quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

 A mãe do menino sonhava:

E o o menino desfilava
Na festa de Carnaval,
E a mãe, feliz, gozava
Aquele momento especial,,,
E o Menino passava
E a mãe com comoção,,
Aquele momento guardava
No fundo do coração.
A mãe, ingénua, pensava
Que o tempo iria parar,
Mas muitos anos passaram
E o desfile agora é outro,,,
Já não é soldado o menino
Mas está sempre bem guardado
No coração de sua mãe!
Clara Faria da Rosa
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

 

E o amor aconteceu...


 Eu vi nas festas das Lajes
O amor acontecer,
Eu vi nas festas das Lajes
O que é o amor bem viver
Nestas festas da Terceira
Linda ilha dos Açores,
Vi uma idosa à maneira,
Devido ao Sol e aos calores,
O seu amor resguardar
Sentado numa cadeira
Um amor bem guardado 
E sempre muito bem cuidado
Com carinho, com respeito
Em anos e anos a eito
E logo ali concluí:
Que o amor não são flores
Nem joias, carros ou casas
Nem despiques, nem rancores 
Nem lindas e caras oferendas
O amor é bem cuidar, 
O amor é muito querer,
O amor é atento estar,
E o outro proteger!

Clara Faria da Rosa,

sábado, 11 de fevereiro de 2023

 


Celebrando-se hoje, 11 de Fevereiro, o dia mundial do doente, mostro-te esta pequena peça perguntando se sabes o que é. Algumas pessoas saberão para que serve, outras desconhecerão a utilidade deste objecto. O mais destacado é uma peça da vista alegre, muito fina e com um suave desenho, os outros menos elaborados, louça de Sacavém, têm a mesma função, são conhecidos por bules de acamados os quais possibilitam que, o doente deitado, possa beber alimentos líquidos sem que estes entornem como acontece com um copo vulgar. 

Neste dia dedicado ao doente, formulo votos de que não necessitemos de os usar, mas se caso for, que a providência nos proporcione um caridoso cuidador que nos sirva um caldinho, leite ou um reconfortante chá que faça esquecer, por momentos, a difícil fase que vivemos!  


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

 Em dia de compadres:


E chegaram os amigos

Que prontamente festejaram,

Depois vieram as amigas

Que alegremente repetiram...


Hoje são os compadres

Que juntos vão comemorar,

Depois virão as comadres

Que seu dia vão lembrar...


E por serem dias de alegria

Este cavalheiro aqui presente 

E sua elegante companhia


Dama de  grande requinte

O par a todos cumprimentam

E bom Carnaval  vos desejam!







quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

 

Ai que saudades do bolo amor!

 Não quero ser saudosista mas hoje deu-me uma saudade  dos Carnavais da minha meninice, é uma saudade que mói cá dentro e que me dá vontade de partilhar com alguém essas memórias que me acompanharão até ao fim.

Naquele tempo, festejava-se mais o Carnaval do que o Natal, havia sempre uma mesa preparada para quem aparecesse, ele eram as queijadas de côco e de feijão, ele eram os caramelos, os rebuçados de vinagre muito bem embrulhados em papel de seda de várias cores e com as pontas cortadas às tiras, que faziam um vistão, as filhós fritas, que a minha mãe fazia questão de ficarem com uma tira mais clara nos lados, as filhós tendidas que iam ao forno de lenha em grandes tabuleiros de lata, os coscorões feitos numa panela meia bojuda e com uma pequena cana que a minha mãe metia no meio da massa e dava um jeito contra a panela para ficarem como uma flor, e no meio da mesa o rei do nosso Carnaval - O BOLO AMOR! Que delícia, para mim, era uma coisa do outro mundo que lembro com muita saudade, da receita perdi-lhe o rasto, nem sei se alguma vez teve a honra de ser escrita, só sei que levava chocolate em pó, manteiga feita das natas, que a minha mãe aproveitava do leite das nossas vacas, e ia ao forno de lenha, numa lata redonda, pois não havia formas de alumínio, untada de banha que era o que havia. . . Não sei o que lhe punha mais para além da farinha e dos ovos, tudo caseiro, e com muito amor, daí o nome, ficava macio e húmido, uma delícia!

Tudo a postos, sobre a mais rica e bonita toalha que havia em casa, convidavam-se, familiares e amigos:

-Vem à nossa mesa!


Saudades desses tempos, do bolo , de que não tenho fotografia, e deste meu dançarino preferido do Carnaval 2001, já lá vão 22 anos.