segunda-feira, 2 de novembro de 2020

 

Em dia de finados. . .


Todos os anos, neste dia, duas ideias povoam a minha cabeça, num dilema, tentando concluir se estou praticando regras de bom viver:
- Por um lado o meu hábito de fazer planos a longo prazo, como se fosse viver para sempre, por outro lado, a certeza de que não vale a pena porque, como os turistas, estou de passagem,  à semelhança dos nossos antepassados; Sei que devo conduzir-me todos os dias, como se fosse morrer amanhã, não precisando de grandes coisas ; É o que tenho de mais certo!!!
Contudo, a arte e a civilização, fizeram dos homens algo mais do que  simples habitantes deste absurdo universo, daí o nosso apego às coisas, às pessoas e aos bens materiais e imateriais.
É um bem imaterial a recordação dos nossos pais, sogros, familiares, amigos e vizinhos que já partiram e tenho a certeza, de que eles sentem a nossa saudade e as nossas orações, em especial neste dia que lhes é dedicado.
Se as rádios e televisões, conseguem espalhar as melodias das notas de um violino sobre montanhas, mares, desertos, aldeias e cidades barulhentas, as quais  são captadas como pétalas de rosas brancas, no rarefeito éter azul, então porque não ter a certeza de que eles nos  verão, ouvirão e estarão felizes, por saberem que não os esquecemos e que em especial neste dia, endereçamos a nossa saudade, o nosso preito, a nossa homenagem, as nossas orações, até eles.

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