segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Heróis de Portugal ( de ontem e de hoje )

Portugal está de luto, todos estamos de luto e, de tal forma  tristes e desanimados,  que nem sabemos bem o que dizer perante esta catástrofe que  assolou, mais uma vez, o nosso país, varrendo e destruído tudo à sua frente. O inimigo chegou e  sem pedir licença, causou mortes e tragédias difíceis de esquecer e de ultrapassar. 
Perante esta triste evidência,lembrei-me que em tempo não muito distante, visitei o Museu dos Coches em Belém, onde está patente um interessante espólio usado pelos bombeiros em tempos idos. Ao deparar-me com tais alfaias não pude deixar de pensar que ou não havia fogos à altura,ou não havia florestas, ou ardia tudo, ou então os bombeiros nossos avós, eram ainda mais corajosos, mais abnegados, mais heróis do que os actuais soldados da paz, coisa que considero impossível, face ao trabalho que têm vindo a desenvolver perante o qual, na minha insignificância, me curvo e lanço um grito aos ventos, na esperança de que o mesmo chegue até eles:
- Bravo, bravo, bem hajam e obrigada pelo que têm feito pelos outros, e pelo nosso país em geral !!!
Abaixo, um pequeno apontamento, do espólio, patente ao público,no Museu dos Coches em Belém.








No dia mundial do pão

Pela televisão, fiquei sabendo que se comemora hoje dia 16, o Dia Mundial do Pão; Curiosamente, nem sabia da existência desta efeméride, mas afinal , nada é  mais justo, pois o pão é a base da alimentação de muita gente e, tanto é verdade e tão grande a sua importância, que quando rezamos a oração do pai nosso pedimos  a  Deus: " o pão nosso de cada dia nos dai hoje"
Por coincidência,comprei hoje , um  pão de milho, a chamada broa, ainda quentinho, e que prevejo delicioso!

Naturalmente, não encontraria maneira melhor de celebrar este dia,  dedicado ao pão, do que  a saborear uma boa fatia do mesmo, com chicharros fritos, pensava eu, enquanto  em simultâneo ouvia algumas crianças que ao serem questionadas, por um programa de televisão, sobre a origem do pão dizerem que o mesmo vinha do Pingo Doce, do padeiro, da pastelaria etc. Claro que falavam das suas vivências, do que vêem, do que é a vida actual...
Então, divagando, o meu pensamento leva-me à minha infância, vejo o meu pai a semear o trigo e o milho,vejo estes cereais crescerem, o dia de ceifar o trigo e as desfolhadas que se faziam no nosso quintal, ouço o chiar do carro de bois carregadinho de molhos de trigo a caminho da debulhadora,  e vejo  sacos de trigo, como os da foto, empilhados a um canto, donde a minha mãe ia tirando o suficiente, que media nas "rasoiras " cuja foto mostro, para o moleiro levar e transformar em farinha, ficando o sobejante para a sementeira do ano seguinte.Lembro a minha mãe toda empoada peneirando a farinha






para fazer o pão que amassava, de mangas arregaçadas, em alguidares de barro, sobre rodelas de trabalho louco, que fazia aos domingos , sentada no canto do estrado e lembro o cheiro do pão quentinho ao sair do forno, que a minha mãe abafava  com os abafadores, também feitos por ela, para que o pão ficasse muito maciinho, como  dizia .
Então dou por mim a pensar:
- Que infância enriquecedora foi a minha! Como estou grata por ter tido oportunidade de vivenciar tudo isto! Eram  tempos difíceis, se compararmos com as actuais facilidades,  contudo, não podemos esquecer que "sem os rochedos as ondas nunca seriam tão altas"!