Quando a linha da vida se parte:
É, desde sempre, que me lembro desta caixa, no canto do estrado, na minha casa das Lajes; Era o trabalho leve da minha mãe!
Aos Domingos íamos à missa, almoçávamos, a minha mãe levantava a mesa e lavava a louça e, como não se trabalhava ao Domingo, ela sentava-se a fazer um trabalhinho leve, o seu crochet... a minha mãe sempre foi uma mulher determinada que se deu à vida e ao trabalho, não era ociosa nem sequer tinha passatempos, estou em crer que ela nem conhecia esta palavra: Passatempo...
E sempre foi assim, até ao fim, de tal modo que quando faleceu, andava a fazer uma renda para um lençol.
Partimos, mas as coisas ficam, e lá ficou a caixa, abandonada no canto do estrado, como se também tivesse perdido a vida .
Ao abri-la, deparei-me com o trabalho inacabado e pensei como a vida é repleta de imprevistos e como nós nunca consideramos que a meta foi atingida, é muito difícil considerar que a nossa actividade terminou, só se por infortúnio do destino, isso acontecer inesperadamente, como foi o caso.
Num rasgo de saudade e de impotência, perante a dura realidade, emoldurei, como recordação, o trabalho inacabado assim como a farpa com que a minha mãe fazia o seu crochet.
Já lá vão muitos anos, contudo ao olhar para estes objectos lembram-me sempre, naturalmente, a minha mãe e, como é efémera a linha que nos agarra à vida, a qual pode ser quebrada a qualquer momento.
É por isso, para que tenhamos esta realidade sempre presente, que conto esta história de uma mulher que "crochetou" a vida com muita garra e determinação, até que a linha se quebrou!
É, desde sempre, que me lembro desta caixa, no canto do estrado, na minha casa das Lajes; Era o trabalho leve da minha mãe!
Aos Domingos íamos à missa, almoçávamos, a minha mãe levantava a mesa e lavava a louça e, como não se trabalhava ao Domingo, ela sentava-se a fazer um trabalhinho leve, o seu crochet... a minha mãe sempre foi uma mulher determinada que se deu à vida e ao trabalho, não era ociosa nem sequer tinha passatempos, estou em crer que ela nem conhecia esta palavra: Passatempo...
E sempre foi assim, até ao fim, de tal modo que quando faleceu, andava a fazer uma renda para um lençol.
Partimos, mas as coisas ficam, e lá ficou a caixa, abandonada no canto do estrado, como se também tivesse perdido a vida .
Ao abri-la, deparei-me com o trabalho inacabado e pensei como a vida é repleta de imprevistos e como nós nunca consideramos que a meta foi atingida, é muito difícil considerar que a nossa actividade terminou, só se por infortúnio do destino, isso acontecer inesperadamente, como foi o caso.
Num rasgo de saudade e de impotência, perante a dura realidade, emoldurei, como recordação, o trabalho inacabado assim como a farpa com que a minha mãe fazia o seu crochet.
Já lá vão muitos anos, contudo ao olhar para estes objectos lembram-me sempre, naturalmente, a minha mãe e, como é efémera a linha que nos agarra à vida, a qual pode ser quebrada a qualquer momento.
É por isso, para que tenhamos esta realidade sempre presente, que conto esta história de uma mulher que "crochetou" a vida com muita garra e determinação, até que a linha se quebrou!