida que preocupam os que dela se aproximam .
Creio que apesar disto, há sempre um raio de luz interior que faz a pessoa sentir-se jovem, aquele jovem que nunca cresce !
A esse raio chamaria saudade, realização pessoal, doação, experiência vivida enfim...VIDA.

Chá-de-Panela

Sabes o que é um chá-de-panela? Não? Eu também não sabia, até  ser convidada a participar neste evento, e fiquei sabendo que é uma reunião para a qual a noiva convida as suas amigas que oferecem utensílios para a cozinha e ou para a casa futura. Parece que este hábito começou na Holanda onde, segundo uma lenda muito antiga, um jovem e pobre moleiro se apaixonou por uma donzela rica, não tendo posses para apetrechar o novo lar, convocou as amigas da noiva e tudo se resolveu, há ainda quem relacione este hábito ao facto de em tempos bastante recuados uma jovem sem dote, só muito dificilmente arranjava noivo, assim, as amigas reuniam-se, e a jovem conseguia o dinheiro e os objectos  que a transformavam em noiva apta a ser escolhida por um pretendente, e a ter o lar sonhado.
Isto é história, como foi , para mim, uma história de fadas, uma história de encantar, o ter participado no chá de panela da Mariana e do André Ribeiro, dois jovens que pretendem consolidar o seu amor pelo casamento, em breve, os quais aproveitaram para juntar amigos e familiares numa espécie de prévia apresentação.
Foi, um mimo, uma doçura,um requinte que me fez sonhar e pensar como teria sido bom se eu tivesse nascido mais tarde, é que no meu tempo as coisas eram bem diferentes...
Parabéns Mariana e André e obrigada pela oportunidade que me proporcionaram de viver um acontecimento tão especial. Que sejam felizes!