A NAVALHA DO MEU PAI...
Hoje vou falar de navalhas, não dos mariscos muito apreciados, não por mim, que nunca provei, mas pelos " malacozoófagos!", palavrão que define os que gostam de mariscos.
Sei que alguns que me lerem vão sorrir com desdém por eu escrever sobre uma coisa tão insignificante, porém os mais sensíveis, esboçarão um sorriso ternurento e lembrar-se-ão, com saudade, de pormenores passados que ficaram registados nas nossas memórias.
Pois é, falo de uma pequena faca dobrável, com lâmina de aço que se guarda numa fenda do respectivo cabo, penso que atualmente seria considerada uma arma branca, mas, o que é certo, é que o meu pai andava sempre munido da sua navalha e nunca agrediu nem matou ninguém!
Para ele, aquilo era tudo, servia para as enxertias, para apanhar o tabaco e fazer as torcidas e posteriormente os cigarros, picava as batatas para as sementeiras e sei lá que mais! O que é certo é que nunca a deixava e se, por acaso a perdia, aquilo era um - ai jesus que não encontro a minha navalhinha! Até voltar a encontrá-la não se calava...
A navalha servia e serviu para muita coisa na vida do meu pai , só não consegue cortar a saudade, e a sua presença no meu pensamento, neste dia dedicado a todos os pais presentes e ausentes!
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