Não sou um caracol sem concha!
Nada se compara a andar a pé para se conhecer bem um lugar, e
há dois anos numa breve permanência na cidade da Horta, ilha do Faial, dei um pequeno passeio a pé pela cidade e entrei no mercado municipal, um simples mas aprazível espaço, que nos dá conta do que se produz e faz em termos artesanais por aqueles lados . Ao sair, contemplei a respectiva fachada onde se podem ver alguns painéis de azulejos em homenagem a antigas profissões: vendedores de fruta, de legumes, de peixe de carne entre outras. Foi com uma certa nostalgia que me apercebi de como os lugares à semelhança das pessoas mudam quase sem que nos apercebamos disso, basta só pensar em profissões que eram prática comum na minha infância e que o avanço tecnológico exterminou fazendo com que aparecessem novas profissões.
Basta só referir que vim ao mundo, num meio rural, pelas mãos de uma parteira que fazia o que se podia classificar de "serviço domiciliário", a tia Remédios, na então freguesia, hoje vila das Lajes, não esquecendo que não havia rapariga casadoira que não recorresse à tecedeira para completar o seu enxoval, o amolador que passava a apitar e amolava facas e tesouras além de ter outros préstimos como os de pôr gatos em louça ou loiça rachada, e de endireitar e consertar as varetas dos guarda-chuvas, havia o vendedor de peneiras e até se dizia que quando ele aparecia ao fim de três dias chovia, o latoeiro também tinha grandes préstimos para fazer as latas do leite e recipientes que guardavam os produtos do porco entre outros, o tanoeiro, o sapateiro o ferreiro, a ceifeira a mulher do Pico que passava com um grande açafate à cabeça com lindos e coloridos chapéus de palha que me traziam grande alegria, pois a minha mãe todos os Verões me comprava um chapéus novo porque naquele tempo a moda era ser-se branquinha .
Enfim, não sou contra os avanços tecnológicos, nem contra as novas profissões e gosto de olhar para a frente mas também de rever o passado e estas imagens fazem parte do meu passado como a concha faz parte de um caracol e eu não sou um caracol sem concha, tenho um passado do qual muito me orgulho!!!
Basta só referir que vim ao mundo, num meio rural, pelas mãos de uma parteira que fazia o que se podia classificar de "serviço domiciliário", a tia Remédios, na então freguesia, hoje vila das Lajes, não esquecendo que não havia rapariga casadoira que não recorresse à tecedeira para completar o seu enxoval, o amolador que passava a apitar e amolava facas e tesouras além de ter outros préstimos como os de pôr gatos em louça ou loiça rachada, e de endireitar e consertar as varetas dos guarda-chuvas, havia o vendedor de peneiras e até se dizia que quando ele aparecia ao fim de três dias chovia, o latoeiro também tinha grandes préstimos para fazer as latas do leite e recipientes que guardavam os produtos do porco entre outros, o tanoeiro, o sapateiro o ferreiro, a ceifeira a mulher do Pico que passava com um grande açafate à cabeça com lindos e coloridos chapéus de palha que me traziam grande alegria, pois a minha mãe todos os Verões me comprava um chapéus novo porque naquele tempo a moda era ser-se branquinha .
Enfim, não sou contra os avanços tecnológicos, nem contra as novas profissões e gosto de olhar para a frente mas também de rever o passado e estas imagens fazem parte do meu passado como a concha faz parte de um caracol e eu não sou um caracol sem concha, tenho um passado do qual muito me orgulho!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário