Faz hoje CINCO anos...
A ausência que aumentou a amizade
A ausência que aumentou a amizade
No início da década de sessenta, tinha eu já feito o ensino primário, e o chamado ciclo preparatório e estava a frequentar o Curso de Formação Feminina na querida e extinta Escola Industrial e Comercial que funcionou nesta cidade de Angra do Heroísmo, entre 1885 e 1978. Era um estabelecimento de ensino técnico/profissional, tendo sido a 1ª escola deste tipo a existir nos Açores e formado muitos operários especializados e técnicos comerciais e industriais, oferecendo também cursos de Formação Feminina. Esta escola secundária funcionou no palacete do Comendador Silveira e Paulo ou Palacete dos Africanos situado ao cimo da Rua do Galo, junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição e foi integrado no Liceu de Angra do Heroísmo por força de um Decreto de Abril de 1978.
Foi, portanto, este estabelecimento e este curso que eu frequentei antes de ingressar na escola do Magistério Primário de Angra, pois o meu sonho era ser professora mas os meus pais, especialmente a minha mãe, mais atenta a estas coisas, entenderam que frequentando primeiro este curso ficava com mais competências e mais preparada para a vida. E em boa hora o fizeram pois eu senti-me muito feliz nesse período da minha vida. Adorava o lindo edifício para onde me dirigia todos os dias, que comparado com a simplicidade das casas rurais da minha freguesia era uma coisa sumptuosa, e respeitava todos os meus professores e gostava de todas as colegas que se foram tornando amigas e factores de satisfação e confiança na minha vida. Sei que é humanamente impossível dizer quando começa uma amizade, contudo o facto de ter sido aceite pelas minhas colegas de turma com delicadeza, carinho e tal como era , foi para mim um elogio e um factor de satisfação que me deu coragem e força para continuar a caminhada.
Nunca somos suficientemente ricos que possamos viver sem um amigo e eu era rica e feliz com aquelas amigas!
O tempo foi passando, cada uma foi para o seu lado, seguindo o seu destino, algumas já partiram desta vida, outras emigraram, mas a ausência não fez diminuir a amizade, aumentou-a porque era autêntica e genuína tal como o vento, que apaga a vela por ser fraca, e ateia os fogos que são fortes.
Pois uma dessas amigas, radicada na Califórnia, Maria da Conceição Dias da Silva, esteve de passagem pelos nossos Açores e pela nossa cidade, faz cinco anos, e nós quisemos dizer-lhe isso mesmo, que a amizade e admiração aumenta com a distância quando é verdadeira, reunimo-nos com ela, a almoçar, num restaurante da nossa cidade e passeamos pela nossa marina, despretensiosas, despreocupadas e alegres como se fossemos as adolescentes de então.
Antes porém ao almoço dissemos à amiga Conceição que: Amizade:
Foi, portanto, este estabelecimento e este curso que eu frequentei antes de ingressar na escola do Magistério Primário de Angra, pois o meu sonho era ser professora mas os meus pais, especialmente a minha mãe, mais atenta a estas coisas, entenderam que frequentando primeiro este curso ficava com mais competências e mais preparada para a vida. E em boa hora o fizeram pois eu senti-me muito feliz nesse período da minha vida. Adorava o lindo edifício para onde me dirigia todos os dias, que comparado com a simplicidade das casas rurais da minha freguesia era uma coisa sumptuosa, e respeitava todos os meus professores e gostava de todas as colegas que se foram tornando amigas e factores de satisfação e confiança na minha vida. Sei que é humanamente impossível dizer quando começa uma amizade, contudo o facto de ter sido aceite pelas minhas colegas de turma com delicadeza, carinho e tal como era , foi para mim um elogio e um factor de satisfação que me deu coragem e força para continuar a caminhada.
Nunca somos suficientemente ricos que possamos viver sem um amigo e eu era rica e feliz com aquelas amigas!
O tempo foi passando, cada uma foi para o seu lado, seguindo o seu destino, algumas já partiram desta vida, outras emigraram, mas a ausência não fez diminuir a amizade, aumentou-a porque era autêntica e genuína tal como o vento, que apaga a vela por ser fraca, e ateia os fogos que são fortes.
Pois uma dessas amigas, radicada na Califórnia, Maria da Conceição Dias da Silva, esteve de passagem pelos nossos Açores e pela nossa cidade, faz cinco anos, e nós quisemos dizer-lhe isso mesmo, que a amizade e admiração aumenta com a distância quando é verdadeira, reunimo-nos com ela, a almoçar, num restaurante da nossa cidade e passeamos pela nossa marina, despretensiosas, despreocupadas e alegres como se fossemos as adolescentes de então.
Antes porém ao almoço dissemos à amiga Conceição que: Amizade:
Amizade é brisa suave,
Que ultrapassa os verdes montes,
Atravessa mares e oceanos
Palmilha Planícies e vales
Resiste ao tempo, aos anos…
Que ultrapassa os verdes montes,
Atravessa mares e oceanos
Palmilha Planícies e vales
Resiste ao tempo, aos anos…
Amizade é vento forte,
Que abana os mais distraídos,
Lembrando os tempos passados
Na cumplicidade vividos,
Com nostalgia recordados…
Que abana os mais distraídos,
Lembrando os tempos passados
Na cumplicidade vividos,
Com nostalgia recordados…
Amizade é um vento húmido,
Que entranha todo o nosso ser,
Transformando a ausência em presença,
E nos faz de saudade estremecer,
Envolvendo o amigo na lembrança…
Que entranha todo o nosso ser,
Transformando a ausência em presença,
E nos faz de saudade estremecer,
Envolvendo o amigo na lembrança…
Amizade é ventania,
Que ao passar do tempo resiste,
À Distância que a vida obriga
E à ausência que existe
E faz da saudade cantiga...
Que ao passar do tempo resiste,
À Distância que a vida obriga
E à ausência que existe
E faz da saudade cantiga...
Esta nossa amizade,
Foi brisa suave,
Foi vento forte e húmido
E ventania….
Foi brisa suave,
Foi vento forte e húmido
E ventania….
Resistiu ao tempo,
À ausência,
À distância
À Vida…
À ausência,
À distância
À Vida…
E trouxe-nos este belo momento
Que não queremos esquecer…
Guarda-lo-êmos no pensamento
Enquanto pudermos viver!!!
Que não queremos esquecer…
Guarda-lo-êmos no pensamento
Enquanto pudermos viver!!!
Pois foi isto que dissemos à amiga Conceição Dias da Silva, por entre comoção e algumas lágrimas, com um pedido do grupo para que voltasse, o que infelizmente ainda não aconteceu, para podermos, mais uma vez, estar com ela numa tarde tão agradável com a que vivemos naquela tarde de 2011, faz hoje cinco anos!
A nossa colega e amiga Conceição Dias em 1963, antes de emigrar:
A nossa colega e amiga Conceição Dias em 1963, antes de emigrar:
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