Beber água do poço:
Esta manhã faltou água , na minha zona, por curto espaço do tempo, talvez para trabalhos de manutenção da rede pública, não sei ao certo, o que sei é que fiquei nem uma barata tonta sem saber o que fazer...
Vai daí, que me veio à memória, os tempos em que eu ia com a minha mãe ao poço tirar água, que depois transportávamos para casa em grandes baldes, cada uma do seu lado, numa agradável cumplicidade a ver se não derramávamos nada porque, naquela altura, água era ouro e ao chegar a casa era muito poupada, não era como agora que se deixa a torneira a correr e se gasta imensa só para lavar os dentes!
Também me lembrei do Senhor Teotónio Meneses, um Senhor que tinha uma casa com loja por baixo na praça em frente ao lar D. Pedro V, na Praia da Vitória onde a minha mãe ia fazer compras e do diálogo que se travou entre os dois:
- Então como vai a pequena nos estudos?- já se sabe que a pequena era eu!
-Vai indo devagarinho- respondeu a minha mãe que não era de muitos superlativos, nem de fazer grandes alardes dos resultados que eu porventura obtivesse, porque ela considerava que eu não fazia mais do que a minha obrigação...
-Ela vai conseguir- dizia o Senhor- E sabe Porquê? perguntava ele para a minha mãe ,de olhos curiosos, postos nele:
-Porque bebeu água do poço!!!
Agora era a minha vez de comentar, com os meus botões, porque na minha insignificância, não me atrevia a fazer parte daquela filosófica conversa de adultos:
-O que tem a água do poço a ver com os meus êxitos escolares???!!!!
Passaram-se os anos já não estão entre nós os interlocutores deste curioso diálogo e hoje, porque faltou água em casa dei por mim a pensar nisto tudo e a concluir que temos que saber tirar partido da situação que vivemos, até mesmo da escassez, e temos que parar e pensar que os nossos problemas não são assim tão terríveis como parecem e tornam-se mais fáceis se os encararmos de uma forma aceitável .
A arte de saber viver está no facto de nos concentrarmos nas nossa dificuldades, aceitando-as e resolvendo-as da melhor maneira possível e assim nos tornamos auto-confiantes, fortes e serenos perante a vida.
Agora é que eu percebo como foi bom para mim, acartar e beber água do poço!
Também me lembrei do Senhor Teotónio Meneses, um Senhor que tinha uma casa com loja por baixo na praça em frente ao lar D. Pedro V, na Praia da Vitória onde a minha mãe ia fazer compras e do diálogo que se travou entre os dois:
- Então como vai a pequena nos estudos?- já se sabe que a pequena era eu!
-Vai indo devagarinho- respondeu a minha mãe que não era de muitos superlativos, nem de fazer grandes alardes dos resultados que eu porventura obtivesse, porque ela considerava que eu não fazia mais do que a minha obrigação...
-Ela vai conseguir- dizia o Senhor- E sabe Porquê? perguntava ele para a minha mãe ,de olhos curiosos, postos nele:
-Porque bebeu água do poço!!!
Agora era a minha vez de comentar, com os meus botões, porque na minha insignificância, não me atrevia a fazer parte daquela filosófica conversa de adultos:
-O que tem a água do poço a ver com os meus êxitos escolares???!!!!
Passaram-se os anos já não estão entre nós os interlocutores deste curioso diálogo e hoje, porque faltou água em casa dei por mim a pensar nisto tudo e a concluir que temos que saber tirar partido da situação que vivemos, até mesmo da escassez, e temos que parar e pensar que os nossos problemas não são assim tão terríveis como parecem e tornam-se mais fáceis se os encararmos de uma forma aceitável .
A arte de saber viver está no facto de nos concentrarmos nas nossa dificuldades, aceitando-as e resolvendo-as da melhor maneira possível e assim nos tornamos auto-confiantes, fortes e serenos perante a vida.
Agora é que eu percebo como foi bom para mim, acartar e beber água do poço!
Sem comentários:
Enviar um comentário