domingo, 4 de dezembro de 2011

Raparigas da minha idade

Já tinha saudades de registar os meus comentários, vivências e aprendizagens com costumo fazer; estive ausente, mas foi por uma boa causa, a acompanhar o meu filho que nesta altura está assoberbado com trabalho e eu tentei minimizar, mimando-o com umas comidinhas boas e esperando-o  ao chegar a casa para o ouvir contando-me os seus problemas e as suas preocupações.
Ao regressar quero registar este dia especial em que fazem anos três amigas minhas; a minha colega Saúde Almeida, a minha amiga Filomena Valadão e a Edite Guina que são raparigas da minha idade, como dizia minha mãe ao referir-se às suas amigas, ao que eu achava imensa piada porque não as considerava nada raparigas mas senhoras já bem entradotas...
É da Edite que eu quero falar de uma forma especial, fez hoje 64 anos o que não é nada mau, antes pelo contrário é uma benção porque é sinal que já se viveu muito e ainda há muito para viver. Pois a Edite tem sido uma mulher maravilhosa, inteligente, meiga, sensível, interessada pelas coisas da vida e por antiguidades de que é grande conhecedora, que teve um percurso profissional normal, é funcionária pública aposentada do  ex ministério da emigração em Lisboa.
Até aqui tudo bem, o pior é que a sua saúde nestes últimos tempos tem-se vindo a degradar tendo-lhe sido diagnosticado um grave problema do foro psiquiátrico.
Está internada em tratamento na Casa de Saúde de Idanha, uma IPSS pertencente à congregação das irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, fundada em1894 por S.Bento Menni, um italiano que pertenceu à ordem hospitaleira de S. João de Deus.
Este estabelecimento, fica em Belas- Sintra e tem como objectivo a prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas no âmbito da Saúde Mental e Psiquiatria.
Logo que  cheguei a Lisboa, na primeira oportunidade, fui visitar a minha amiga, os olhos brilharam-lhe quando me viu e abraçou-me comovida e o meu coração partiu-se a pensar no que ela era e no momento triste que atravessa e na eventualidade de qualquer um de nós estar sujeito a um problema semelhante.
Hoje pensei nas minhas amigas a quem telefonei a parabanear e em especial na minha amiga Edite Guina a quem não pude telefonar, como costumava fazer no dia dos seus anos, mas que esteve presente no meu pensamento e no meu coração e de quem te conto a situação que está vivendo para que não nos esqueçamos do sábio provérbio popular " Hoje teu, amanhã meu...", Deus permita que não, mas não nos podemos considerar imunes aos problemas que não afectam só os outros, essa é que é a realidade!
Um beijinho especial neste dia para esta querida amiga, com votos de melhoras.

Edite Guina


Irmãs hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus:



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