14 de Junho Vila das lajes em festa
A Vila das Lajes
Localidade que me viu nascer em 1948, à altura freguesia, faz parte das freguesias do Ramo Grande, no concelho da Praia da Vitória, Terceira, Açores.
Pelas suas pedreiras escuras e porosas, donde foram extraídas grandes e numerosas cantarias aplicadas na construção de casas, igrejas, ermidas, poços e ladrilhos na freguesia e arredores, adquiriu este nome, LAJES.
Nesta freguesia predominava a agricultura com especial incidência para a cultura do milho e do trigo pelo que se denominava o celeiro da ilha. Ainda tenho presente na memória o chiar dos carros de bois carregados de molhos de trigo a serem transportados para as debulhadoras. O trigo assim como as lajes estão representados na sua heráldica como se pode ver no brasão aqui inserido. Grande parte dos terrenos onde se faziam essas culturas, no lugar das Bugias, foram expropriados para aí se construir a Base aérea das Lajes.
Possuindo, na localidade, uma casa que era pertença dos meus pais, passo por lá muitas vezes tendo, numa delas, revisitado calmamente a igreja datada de 1546, onde me baptizei , crismei e casei, onde frequentei a catequese no tempo do saudoso padre Gregório Rocha, lembrado numa lápide existente na casa dos Espínolas, junto à igreja. Volvido muito tempo, observei este templo com outros olhos, apercebendo-me de pormenores que à data me escapavam .
Pela janela do baptistério entrava uma réstia de luz que me transmitia uma sensação de calma e paz. Os andores esperavam ser decorados para a procissão que se faria no primeiro domingo de Outubro, São Miguel Arcanjo estava sem asas e a Senhora do Rosário assim como o menino estavam despojados dos respectivos rosários, Santa Teresinha já segura ternamente o seu ramo de flores, São Pedro Já comanda o seu barco, São Sebastião encostava-se à árvore onde seria sacrificado, o porquinho dormia junto a Santo Antão, São José segurava ternamente o menino e pairava no ar um clima de preparação, limpeza e ordem que me segredava que quando chegasse o dia e a hora, tudo e todos estariam a postos!
Foi esta postura, creio eu, calma, serena e ordeira, transmitida pelos inquilinos da igreja lajense, que contagiou os lajenses tornando-os fortes, ordeiros, competentes, voluntariosos, lutadores, contornando obstáculos que levaram a sua freguesia ao patamar em que hoje se encontra que lhe permitiu guindar-se à categoria de vila, o que muito honra a sua população que está festejando o aniversário da sua elevação a Vila das Lajes ,que gostosamente saúdo!
Pelas suas pedreiras escuras e porosas, donde foram extraídas grandes e numerosas cantarias aplicadas na construção de casas, igrejas, ermidas, poços e ladrilhos na freguesia e arredores, adquiriu este nome, LAJES.
Nesta freguesia predominava a agricultura com especial incidência para a cultura do milho e do trigo pelo que se denominava o celeiro da ilha. Ainda tenho presente na memória o chiar dos carros de bois carregados de molhos de trigo a serem transportados para as debulhadoras. O trigo assim como as lajes estão representados na sua heráldica como se pode ver no brasão aqui inserido. Grande parte dos terrenos onde se faziam essas culturas, no lugar das Bugias, foram expropriados para aí se construir a Base aérea das Lajes.
Possuindo, na localidade, uma casa que era pertença dos meus pais, passo por lá muitas vezes tendo, numa delas, revisitado calmamente a igreja datada de 1546, onde me baptizei , crismei e casei, onde frequentei a catequese no tempo do saudoso padre Gregório Rocha, lembrado numa lápide existente na casa dos Espínolas, junto à igreja. Volvido muito tempo, observei este templo com outros olhos, apercebendo-me de pormenores que à data me escapavam .
Pela janela do baptistério entrava uma réstia de luz que me transmitia uma sensação de calma e paz. Os andores esperavam ser decorados para a procissão que se faria no primeiro domingo de Outubro, São Miguel Arcanjo estava sem asas e a Senhora do Rosário assim como o menino estavam despojados dos respectivos rosários, Santa Teresinha já segura ternamente o seu ramo de flores, São Pedro Já comanda o seu barco, São Sebastião encostava-se à árvore onde seria sacrificado, o porquinho dormia junto a Santo Antão, São José segurava ternamente o menino e pairava no ar um clima de preparação, limpeza e ordem que me segredava que quando chegasse o dia e a hora, tudo e todos estariam a postos!
Foi esta postura, creio eu, calma, serena e ordeira, transmitida pelos inquilinos da igreja lajense, que contagiou os lajenses tornando-os fortes, ordeiros, competentes, voluntariosos, lutadores, contornando obstáculos que levaram a sua freguesia ao patamar em que hoje se encontra que lhe permitiu guindar-se à categoria de vila, o que muito honra a sua população que está festejando o aniversário da sua elevação a Vila das Lajes ,que gostosamente saúdo!
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