segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Afinal, minha mãe estava enganada!

De carruagem para o céu....

Minha mãe, quando eu, jovem ou criança, estava impertinente querendo coisas que não podia ter, dizia-me muito séria: - Para o céu, não se vai de carruagem! - Naturalmente, não estava apensar em nuvens de algodão azul nem em subidas ao céu de asas a esvoaçar, queria dizer que temos que fazer sacrifícios e ser tolerantes para com os desaires da vida para nos tornarmos mais fortes e assertivos e encararmos as faltas e as dores com calma e sabedoria. Interiorizei este saber que me foi transmitido pela minha saudosa mãe e tenho-me contentado com o que a vida me vai dando, vivendo conforme as circunstâncias e aceitando as dores e os trabalhos que vêm até mim. Contudo, com  a morte da soberana da Inglaterra, a rainha Isabel, tenho-me questionado e concluído que tanto se pode atingir o auge da bondade, da simplicidade, da sabedoria, do amor ao próximo, da tolerância, de carruagem, de carro ou a pé, é só necessário calcorrear os caminhos que a vida nos depara com alegria de coração aberto e com espírito de aceitação

Que descanse em paz a rainha, decerto será lembrada pelos vindouros, não só pelas suas sumptuosas carruagens mas pela sua postura no cargo que exerceu e nos caminhos que percorreu.


 

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