Uma História de Natal:
Na mais negra escuridão
Na mais Triste solidão,
Na velha casa do Raminho
Sem amor e sem carinho,
Dias, anos, meses e décadas...
Na casa abandonada
Vazia, desabitada,
Sem dele alguém se lembrar
Sem nunca alguém o visitar,
O Menino de terracota
O Menino centenário
Devia estar triste
Devia chorar da ingratidão
Das pessoas que o esqueceram...
Mas não!
Ao ser aberta a porta
Do bafiento e frio quarto,
Lá estava ele
No oratório de madeira
Sobre a cómoda de roseira...
Muito direito e resistente
Muito risonho e contente,
Irradiando uma luz diferente
Do colar dourado e brilhante
Com que mãos carinhosas, outrora
Infelizmente, jacentes agora
Delicadamente, o haviam adornado
O Menino, em tempos louvado
Que neste Natal foi resgatado
E para sempre será louvado!
Clara Faria da Rosa,
Natal de 2021
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